INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO/IHGP
Fundado em 7 de setembro de 1905
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CADEIRA Nº. 37

PATRONO: TAVARES CAVALCANTI

FUNDADOR: LUIZ NUNES

 

TAVARES CAVALCANTI

PATRONO

 

Manuel TAVARES CAVALCANTI nasceu em Alagoa Nova, Paraíba, no dia 15 de agosto de1880 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 1º de abril de 1950; filho do Dr. João Tavares de Melo Cavalcanti e Dª. Maria das Neves Pereira de Araújo Tavares Cavalcanti.

Formou-se em Direito pela Faculdade do Recife, em 1911; tendo sido classificado em 1º lugar, foi contemplado com uma viagem de estudos pela Europa.

Como jornalista, atuou nos jornais A União, A Notícia, o Combate, O Norte, na Revista Era Nova e nas Revistas do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Ingressou na política em 1907, elegendo-se Deputado Estadual; em seguida, foi eleito Deputado Federal, exercendo vários mandatos durante 20 anos.

Na Assembléia como na Câmara dos Deputados, Tavares Cavalcanti destacou-se por seus pronunciamentos, principalmente quando defendia os interesses da educação, pois, como pedagogo, além de ter amplo conhecimento de causa, conhecia as deficiências do ensino no Brasil e, mais precisamente, na Paraíba. Defendia com bravura a implantação de um curso de madureza, afirmando ser este curso “perfeitamente exeqüível e há de dar os melhores frutos neste país”.

Em 1930, foi eleito Senador, não sendo, porém, a sua eleição reconhecida.

Foi professor de História Universal e História do Brasil no Liceu Paraibano e na Escola Normal. No Rio de Janeiro exerceu os cargos de escrivão do Juizado de Menores e Primeiro Inventariante Judicial, sendo, também, professor de Direito Romano na Universidade Católica do Distrito Federal.

Foi sócio-fundador do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e redator da ata de sua fundação, em 1905, sendo, posteriormente, homenageado com o titulo de Patrono da Cadeira nº. 37. Também é Patrono da Cadeira nº. 36 de Academia Paraibana de Letras.

Trabalhos de sua autoria: Memórias da Fundação da Paraíba, Imp. Oficial, 1906; Epítome da História da Parahyba, Imp. Oficial, 1914; Congresso Nacional – Anais da Câmara dos Deputados: Discursos dos anos 1909, 1921,1923, 1926, 1927 e 1928, Imp. Nacional.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Arquivo do IHGP.

FURTADO, Maurício. Manuel Tavares Cavalcanti (Elogio acadêmico), Revista da APL, nº. 7, 1960.

TAVARES, Eurivaldo Caldas. Tavares Cavalcanti, o romano antigo (discurso proferido na APL por ocasião do 40º aniversário da APL e do centenário de nascimento de Tavares Cavalcanti).

 


LUIZ NUNES

Atual ocupante

 

LUIZ NUNES Alves nasceu no município de Água Branca, Paraíba, no dia 16 de abril de 1934. É casado com Dª. Maria Bernadeth Baptista Alves e tem três filhas: Ana Márcia, Mércia Neves e Marta Bernadeth.

Fez o primário no Grupo Escolar “João Nominando”, em sua terra natal; o ginasial no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, em Princesa Isabel e o secundário no Liceu Paraibano. Bacharelou-se em Direito na Universidade Federal da Paraíba, tendo feito o curso de aperfeiçoamento em Agente de Crédito Cooperativo, em 1960, em Fortaleza, Ceará, e o curso de Assistente Jurídico, em 1969, também em Fortaleza, ambos promovidos pelo Banco do Nordeste do Brasil. Sendo funcionário da Receita Federal, exerceu o cargo de Coletor Federal em Princesa Isabel, de maio de 1960 a fevereiro de 1962, quando passou a prestar serviços no Banco do Nordeste do Brasil S/A, em João Pessoa; a princípio no setor de Crédito Rural e Cooperativo, de 1961 a 1966, integrando, em seguida, o Departamento Jurídico.

Iniciou sua carreira de servidor do Estado como Caixa de Crédito Imobiliário da Paraíba (1957/60); foi Diretor do Departamento de Crédito Cooperativo (1967/68); Secretário do Planejamento (1970/71). Em 1º de março de 1971 foi empossado no cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, para o período de 1973/75, chegando a exercer a Vice-Presidência; no período seguinte, foi eleito Presidente, função que exerceu por mais de duas vezes. Participou ativamente de vários Congressos de Tribunais de Contas do Brasil, realizados a partir de 1973, tendo a oportunidade de presidir o 7º Congresso realizado em João Pessoa, no ano de 1975.

Luiz Nunes exerceu a função de Professor de Ciências das Finanças e Direito Financeiro da Universidade Federal da Paraíba e da Universidade Autônoma de João Pessoa, foi Diretor da Faculdade de Direito. Também ministrou aulas na Escola Superior da Magistratura.

Amante das letras escolheu a literatura de cordel como área de estudo, à qual dedica o seu tempo, pesquisando e produzindo trabalhos com muita criatividade e segurança, usando sempre o pseudônimo de Severino Sertanejo. Seus livros têm grande aceitação entre os admiradores e estudiosos do cordel, tendo recebido elogios de personalidades consagradas no meio intelectual nacional, a exemplo de José Américo de Almeida, Orígenes Lessa, Carlos Drumond de Andrade, Câmara Cascudo, D. José Maria Pires, jurista Limonge França, de São Paulo, entre outros nomes de igual relevo.

Luiz Nunes é sócio efetivo da Academia Paraibana de Letras, do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica; do Colégio Brasileiro das Faculdades de Direito; da Academia de Letras Municipais do Brasil, com sede em São Paulo; 2º Vice-Presidente da Fundação Ruy Barbosa (São Paulo).

Publicou os livros: A Vida de Delmiro Gouveia em versos, UFPB, João Pessoa, 1979; Inácio da Catingueira – O Gênio escravo, SEC, João Pessoa, 1979; História da Paraíba em versos, BNB, Fortaleza, 1984; Copa 94, A União Editora, 1994; Discurso de posse na APL, A União Editora, João Pessoa, 1995; ABC do Administrador (versos), s/ed., João Pessoa, s/d.; Delmiro Gouveia – Uma Estrela na Pedra (versos), IHGP, João Pessoa, 1998; Coisas da minha Sala, Idéia Editora, João Pessoa, 1999; Tabira, (discurso) s/ed. João Pessoa, 2000; Comarca de Água Branca (discurso), s/ed. João Pessoa, 2000; Princesa Isabel: Sua emancipação político-administrativa e judiciária, (discurso), s/ed. João Pessoa, 2001; A Princesa Magalona e o seu amor por Pierre, Imprell Editora, João Pessoa, 2003.

Luiz Nunes ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 24 de agosto de 1979, recebendo a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ do associado. fico Paraibano no dia 24 de agosto de 1979, recebendo a Comenda do Mcipais do Brasil, com sede em S no meio intelectual naciona

 

 

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CADEIRA Nº. 38

PATRONO: FRANCISCO MOURA

FUNDADOR: HÉLIO ZENAIDE

 

FRANCISCO MOURA

PATRONO

 

FRANCISCO Coutinho de Lima e MOURA nasceu no dia 6 de abril de 1867, na capital do Estado da Paraíba e faleceu em Niterói, RJ, em 25 de fevereiro de 1957. Era filho do médico homeopata Joaquim Ignácio de Lima e Moura.

