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Flávio Ramalho de Brito

Cadeira Nº 08 do IHGP

Curriculum Vitae

FLÁVIO RAMALHO DE BRITO nasceu, em vinte de junho de 1952, em Campina Grande. Filho do engenheiro agrônomo Ambrósio de Queiroz Brito e da professora Berenice Ramalho de Brito. É casado com a bioquímica Mércia Brandão Ramalho de Brito, tem quatro filhas, um neto e duas netas.

Fez toda sua formação escolar básica em Campina Grande, onde também concluiu o curso superior em Engenharia Elétrica e o curso de pós-graduação na mesma área. Em 1976, ingressou na empresa estadual de distribuição de energia elétrica, onde trabalhou por mais de 27 anos, ocupando diversos cargos, inclusive o de Diretor da área técnica. Foi, por duas vezes, Diretor do Fundo de Pensão da Empresa. Durante cerca de dez anos, participou da Diretoria do Sindicato dos Engenheiros na Paraíba. Ocupou cargos no Governo do Estado, entre eles o de Chefe do Departamento e Operação do Projeto Cooperar. Em 2004, ingressou no Serviço Público Federal como Auditor Fiscal do Ministério do Trabalho. É cidadão honorário de dois municípios paraibanos e membro da Academia Paraibana de Engenharia – APENGE.

Na área da produção histórica, tem dois livros publicados: “Um Político da República Velha” (2017) e “O Tribuno Castro Pinto e sua época” (2022) e, a ser publicado, “O Bacharel Feroz”. Tem mais de uma centena de artigos sobre temas histórico-culturais publicados em revistas e sites do Estado.

Discurso de Posse no IHGP

Discurso de Posse

PATRONO: Lopo Curado Garro

Lopo Curado Garro, PATRONO DA CADEIRA 08

São escassas as fontes informativas sobre este paraibano ilustre, cunhado do bravo Vidal de Negreiros e Governador da Província da Paraíba durante o domínio holandês. As poucas referências que temos sobre Lopo nos são fornecidas pelo pesquisador Eduardo Martins, em trabalho inserido no livro Capítulos de História da Paraíba, organizado pelo historiador José Octávio de Arruda Mello, do qual transcrevemos alguns trechos:

“O autor (Lopo Curado Garro) fora escolhido por João Fernandes Vieira, entre os homens nobres, fiéis e destemidos da paróquia, recebendo a patente de capitão, depois elevado a de Governador da Restauração e da capitania da Paraíba, juntamente com Jerônimo de Cadena e Francisco Gomes Moniz, ‘em todo tempo que se fez guerra ao inimigo olandez pela liberdade Divina, e também na retirada’, triunvirato que governou a capitania nos dias memoráveis de 1º de setembro de 1645 a 12 de fevereiro de 1655”.

O beneditino D. Domingos de Loreto Couto, assim se expressou:

“Lopo Curado Garro é natural da cidade da Parahyba e um dos três governadores da aclamação da liberdade pernambucana naquela capitania, a natureza o ornou de talento perspicaz e de intrépido valor, com a espada e com a pena triunfou dos inimigos da pátria, alcançando pelas suas proezas fama perdurável e nome eterno”.

Para mostrar que sabia ao mesmo tempo jogar as armas e mover a pena, escreve, em 23 de outubro de 1645 aos mestres de campo André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira, governadores da liberdade de Pernambuco, “Breve, verdadeira e autêntica Relação das últimas tiranias que os pérfidos Olandezes usaram com os moradores do Rio Grande. Saiu impressa no Valoroso Lucideno composto por Frei Manuel Calado, p277, Lisboa, por Domingos Correia, 1668. Dele faz memória o autor do Castrioto Lusitano, Livro V, nº 82, L6, nº 142 e a Bib. Luis, Tomo 3, p16”.

Com esta carta, Lopo Curado Garro é tido como o primeiro autor paraibano a ter seu trabalho publicado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MELLO, José Octávio de Arruda. Coord. Capítulos da História da Paraíba, Campina Grande, 1987, 600p. (p522)

GUIMARÃES, Luiz Hugo. M E M O R I A L, Revisto e Atualizado, EDIÇÃO COMEMORATIVA DO CENTENÁRIO DE FUNDAÇÃO DO IHGP 1905/2005.