Estudou o primário com professores particulares e fez os preparatórios no Liceu Paraibano e ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde cursou durante três anos, desistindo de continuar por falta de apoio financeiro. Todavia, obteve autorização da Ordem dos Advogados para atuar como solicitador de causas. Quando abandonou a Faculdade conseguiu a patente de Tenente-Coronel da Guarda Nacional. Foi Chefe da estação telegráfica de Alagoa Grande, mas sua vocação era o magistério. Foi professor primário na vila do Pilar, para onde foi nomeado interinamente pelo Presidente da Província, o Barão do Abiaí, tendo participado de comissões examinadoras dos exames primários. Ensinou em São João do Rio do Peixe, de onde o Presidente Venâncio Neiva o trouxe para servir como professor em Cabedelo. Serviu na Comissão de Estudos do Porto e, depois foi nomeado professor do Liceu Paraibano e da Escola Normal.

Ocupou o cargo de Mordomo do Cemitério do Senhor da Boa Sentença e foi Diretor do Hospital Santa Isabel.

Foi militar e político. Como militar, foi Tenente-Coronel do Exército de 2ª. Linha e fundou o Tiro de Guerra Paraibano. Na política, era correligionário do Presidente Gama e Melo, tendo sido seu Oficial de Gabinete. Foi Deputado Estadual de 1900 a 1903.

Nas letras, destacou-se como jornalista, colaborando em O Jornal, dirigido por João da Matta Correia Lima, em A União, na Revista Manaíra e foi diretor da Imprensa Oficial.

Foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, participando da Comissão que elaborou o seu Estatuto, sendo eleito o primeiro Tesoureiro do IHGP, cargo que exerceu de 1905 a 1907 e de 1908 a 1915.

Deixou publicado o livro Reminiscências, em três volumes, nos quais recorda e descreve figuras e fatos sociais e políticos do Estado em variadas fases.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

LEAL, José. Dicionário Bibliográfico Paraibano. João Pessoa, FUNCEP, 1990.

TAVARES, Eurivaldo Caldas. Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e seus 70 anos, João Pessoa, 1975.

GUIMARÃES, Luiz Hugo. Francisco Coutinho de Lima Moura, Coleção Historiadores Paraibano, vol. 13, João Pessoa, Empório dos Livros, 2002.

 


HÉLIO ZENAIDE

Atual ocupante

 

HÉLIO Nóbrega ZENAIDE, filho de Heretiano Nóbrega de Albuquerque, nasceu no dia 26 de outubro de 1926, na cidade de Alagoa Grande. É casado com Dª. Ada Tavares Zenaide e tem quatro filhos: Maria Valéria, Maria de Nazaré, Eugenio Pacelli e Marina.

Iniciou o curso primário em Alagoa Grande, com a professora Laura Montenegro Nóbrega; vindo para a capital do Estado, prosseguiu os estudos no Grupo Escolar “Santo Antônio”, com a professora Tércia Bonavides, tendo concluído no Rio de Janeiro, na Escola “Melo e Souza”. Fez os cursos ginasial e científico nos Colégios Salesiano e Nóbrega, bacharelando-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, em 1954.

Realizou cursos sobre Desenvolvimento do Brasil, no Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), do Ministério da Educação, em 1957; sobre o Desenvolvimento do Nordeste, na SUDENE, em 1960; sobre Orçamento Programa, na Universidade do Ceará; e curso sobre Desenvolvimento e Segurança Nacional - ADESG/PB.

É funcionário público, aposentado no cargo de Consultor Técnico da Secretaria de Finanças do Estado, tendo exercido várias outras funções de relevância, como Diretor do Departamento de Educação da Paraíba e Secretário da Educação, nomeado pelo Governador Flávio Ribeiro; Diretor Geral do Tesouro do Estado; Relações Públicas do Palácio do Governo, administração Pedro Gondim; Diretor do Departamento Central de Divulgação (Governo Ivan Bichara); Delegado do IAPETC na Paraíba e Presidente da Comissão de Salário Mínimo, por nomeação do Presidente Juscelino Kubitschek. Serviu também como Assessor Especial da Secretaria de Finanças e Chefe de Gabinete do Secretário.

É proprietário rural e criador de gado, porém, é através das letras que é reconhecido. Na imprensa paraibana já atuou nos principais jornais. Foi comentarista político de O Norte, do Correio da Paraíba, redator e diretor de A União, onde ainda mantém uma coluna diária sobre Espiritismo, religião que professa. Foi correspondente de O Estado de São Paulo e da Agência de Notícias Meridional, dos Diários Associados, editor da Revista do Fisco (PB), editor do Boletim Fiscal da Secretaria das Finanças, editor do jornal Tribuna Espírita e manteve uma coluna sobre pesquisa no Jornal de Agá.

Pertence aos quadros da Associação Paraibana de Imprensa, do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba, da ADESG/PB, Iate Clube da Paraíba, Esporte Clube Cabo Branco. OAB/PB, Loja Maçônica “Regeneração do Norte”, nº. 10 da Grande Loja Maçônica Estado da Paraíba, no Grau Mestre Maçom.

Ao longo de sua intensa atividade jornalística, Hélio Zenaide publicou, nos jornais da capital e de outros Estados, inúmeros artigos, crônicas, comentários e reportagens sobre os mais variados temas.

Publicou os livros: História do Sertão do Pão, João Pessoa, A União Cia. Editora, 1979; Epitácio Pessoa, Série Histórica – PARAÍBA – Nomes do Século, João Pessoa, A União Editora, 2000; À Margem da Política (em parceria com Nelson Coelho da Silva), João Pessoa, A União Editora, 2000.

Hélio Zenaide ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 22 de março de 1980 e exerceu vários cargos na Diretoria do IHGP, tais como Diretor de Atividades Culturais e é atualmente o Editor do Boletim Mensal. Recebeu a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ do associado.

 

 

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CADEIRA Nº. 39

PATRONO: JOSÉ BAPTISTA DE MELLO

FUNDADOR: HUMBERTO MELLO

 

JOSÉ BAPTISTA DE MELLO

PATRONO

 

JOSÉ BAPTISTA DE MELLO nasceu no dia 22 de dezembro de 1895, na cidade de Teixeira, Paraíba. Filho do casal Juventino Ananias Baptista de Mello e da senhora Elvira Xavier Baptista. Era casado com Dª. Maria Deolinda Cavalcanti. Estudou na capital do Estado, fazendo o curso primário com a professora Francisca Moura e o curso normal na Escola Normal do Estado. Faleceu no dia 9 de setembro de 1973, em João Pessoa.

Em 1917, já formado, exerceu o magistério, lecionando no Grupo Escolar de Teixeira; no ano seguinte voltou à Capital, atuando também como professor.

Na capital pôde desempenhar a profissão com mais amplitude. Além de exercer o magistério, foi diretor de escolas, Inspetor Técnico do Ensino Primário e Diretor da Instrução Primária do Estado. Lecionou no Colégio Pio X, na Escola de Comércio “Epitácio Pessoa”, no Colégio Seráfico Santo Antônio, na Escola de Aperfeiçoamento de Professores, tendo sido, dessa instituição, professor-fundador e, lecionou, também, no Seminário Arquidiocesano.

O professor José Baptista exerceu, ainda, as funções de Presidente do Montepio do Estado, diretor do Departamento de Estatística e Publicidade e Secretário do Tribunal Regional Eleitoral.

José Baptista de Mello foi um grande educador. Muito inteligente e criativo, proporcionou muitos benefícios à educação do Estado. Em 1935, quando diretor da Instrução Pública, promoveu a reforma do ensino na Paraíba, fundou a imprensa escolar, os clubes agrícolas, as caixas escolares, o cinema educativo, o orfeão escolar e as semanas pedagógicas que se realizavam, anualmente, na capital e em algumas cidades do interior. Criou e dirigiu o jornal O Educador e a Revista do Ensino.

Marcando a sua passagem na área educacional, o ilustre professor escreveu relatórios, monografias, fez conferências e editou o livro Evolução do ensino na Paraíba, em 1936, sendo reeditado em 1956. Publicou, ainda: Carlos Gomes; A Escola Primária, além de artigos nas Revistas do IHGP, na Revista do Ensino e em diversos órgãos da imprensa local. Representou a Paraíba em Congressos de Educação, por diversas vezes, em outros Estados. Era membro da Comissão Estadual Paraibana de Folclore; da Associação Paraibana de Imprensa; do Diretório Regional de Geografia; co-fundador do Instituto São José. Foi Provedor da Santa Casa de Misericórdia, tendo sido reeleito por vários biênios consecutivos. Durante o tempo em que esteve à frente dessa instituição deixou o registro de sua presença nos melhoramentos realizados, principalmente, no Hospital Santa Isabel e na Igreja da Misericórdia.

Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 28 de junho de 1931, exercendo vários cargos na Diretoria.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Revista do IHGP nº. 21, 1975.

 


HUMBERTO MELLO

Atual ocupante

 

HUMBERTO Cavalcanti de MELLO nasceu em João Pessoa no dia 28 de setembro de 1934, filho de José Baptista de Mello e Maria Deolinda Cavalcanti. É casado com Dª. Paula Frassinete, nascendo dessa união cinco filhos: Carmem, Etienete, José Batista Neto, Humberto Júnior e Luciana Maria.

Estudou em João Pessoa, cidade da qual nunca se ausentou, fazendo o curso primário no Grupo Escolar “Tomaz Mindelo”, Liceu Paraibano e Colégio Pio X. Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba.

Humberto Mello passou a infância e adolescência percorrendo, livremente, os folguedos infantis, rua e becos da capital, usufruindo dos seus encantos naturais, bem como da beleza oferecida pela majestade das edificações coloniais que ornavam a Filipéia de Nossa Senhora das Neves e que, aos poucos, estão sendo tragadas pelo “progresso”. Dos passeios, brincadeiras e das observações, surgiu o historiador. Formado em Direito, divide o tempo entre a advocacia, magistério e a pesquisa histórica. Foi professor de Direito Civil da Universidade Federal da Paraíba, tendo já lecionado nos Institutos Paraibanos de Educação (IPÊ) e na Universidade Regional do Nordeste. Mediante concurso, ingressou na magistratura, tendo sido aposentado como Juiz de Direito. Mantém-se em atividade em seu escritório de advocacia.

Colabora nos jornais da cidade, escrevendo, de preferência, sobre temas históricos. É sócio da Academia Paraibana de Letras, onde exerce o cargo de Secretário; sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Campina Grande e do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica; sócio da Academia de Letras Municipais do Brasil – Seção da Paraíba; sócio correspondente da Academia de Letras de Campina Grande e do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.

Trabalhos publicados: João Pessoa – perfil de um homem público, 1978; Trajetória política de Epitácio Pessoa, 1979; João Pessoa, a Paraíba e a revolução de 30, 1979; Instituições da Paraíba Colonial, in Paraíba – das origens à urbanização, 1989.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Arquivo da APL.

 

 

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CADEIRA Nº. 40

PATRONO: LUCIANO JACQUES DE MORAIS

FUNDADOR: JOSÉ ELIAS BORGES

LUCIANO JACQUES DE MORAIS

PATRONO

 

LUCIANO JACQUES DE MORAIS era mineiro de Jaraguaçu, onde nasceu em 1898. Fez estudos primários em sua cidade natal, seguindo depois para a cidade de Ouro Preto, tendo ali concluído seu curso superior, formando-se como engenheiro e geógrafo pela Escola Nacional de Minas e Metalurgia, no ano de 1922.

Seus conhecimentos e sua intensa atividade geológica lhe deram renome nacional.

Foi professor de Geologia e Paleontologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, tendo dirigido aquele Departamento, em 1943.

Prestou sua colaboração ao Departamento Nacional de Obras contra as Secas, tendo se empenhado no combate às secas, com intensa participação nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Deixou as seguintes obras publicadas: Inscrições Rupestres do Brasil, 1924; Serras e Montanhas do Nordeste, 1924; Estudos Geológicos no Estado de Pernambuco; Geologia da Região Diamantífera do Norte de Minas Gerais; 1930; Geologia Econômica do Norte de Minas Gerais, 1940; Minerais Estratégicos, 1940; As Pseudos-inscrições da Pedra da Gávea, 1944.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Delta Larousse, 1974.

 

 

JOSÉ ELIAS BORGES

FUNDADOR

 

JOSÉ ELIAS Barbosa BORGES nasceu no dia 8 de dezembro de 1932, na cidade de Triunfo, Pernambuco. É filho do casal Rufino Borges de Lima e Carmelita Sitônio Braga; casado com a professora Neuma Fechine Borges e tem três filhos: Francisco, Eduardo e Guilherme.

Fez o curso primário no Grupo Escolar “Epitácio Pessoa”, iniciando o ginasial no Colégio Pio X, concluindo em Campina Grande, no Colégio Alfredo Dantas; cursou o científico no Colégio Pio XI, de Campina Grande, em 1952. É bacharel em letras Anglo-Germânicas pela Faculdade Católica de Campina Grande; tem curso de Especialização em Letras, em nível de Mestrado pela Universidade Regional do Nordeste, de Campina Grande (FURNE), em 1975; é Doutor em Lingüística pela Universidade Federal da Paraíba (1977); tem certificado de Proficiência em Língua Inglesa, expedido pela University of Michigan – Ann Arbor, Estados Unidos em 1962. Possui vários cursos de Extensão Universitária no Brasil e no Exterior, além da participação em Congressos, Seminários, tanto como expositor como debatedor. Foi consultor de pesquisa dos Projetos Cartilha Literária, aplicação de textos de José Américo de Almeida em Escolas do 2º Grau; Projeto da Biblioteca Literária Popular em Verso (UFPB); A Cultura Popular nas Escolas Rurais, FCJA/SEC; Literatura Oral na Paraíba. Foi Presidente do Grupo de Trabalho para elaboração do Projeto de criação e implantação do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFPB.

Professor experiente, com atuação em cursos secundários, de graduação e especialização, abrangendo as áreas de Língua Portuguesa, Lingüística, Línguas estrangeiras, Literatura, Sociologia e Metodologia, além de ter participado como fiscal de concurso de vestibular e membro de comissões especializadas, orientador de teses de mestrado na UFPB.

É filiado a diversas entidades profissionais, científicas e culturais, entre estas, a Sociedade Brasileira de Professores de Lingüística – Seção da Paraíba, Aliança Francesa de Campina Grande e Instituto Histórico de Campina Grande; Associação Universal de Esperanto.

Participou como redator, secretário, diretor ou editor de publicações culturais, em João Pessoa e Campina Grande; colabora com artigos na imprensa paraibana.

São de sua autoria: Campina já foi Paupina, publicado no Diário da Borborema e na Coletânea de Autores Paraibanos; BADZÊ – Vocábulo Cariri incorporado ao Português do Brasil; A Fundação de Campina Grande; Será de Badopitá; O Problema da Classificação dos Indígenas Paraibanos; The Arius Indians and the Foundation of Campina Grande, edição institucional; Os Ariús e a Fundação de Campina Grande; Os Cariris e a origem do Homem Americano; Roteiro Dramático dos Cariris; O que restou da mitologia Cariri; O Bodocongó – História da Palavra; O que é o programa de integração Universidade-Empresa; O afamado índio Piragibe: subsídios para uma biografia; Indígenas da Paraíba I – Classificação preliminar; PADZU: Os Cariris na Filipéia de Nossa Senhora das Neves; A Itacoatiara de Ingá – É um monumento cariri ou tarairiú; Influência da Língua Cariri no Português do Brasil; A Linguagem popular na obra de José Lins do Rego (Dicionário).

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ do associado.

 

 

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CADEIRA Nº. 41

PATRONO: SAMUEL DUARTE

FUNDADOR: ASCENDINO LEITE

 

SAMUEL DUARTE

PATRONO

 

SAMUEL Vital DUARTE nasceu no dia 10 de dezembro de 1904, no sítio Cantagalo, município de Alagoa Nova, Paraíba, e faleceu no Rio de Janeiro no dia 3 de dezembro de 1979. Era filho do casal de agricultores Joaquim Vital Duarte e Cosma Maria da Conceição; casado com Dª. Adelina de Castro Pinto.

Iniciou os estudos na Escola Pública de Cantagalo, dirigida pelo professor Elísio Sobreira. O professor Elísio notava que Samuel Duarte possuía um dom muito forte para as letras. Chamou à atenção, para este fato, do seu padrinho, padre Jerônimo César, vigário de Alagoa Nova, que então passou a se interessar pela educação do afilhado. Encaminhou Samuel Duarte para a capital do Estado, conduzindo-o ao Colégio Diocesano Pio X a fim de complementar seus estudos, no ano de 1914. Dois anos mais tarde, Samuel ingressava no Seminário Arquidiocesano da Paraíba, o qual, sem vocação para o clero, abandonou em 1921 e, somente seis meses depois, conseguiu regularizar os estudos realizados no Seminário; matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 17 de setembro de 1931.

A vida profissional de Samuel foi iniciada como caixeiro de mercearia, passando, depois, para funcionário público estadual. Foi Professor de Português e de Francês no Liceu Paraibano.

Foi Presidente da Associação Paraibana de Imprensa; membro da Ordem dos Advogados do Brasil; Secretário do Interior e Justiça do Estado; Diretor da Carteira Agrícola do Banco do Brasil; membro do Contencioso do Banco do Brasil; Interventor do Estado; Deputado Federal e Presidente da Câmara dos Deputados durante a votação da Constituição de 1946.

No cenário nacional atuou brilhantemente tanto na política como nas letras. Lutou contra os obstáculos impostos pelo destino e, por seus próprios méritos, galgou os mais altos degraus da vida pública. Além dos jornais do Estado, escrevia nos jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Deixou publicado: Hitler e o renascimento alemão; No limiar da nova ordem legal; O paraíso dos medíocres; O inferno dos tolos; A dúvida do progresso e a intolerância; Os crimes da imprensa e o Código Penal; Responsabilidade, nada e tudo; Comunismo e anarquismo; Revisão Legislativa; O Mendigo (Contos). Cartas de Atenas.

Pertencia à Academia Paraibana de Letras, onde ingressou em 8 de janeiro de 1964, tendo fundado a Cadeira nº. 33.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

LIMA, Francisco. Discurso de posse na APL, in Castro Pinto, Cadeira 33, João Pessoa, 1964.

 


ASCENDINO LEITE

FUNDADOR

 

ASCENDINO LEITE nasceu na cidade de Conceição, Paraíba, no dia 21 de junho de 1915, filho de Manuel Cândido Leite e Ana Caçula de Figueiredo Leite.

Iniciou os estudos em casa, com o pai, depois aprendeu Aritmética e Geometria com o professor João Benjamim e preparou-se para o exame de admissão do Liceu com seu padrinho, que também era seu primo, José Rodrigues Leite, em Bananeiras.

Em 1936, casou com Maria Rosa da Franca Leite, que faleceu em 1988, no Rio de Janeiro. Ficando viúvo, casou-se, novamente, com a senhora Hilda Medeiros, da qual se divorciou alguns anos mais tarde.

Apreciador de uma boa leitura, Ascendino desde cedo conviveu com os clássicos da literatura francesa, incluindo jornais literários, críticos e diários íntimos, o que lhe ajudou muito em sua formação literária. Vivendo sempre para as letras, exerceu o jornalismo por mais de 30 anos, iniciando-se nessa atividade no jornal O Norte e em A União. Exerceu a função de redator e depois de Diretor de A União por longo período; em 1943, deixa a direção desse jornal e vai morar no Rio de Janeiro, como funcionário do DASP. No Rio de Janeiro atuou na imprensa, chegando a exercer as funções de diretor da redação dos jornais A Manhã, Tribuna de Imprensa, Folha de São Paulo (Sucursal), Diário Carioca, Diário de Notícias; foi editor das revistas Eu Sei Tudo, Cena Muda, Revista da Semana e Esporte Ilustrado.

Recebeu as condecorações: Ordem do Infante (Portugal), no grau de Comendador; Mérito Tamandaré (da Marinha Brasileira), Ordem Rio Branco, no grau de Oficial; Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, do IHGP.

O escritor Ascendino Leite também é verbete em Dicionários Literários e Enciclopédias Brasileiras, na Enciclopédia Delta Larousse, e no Dicionário de Autores Luso-Brasileiros, edição portuguesa. É considerado pela crítica nacional como um dos maiores estilistas vivos da língua portuguesa.

É membro da Academia Paraibana de Letras, sócio correspondente das Academias de Letras de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Paraíba, em 1992.

Obras do autor: Estética do Modernismo, 1936; Notas Provincianas, 1942; O Salto Mortal, Rio de Janeiro, Ediouro, 1958; A Prisão,1958; Durações (Diário Íntimo), Rio de Janeiro, 1963; A Velha Chama (Jornal Literário IV), 1955; Passado Indefinido, Os Dias Duvidosos e O Lucro de Deus (Volume único do Jornal Literário (I, II, III). Rio de Janeiro, 1966; As Coisas Feitas (Jornal Literário – V), 1968; Visões do Cabo Branco (Jornal Literário – VI), 1969; O Vigia da Tarde (Jornal Literário – VII), 1970; Um Ano de Outono (Jornal Literário – VIII), 1972; Os Dias Esquecidos (Jornal Literário – IX), 1974 O Brasileiro (Romance). Rio de Janeiro, Livraria São José, 1975; O Jogo das Ilusões (Jornal Literário – X), 1980; Os Dias Memoráveis (Jornal Literário – XI), 1982; O Velho Leblon (Jornal Literário – XII), 1988; Sementes no Espaço I (Fragmentos de um Jornal Literário. Rio de Janeiro, Editora Cátedra, 1988; Sementes no Espaço II . Rio de Janeiro, Editora Cátedra, 1989; A Viúva Branca (Romance). Belo Horizonte, Editora Itatiaia, 1989; Momentos Intemporais (Jornal Literário) vol. 15, EGN/Acauã, 1991; Visões e Reflexões do 3º Céu – Euísmos. João Pessoa, Idéia Editora, 1993; Poesia para dois (Poesia). João Pessoa, Idéia Editora, 1993; Sonho de uma semana de verão (Poesia). João Pessoa, Idéia Editora, 1993; A Prisão (Romance), João Pessoa, Editora Universitária/UFPB, 1995; Jardim Marítimo. (Poesia) João Pessoa, Idéia Editora, 1995; O Brasileiro (Romance). 3ª. ed., Patos, Fundação Ernani Sátiro¸ 1996; A Prisão, 2ª. ed., 1996; Visões do Vale (Poesia) João Pessoa, Idéia Editora, 1997; Jardim Marítimo (Poesia). 2ª. edição, João Pessoa, Mídia Impressa, 1997; Aforismos para o povo instruído. João Pessoa, Idéia Editora, 1998; Os Juízes (Poesia). João Pessoa, Idéia Editora, 1998; O Nariz de Cíntia (Poesia). João Pessoa, Idéia Editora, 1998 Por uma saudade azul (Poesia). João Pessoa, Idéia Editora, 1999; Surpresas na Partida (Jornal literário). João Pessoa, Idéia Editora, 1999; Poemas do Fim Comum (Poesia). João Pessoa, Idéia Editora, Poesia Reunida. João Pessoa, Idéia Editora, 1999; 2000; Vulgata (Poesia). As Doces Vozes do Silêncio (Jornal Literário). João Pessoa, Idéia Editora, 2000; João Pessoa, Idéia Editora, 2001; Caracóis na Praia (Jornal Literário). João Pessoa, Idéia Editora, 2001; Ode à Cidade de Natal. João Pessoa, Idéia Editora, s.d.; Perfil de um poeta – Pereira da Silva. João Pessoa, Idéia Editora, s.d.; Aforismos da Precisão. João Pessoa, Idéia Editora, 2003; À Flor da Terra (Poesia). João Pessoa, Idéia Editora, 2003; Os Pesares (Jornal literário). João Pessoa, Idéia Editora, 2004. O Jogo das Ilusões (Jornal Literário). 2ª. edição. João Pessoa, Idéia Editora, 2004; As Pessoas (Jornal Literário). João Pessoa, Idéia Editora, 2004. Traduções: Armância (Stendhal); Uma Vida (Maupassant).

Ascendino Leite ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 23 de março de 1991, sendo saudado pelo historiador Wellington Aguiar.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Revista do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, nº. 25, 1991.

 

 

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CADEIRA Nº. 42

PATRONO: HORÁCIO DE ALMEIDA

FUNDADOR: AMAURY VASCONCELOS

 


HORÁCIO DE ALMEIDA

PATRONO

 

HORÁCIO DE ALMEIDA nasceu na cidade de Areia, Paraíba, no dia 21 de outubro de 1896 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 5 de junho de 1983.

Iniciou os estudos, a princípio, no engenho do seu pai, completando-os, mais tarde, na capital do Estado. Preparou-se no Liceu Paraibano para ingresso na Faculdade de Direito do Recife, conforme fazia a maioria dos jovens daquele tempo. Bacharelou-se em 1930, voltando à capital paraibana para iniciar-se profissionalmente como Juiz Eleitoral na qualidade de representante da classe dos advogados. Um dos seus companheiros era o advogado Maurício Furtado, com quem formou uma sólida amizade.

Foi Secretário do Interior e Justiça e, a essa altura, já colaborava nos jornais, escrevendo e dirigindo O Estado da Paraíba; Horácio de Almeida destacou-se, sobretudo nas letras, ficando conhecido nacionalmente como historiador.

Era membro da Academia Fluminense de Letras; fundador e idealizador da Federação das Academias de Letras do Brasil; membro da Academia Carioca de Letras; Presidente do Cenáculo Brasileiro de Letras e Artes e do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro; sócio fundador da Academia Paraibana de Letras.

Deixou vasta bibliografia, sendo a mais importante História da Paraíba, fonte de pesquisa obrigatória para os estudiosos da história da nossa terra.

São de sua autoria: Bacharéis de 1930, 1930; A posição da mulher perante as leis do país, 1933; Pedro Américo – ligeira notícia biográfica, 1943; Pedro Américo – Centenário do seu nascimento, 1944; Augusto dos Anjos – Razões de sua angústia, 1962; História da Paraíba, 1966; Augusto dos Anjos – tema para debates, 1970; Contribuição para uma bibliografia paraibana, 1972; Dicionário Popular Paraibano, 1979; Dicionário de temas eróticos e afins, 1982.

Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, onde ingressou no dia 23 de agosto de 1936.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FURTADO, Maurício. Coisas do Passado, João Pessoa, 1970.

ODILON, Marcus. Pequeno Dicionário de fatos e vultos da Paraíba, Rio de Janeiro, Cátedra, 1984.

 


AMAURY VASCONCELOS

FUNDADOR

 

AMAURY de Araújo VASCONCELOS nasceu em Alagoa Nova, Paraíba, no dia 5 de outubro de 1928, filho de Antônio Benvindo de Vasconcelos e Amara Araújo de Vasconcelos. É casado com Dª. Maria Elizabeth Mello de Vasconcelos e tem duas filhas: Maria Rejane, advogada, e Maria Patrícia, bioquímica

Passou a infância entre as cidades de Areia, Guarabira e Campina Grande, tendo iniciado os estudos em Areia com a veneranda mestra Júlia Verônica dos Santos Leal. Estudou, depois, em Guarabira, sempre com professores particulares contratados por seu pai; em Campina Grande, freqüentou o Colégio Pio XI e, em João Pessoa, o Liceu Paraibano, onde completou o ginasial e concluiu o clássico, ingressando, em seguida, na Universidade Federal de Maceió, graduando-se em Direito, em 1953. Posteriormente, bacharelou-se em História e Geografia pela Universidade Federal da Paraíba e, mais tarde, especializou-se em Direito da Família na Sorbone (França) e na Universidade Católica de Portugal.

Amaury iniciou sua carreira de professor aos onze anos de idade, quando, em Guarabira, alfabetizava as crianças na escola de propriedade do seu genitor; com a mesma precocidade iniciou a carreira jurídica, defendendo causas, ainda acadêmico.

Entre os cargos que ocupou, destacamos: Chefe da Casa Civil do Governador; Secretário de Administração da Prefeitura de Campina Grande; Professor da Universidade Federal da Paraíba; Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas de Campina Grande; Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção da Paraíba; fundador do Lions Club de Maceió e Governador do Lions, Região Nordeste.

Foi agraciado com as honrarias: Cidadão Honorário dos municípios de Areia, Guarabira e Campina Grande; Escritor do Ano/1985, título concedido ela União Brasileira de Escritores (RJ); Medalha de Ouro, do Lions Club Internacional; Advogado do Ano/86, pela Associação dos Advogados de Campina Grande; Medalha Argemiro de Figueiredo e Medalha Tiradentes, pela Loja Maçônica “Regeneração Campinense”.

Aposentado do serviço público, transferiu seu escritório de advocacia de Campina Grande para a capital paraibana, onde atualmente reside. É Presidente da Academia Campinense de Letras; membro da Academia Paraibana de Letras, da qual já foi Vice-Presidente; membro do Conselho Estadual de Cultura; membro da Academia Brasileira dos Municípios; membro do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica; sócio da Academia Paraibana de Poesia, da Associação Paraibana de Imprensa, da Associação Brasileira de Escritores, do Instituto Cultural do Oeste Potiguar. É sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte

Trabalhos publicados: Saudação às Bandeiras. João Pessoa, Editora Universitária, 1981; Pedro Américo – Gênio não só na pintura. João Pessoa, SEC, 1982; A história de um historiador. João Pessoa, A União Editora, 1983; Câmara Cascudo – Internacionalidade de sua obra. Mossoró, Fundação Vingt-un Rosado, 1991; Paraíba Mulher (Discurso de posse na APL). Campina Grande, Arte Gráfica Stampa, 1992; Elpídio – O Intelectual. Campina Grande, s/ed., 1995; Horácio de Almeida – Historiador Maior. João Pessoa, Empório dos Livros, 1998; Quatro Momentos (Discurso de posse na Academia Campinense de Letras). João Pessoa, Editora Universitária, 1999; Eu Comigo (Memórias). Mossoró, Fundação Vingt-un Rosado, 2000; Antologia dos Oradores Paraibanos. (Org.) João Pessoa, A União Editora, 2001; Eu Comigo Memórias II. Editora Universitária/UFPB, 2002.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Arquivos da APL e do IHGP.

 

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CADEIRA Nº. 43

PATRONO: LUÍS PINTO

FUNDADOR: ADAUTO RAMOS

 

LUÍS PINTO

PATRONO

 

LUÍS da Silva PINTO nasceu em Mamanguape no dia 10 de abril de 1904 e faleceu no dia 13 de julho de 1977; era filho de José Heráclito de Menezes Pinto e Dª. Mariana da Silva Pinto.

Passou a infância nos sítios Bacupacu, Angicos, Lagoa do Matias e Cocos. Aos 14 anos sua família mudou-se para a cidade de Bananeiras, sede do município, só então teve a oportunidade de freqüentar uma escola primária. Aos vinte anos veio tentar a vida na capital do Estado, passando a exercer funções humildes, como servente, porteiro, aprendiz de revisor e na distribuição de jornais na Imprensa Oficial. Convocado para servir ao Exército, quando de lá saiu foi nomeado escriturário do Tesouro do Estado. Por esse tempo já colaborava no Diário da Manhã e no Diário da Tarde, jornais do Recife. O Governador Argemiro de Figueiredo nomeou-o Diretor da Biblioteca Pública, tendo realizado um excelente trabalho e, no seu gabinete de Diretor, Coriolano de Medeiros deu por fundada a Academia Paraibana de Letras, em 14 de setembro de 1941.

Com a exoneração de Argemiro de Figueiredo do Governo do Estado, Luís Pinto, incompatibilizado com o interventor Ruy Carneiro, e não se achando mais em condições de ficar na Paraíba, resolveu ir tentar a vida no Rio de Janeiro, quando para lá seguiu em 1942.

Na capital federal iniciou a carreira de jornalista. Escrevia nos jornais A Notícia, Diário de Notícia, Diário Carioca e Correio da Manhã. Foi Diretor do Serviço de Documentação do DASP, transferindo-se, depois, para a Fazenda Nacional. Dirigiu a Revista das Finanças Públicas e aposentou-se como Agente do Imposto Aduaneiro. Em 1951, conseguiu realizar seu sonho maior: formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Deixou uma bibliografia vastíssima: Coelho Lisboa; Síntese histórica da Paraíba; Vidal de Negreiros; Tiradentes; Vida do General Manuel Luiz Osório; Octacílio de Albuquerque; Idéias e Pensamentos de Tavares Bastos; História do Povo Brasileiro; Terra Seca; Cadernos de Poetas Paraibanos; Antologia da Paraíba; Conferências – Ruralismo e Municipalismo; Pandiá Calógeras; Conferências; Homens do Nordeste e outros ensaios; Os desgraçados, Ernesto; Clóvis Bevilacqua, um gênio do saber, um santo na bondade; O caudilhismo hispano-americano na via política do Brasil; A influência do Nordeste nas letras brasileiras;Augusto dos Anjos; Um peregrino da fé; Rumos e problemas da revolução de março; Traços de vidas ilustres;Rodrigues de Carvalho.

Luís da Silva Pinto foi sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, onde ingressou no dia 20 de junho de 1937. Foi sócio-fundador da Cadeira nº. 12 da Academia Paraibana de Letras, onde ingressou no dia 14 de setembro de 1941.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Curriculum vitæ do patrono.

Arquivo do IHGP e APL.

MELO, Virgínius da Gama e. O Inquieto Luiz Pinto – Literatura e vida. Juízo crítico sobre Luiz Pinto e sua obra. Rio de Janeiro, 1964.

 


ADAUTO RAMOS

FUNDADOR

 

ADAUTO RAMOS nasceu no Engenho Cafundó, município de Sapé, no dia 2 de março de 1938, filho de Cândido de França Ramos e Luíza Guedes Ramos.

Iniciou o curso primário no Grupo Escolar “João Úrsulo”, em Santa Rita, tendo concluído no Grupo Escolar “Epitácio Pessoa”, na capital do Estado; em 1956, deixou a Escola Industrial de João Pessoa, onde fez o curso secundário e matriculou-se no Liceu Paraibano para fazer o curso científico, concluído em 1962; em 1966, diplomou-se em Odontologia, na Universidade Federal da Paraíba, ao mesmo tempo em que freqüentava o curso de Suficiência em Ciências, na Faculdade de Filosofia daquela Universidade.

Adauto é portador dos seguintes cursos: Relações Humanas (SESC, 1961); Introdução ao Estudo Atual das Ciências (UFPB, 1961); Fenômenos Parapsicológicos de Conhecimento (Centro Latino-Americano de Parapsicologia), 1972; Problemas e Perspectivas da Psicologia Clínica, 1978; A Paraíba e o IV Centenário (Séculos XIX e XX), 1983. Participou do VIII Encontro de Administradores e Secretários de Estabelecimentos de Ensino Público (SEC-PB, 1979) e do I Seminário de Assistência do Adolescente (Secretaria de Saúde-PB, 1990). Além de ter participado ativamente em vários Congressos, Jornadas e Encontros Científicos e Cursos de Extensão Universitária no campo da Odontologia.

Como professor, Adauto Ramos lecionou a disciplina Ciências no Colégio Estadual de Cabedelo, Colégio Getúlio Vargas (capital) e Ginásio Municipal, de Natuba; foi Diretor do Colégio Estadual de Sapé e do Colégio Estadual de Umbuzeiro.

Professor e dentista, Adauto se realiza nas letras. Poeta e pesquisador escolheu os fatos históricos e a genealogia como objeto de suas pesquisas. É sócio fundador do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, sendo seu atual Presidente, cargo que já ocupou em vários períodos; sócio do Colégio Brasileiro de Genealogia (Rio); sócio correspondente do Instituto de Estudios Genealogicos y Heráldicos de Buenos Aires; sócio da Academia Paraibana de Poesia; membro do Gabinete Paraibano de Leitura; membro da União Brasileira de Escritores; membro da Associação Paraibana de Cirurgiões-Dentistas; sócio correspondente dos Institutos Históricos do Rio Grande do Norte e de Pernambuco, e do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba (SP); sócio correspondente da Academia Campinense de Letras.

Publicações de sua autoria: Notas sobre o Barão de Maraú, 1986; O desembargador Arnaud Ferreira Baltar, 1986; Engenho Muguengue – Celeiro de poetas, 1986; O poeta Alcides Ferreira Baltar, 1986; O primeiro livro paraibano, 1987; IPGH, 1967-1987, 1987; Caderno de Genealogia nº. 1, 1987; Pepito, 1988; ABC em versos, 1988; Cruz do Espírito Santo, 1988; Bibliografia Paraibana de Genealogia, 1988; Caderno de Genealogia nº. 2, 1988; Auroras e Ocasos, 1989; Cantos e Prantos, 1989; Ah! que saudades, 1989; Edmundo, 1990; Cadernos de Genealogia nº. 3, 1989; Franquinha, sua genealogia, 1991; José Leal (sua genealogia), 1991; Um ano sem Teobaldo, 1991; Luis Pinto (Sua genealogia), 1991; O desembargador Sebastião S. Fernandes; O menino de Araçá, 1992; Centenário da queda do 1º governo republicano na Paraíba; Sebastião Bastos (sua genealogia), 1994;10 poemas, 1995; Luzia Guedes Ramos – 90 anos, 1995; Meu Torrão, 1998; Sesquicentenário do Desembargador Antônio Ferreira Baltar, 1998; Testamentos do Barão e da Baronesa de Maraú, 1998; Engenho Santos Reis – Roteiro para a sua História, 1999; Sobrado – A Bandeia Municipal, 1999; Anthenor Navarro – Centenário de Nascimento, 1999; Ademar Vidal – Súmula Biobibliográfica, 1999; Uma Matriarca, 1999; Francisco Vidal Filho – Centenário de Nascimento, 2000; Glória dos Anjos – A Poetisa, 2000; Documento para a História de Sobrado: 1. Testamento de Anna Maria da Conceição; 2. Relação da Capitania do Taypú; 2000; Documento para a História de Sobrado - 3. A Sesmaria de André de Albuquerque, 2001; Documento para a História de Sobrado: 5. A Sesmaria de Balthasar Fernandes Freire e Gaspar Dias de Beco no rio Gurinhém, em 1619, 2002; Augusto dos Anjos – Resgate Histórico, 2002; Mamanguape – em duas épocas. 2003; Maria Menina do Itapuá, 2003; D. Luzia Lins Cavalcanti e seu testamento, 2003; Hino de Sobrado, 2003; Cândido de França Ramos – Meu pai, 2003; Bandeira Paraibana de 1817, 2004; Genealogia do Dr. Alfredo dos Anjos, 2004, Isto é uma vergonha!!!, 2005.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ elaborado pelo sócio.

 

 

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CADEIRA Nº. 44

PATRONO: CELSO MARIZ

FUNDADOR: MÁRIO RAPOSO

 

CELSO MARIZ

PATRONO

 

CELSO Marques MARIZ nasceu no dia 17 de dezembro de 1885, no sítio Escadinha, município de Sousa, Paraíba, falecendo em João Pessoa no dia 03 de novembro de 1982; filho de Dr. Manuel Marques Mariz e dona Adelina de Aragão Mariz. Órfão de pai aos três anos, foi criado pelo padrinho, Dr.Félix Joaquim Daltro Cavalcanti, juiz municipal de Piancó.

Passou a residir em Taperoá, freqüentando a escola do professor Minervino Cavalcanti, matriculando-se depois, como ouvinte, no Seminário Diocesano da Paraíba, em João Pessoa, iniciando a sua carreira jornalística como redator de O Comércio, ao lado de Arthur Achiles e como colaborador do jornal A União.

Atraído pela tão decantada beleza amazônica, Celso Mariz viajou até Belém do Pará, retornando à capital paraibana em 1907, quando passou a integrar os quadros do jornal O Norte, fundado pelos irmãos Órris e Oscar Soares. Por algum tempo foi diretor daquele órgão e nessa função viajou por alguns municípios do Estado, tendo a oportunidade de colher dados, os quais mais tarde lhes serviram de subsídios para a elaboração dos seus livros. Nomeado professor público, com exercício em Catolé do Rocha, conheceu D. Santina Henriques de Sá, com quem se casou.

Algumas funções exercidas por Celso Mariz: Inspetor Regional do Ensino; Conselheiro Municipal, em Taperoá; Diretor da Secretaria da Assembléia Legislativa do Estado (1914/1930); Deputado Estadual (1924/1928); Diretor do jornal A União; Secretário de Estado na Administração Argemiro de Figueiredo.

Em 1915, fundou A Notícia, jornal representativo do pensamento dos “jovens turcos”, grupo que pretendia se firmar como vanguarda do epitacismo.

Membro efetivo e um dos dez fundadores da Academia Paraibana de Letras, em 1941; membro do Conselho Estadual de Cultura. Ingressou no IHGP em 18 de junho de 1910, tendo exercido a sua presidência no período 1944/1946.

Legou-nos uma importante bibliografia: Através do Sertão, 1910; Apanhados Históricos da Paraíba, 1929; Evolução Econômica da Paraíba, 1939; Ibiapina, um Apóstolo do Nordeste, 1942; Carlos Dias Fernandes, 1943; Cidades e Homens, 1945; Areia e a Rebelião de 1848, 1946; Memória da Assembléia Legislativa, 1948; Notícia Histórica de Catolé do Rocha, 1956; Figuras e Fatos, 1976.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MARIZ, Celso. Memória da Assembléia Legislativa – aumentada e atualizada por Deusdedit de Vasconcelos Leitão. João Pessoa, 1987.

Revista do IHGP, vol. V, João Pessoa, 1922.

 


MÁRIO RAPOSO

FUNDADOR

 

MÁRIO da Cunha RAPOSO nasceu na cidade de Santa Rita, Paraíba, no dia 16 de setembro de 1911; filho de João Vitorino Raposo e Blandina da Cunha Raposo. É casado com Maria Carmem Raposo Monteiro e tem duas filhas, Ana Maria Raposo Moreira Leite e Maria Carmem Raposo Monteiro

Iniciou o curso primário no Instituto Spencer, transferindo-se depois para o Colégio Diocesano Pio X, sob a direção dos Maristas. Concluiu seu curso de humanidades no Liceu Paraibano. Em 1938, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela tradicional Faculdade de Direito do Recife.

A partir de 1937 passou a lecionar História da Civilização no velho Liceu Paraibano, ainda na Praça João Pessoa. Dedicado aos assuntos educacionais, foi nomeado Técnico do Ministério da Educação, por ato do Presidente da República, em 1939, tendo servido como Inspetor do Ensino no Liceu Paraibano. Ainda em João Pessoa, exerceu o cargo de Subprocurador da Fazenda.

No final da década de 40 mudou-se para o Rio de Janeiro, tornando-se advogado militante na então Capital Federal, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção/RJ.

No Rio, foi Consultor do Serviço Social do Comércio – SENAC, de 1948 a 1978; foi Diretor Geral da Secretaria da Comissão do Imposto Sindical do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em 1959; exerceu a função de Oficial de Gabinete do Ministro da Agricultura, 1960; chefiou o Gabinete da Confederação Nacional do Comércio; durante anos representou a Confederação Nacional do Comércio no 1º e 2º Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda; por dois mandatos seguidos – 1969/71 e 1972/74 – representou o Estado da Paraíba no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Durante mais de 20 anos integrou o Conselho Diretor da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Durante 30 anos ininterruptos representou, no Rio de Janeiro, os interesses do Banco Antônio de Queiroz S/A, de São Paulo.

Nos jornais da Paraíba escreveu sobre assuntos educacionais, continuando no Rio de Janeiro a colaborar esparsamente. Mantém permanente participação nas Revistas do IHGP.

Pertence aos quadros da Associação Comercial do Rio de Janeiro, tendo percorrido diversos postos de hierarquia da Casa, chegando a Benemérito e membro efetivo do Conselho Superior.

Mário Raposo ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 26 de novembro de 1944.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ do associado.

 

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CADEIRA Nº. 45

PATRONO: OSWALDO TRIGUEIRO

FUNDADOR: DORGIVAL TERCEIRO NETO

 

 

OSWALDO TRIGUEIRO

PATRONO

 

OSWALDO TRIGUEIRO de Albuquerque Mello nasceu na cidade de Alagoa Grande, Paraíba, no dia 2 de janeiro de 1905. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de novembro de 1989. Era casado com Dª. Cinira de Sá Albuquerque Mello, não deixando descendentes. Era filho de Francisco Luís de Albuquerque Mello e Dª. América Trigueiro de Albuquerque Mello.

Fez o curso primário em Alagoa Grande e o secundário no Colégio Diocesano Pio X, em João Pessoa; graduou-se em Direito, em 1924, pela Escola do Recife. Iniciou a vida profissional como Promotor Público da Comarca de Teófilo Otoni, Minas Gerais, exercendo também, aí, as funções de Inspetor do Ensino Secundário e de advogado. Residiu algum tempo no Rio de Janeiro, onde atuou como advogado. Foi Vice-Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, destacando-se como orador. Viajou aos Estados Unidos e freqüentou a Universidade de Michigan, recebendo o diploma de Máster em Ciências Políticas.

Ocupou os mais altos cargos públicos do seu Estado. De 1936 a 1937, foi Prefeito de João Pessoa e, em 1947, Governador da Paraíba, sendo o primeiro a eleger-se pelo voto direto e universal. Renunciou ao mandato em 1950, para disputar as eleições para a Câmara Federal; foi embaixador do Brasil na Indonésia; Procurador Geral da República, Ministro do Supremo Tribunal Federal, exercendo a presidência desse órgão, tendo se aposentado nesse cargo.

Era membro do Instituto de Política Internacional, do Instituto Brasileiro de Administração Municipal, da Sociedade Brasileira de Direito Internacional e do Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros. Era membro da Academia Paraibana de Letras, onde ocupou a Cadeira nº. 31.

Deixou publicados vários trabalhos sobre Direito e dois excelentes livros sobre História: A Paraíba na Primeira República e A Política do meu tempo.

Após o seu falecimento, Dª. Cinira doou a sua biblioteca à Fundação Casa de José Américo.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MAIA, Benedito. Governadores da Paraíba (1847-1980). João Pessoa, 1980.

PORDEUS, Teresinha de Jesus Ramalho. História da Paraíba na sala de aula. João Pessoa, 1978.

TERCEIRO NETO, Dorgival. Discurso de posse, in Revista do IHGP, nº. 27.

 


DORGIVAL TERCEIRO NETO

FUNDADOR

 

DORGIVAL TERCEIRO NETO nasceu na Fazenda Santa Maria, em Taperoá, Paraíba, no dia 12 de setembro de 1932, filho de Melquíades Vilar e Eliza Vilar. Fez os cursos de admissão e ginasial no Ginásio Diocesano de Patos, entre 1945 e 1949, e o curso clássico no Liceu Paraibano (1950/52). Em 1957, bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Paraíba.

Começou a vida profissional no Departamento de Estradas de Rodagem (DER) como auxiliar de escritório, ascendendo a escriturário, Chefe de Pessoal, Assessor Administrativo e Procurador. Posteriormente, passou a atuar no Tribunal de Justiça como Subsecretário, em substituição ao titular; Secretário Geral da UFPB, antes de sua federalização, no Reitorado do Professor Mário Moacyr Porto, tendo Dorgival contribuído para a concretização do enquadramento da entidade como órgão federal, na instrumentação dos expedientes referentes ao ato. Exerceu a função de Assessor Especial do antigo Conselho Estadual de Desenvolvimento; Diretor de Crédito de Fomento do Banco do Estado da Paraíba, tendo implantado as Carteiras Especializadas de Crédito Rural, Crédito Industrial e de Operações Especiais; Procurador do Estado da Paraíba; Professor de Direito Civil e de Direito Agrário da UFPB; Prefeito da cidade de João Pessoa; Vice-Governador e, depois, Governador do Estado no período agosto/78 a março/79.

Aposentado do serviço público é advogado militante e jornalista. No jornal A União, foi redator, redator-chefe, secretário e diretor eventual; dedica-se à pesquisa histórica, publicando seus trabalhos na imprensa local.

Pertence à Academia Paraibana de Letras, onde ingressou a 17 de junho de 1999 para ocupar a cadeira nº. 7, cujo patrono é o jornalista Artur Aquiles, tendo sido ocupada pelos escritores Coriolano de Medeiros e Maurílio Augusto de Almeida.

Como professor da Universidade Federal da Paraíba publicou o livro didático Noções preliminares de Direito Agrário, já na 3ª. edição, compêndio também adotado nos Institutos Paraibanos de Educação e na Universidade de Campina Grande.

Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 29 de janeiro de 1993, sendo saudado pelo historiador Humberto Mello, seu colega de turma, e pelo presidente e escritor Joacil de Britto Pereira. No seu discurso de posse evidenciou o paraibano Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello, patrono da cadeira.

É sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Recebeu a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, conferida pelo IHGP, e a Medalha José Américo, conferida pela Fundação Casa de José Américo.

São de sua autoria: Discurso de posse no IHGP. João Pessoa, s/ed., 1993; Discurso de posse na APL. João Pessoa, s/ed., 1999; Celso Mariz. João Pessoa, Empório dos Livros, 1999; Paraíba de Ontem, Evocações de Hoje. João Pessoa, Gráfica Santa Marta, 1999; Taperoá – crônica para a sua história. João Pessoa, Unipê Editora, 2002; Gente de Ontem, história de sempre, coletânea de reportagens sobre fatos merecedores de registro a posteridade.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ elaborado pelo associado.

 

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