INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO/IHGP
Fundado em 7 de setembro de 1905
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CADEIRA Nº. 20

PATRONO: RODRIGUES DE CARVALHO

FUNDADOR: ARCHIMEDES CAVALCANTI

OCUPANTE: MARTHA FALCÃO

 

Martha Falcão
MARTHA FALCÃO
Atual ocupante


MARTHA Maria FALCÃO de Carvalho Morais e Santana nasceu na cidade de Santa Rita, em 18 de agosto de 1945; filha de Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho e D. Izaura Falcão de Carvalho. É casada com Carlos Augusto Morais e Santana, de cuja união tem os filhos Izaura, Carlos Antônio, Emanuel, Jorge e o neto Gabriel.

Fez seu curso primário no Grupo Escolar “João Úrsulo”, em Santa Rita; curso ginasial no Colégio Lins Vasconcelos e o colegial no Liceu Paraibano, em João Pessoa.

Durante muito tempo exerceu o magistério em Santa Rita e João Pessoa. Naquela cidade exerceu os seguintes cargos: Orientadora do Ensino Municipal; Diretora da Divisão de Educação e Cultura; professora e vice-diretora do Ginásio Comercial “Américo Falcão”; Secretária Executiva do Mobral; professora do Colégio Estadual de Santa Rita; Assessora Jurídica da Prefeitura Municipal; Secretária da Educação.

Sempre foi dedicada aos movimentos comunitários, pertencendo ao Lions Club de Santa Rita, instituição onde exerceu o cargo de Vice-Governadora Distrital.

Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba, em 1971, tendo exercido a Defensoria Pública em Santa Rita. Graduou-se em Licenciatura Plena em História pela UFPB, em 1981; fez curso de especialização em História do Brasil na UFPB, em 1978, e mestrado em História do Brasil na Universidade Federal de Pernambuco, 1989, onde também se doutorou em História Social, em 1996. É professora concursada de História da UFPB, desde 1987, atuando atualmente como pesquisadora do Núcleo de Documentação Histórica e Informação Regional (NDHIR). É detentora de inúmeros cursos de extensão universitária nos campos das Ciências Sociais, História, Comunicação e Educação e possui vários cursos de Habilitação ao Magistério, tais como Educação Moral e Cívica, História Geral e do Brasil, em Geografia e O. S. P. B.

É colaboradora na imprensa local, pesquisadora no campo da Genealogia e orientadora de pesquisas junto a universitários. Pertence ao Centro da Mulher 8 de Março e ao Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica.

Entre as obras e publicações de sua autoria, destacam-se: A Autonomia do Município Brasileiro – 1874-1946, 1977; Nordeste Açucareiro – 1535-1910, Recife, 1980; Paraíba 1817, 1981; A China do Século XIX, 1981; Nordeste, Açúcar e Poder – Um estudo da oligarquia açucareira na Paraíba – 1921-1962 (prêmio nacional do CNPq, em comemoração ao Centenário da República), 1985; O Direito Romano e a História, 1995; Poder e Intervenção Estatal – Paraíba -1920-1940, 2000.

Tem trabalhos publicados nos livros O Jogo da Verdade – A Revolução de 1964 30 anos depois (Santa Rita, um reduto das Ligas Camponesas) e (Ideologia e Espaço Social em Órris Barbosa ), Secca de 32 – Uma obra memorável.

Entre os inúmeros artigos publicados nas Revistas do IHGP, do NDHIR e da APL, citamos: Poder e Centralização Política, Crise e Identidade Regional, A Imprensa no Cotidiano de uma cidade, Mulheres em Marcha, O Governo de João Pessoa e a Oligarquia Açucareira, As Eleições de 33 na Paraíba, A Fotografia e a História dos Trabalhadores, Américo Falcão – O Poeta do Mar e da Saudade.

Martha Falcão ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 11 de março de 1999, sendo saudado pelo historiador Luiz Hugo Guimarães.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Curriculum vitæ. Discurso de saudação de Luiz Hugo Guimarães. Arquivo do IHGP.

 

 

RODRIGUES DE CARVALHO

PATRONO

 

José RODRIGUES DE CARVALHO nasceu em Alagoinha, Paraíba, no dia 18 de dezembro de 1867 e faleceu no Recife no dia 20 de janeiro de 1935. Era filho do casal Manuel Rodrigues de Carvalho e Cândida Maria de Carvalho. Casou em primeiras núpcias com D. Francisca Lisboa de Carvalho e, pela segunda vez, com D. Anita Veloso Rodrigues de Carvalho.

Começou a vida como caixeiro, em Mamanguape, trabalhando com o tio, ao mesmo tempo em que freqüentava a escola do latinista Manuel de Almeida; fez o curso de humanidades no Liceu Paraibano. Mudou-se para o Estado do Rio Grande do Norte, não se adaptando, porém, àquela região, seguiu para Fortaleza, tentando dar um rumo diferente à sua vida. Matriculou-se na Faculdade de Direito e iniciou a publicação dos seus poemas. Lírico e sentimental, era também um exímio improvisador de versos, usando uma adjetivação que lhes dava muita expressividade e um estilo peculiar.

Em 1880, juntamente com Castro Pinto, fundou em Mamanguape o semanário A Comarca e, em 1892, criou, na capital do Estado, o Grêmio Literário “Cardoso Vieira”, instituição que veio contribuir bastante na formação intelectual da juventude paraibana daquela época. Foi professor, jornalista, jurista e, acima de tudo, poeta, projetando-se neste gênero, a partir da publicação do poema Seios. Escreveu nos jornais A União, Gazeta do Comércio, O Comércio, Estado da Paraíba, República, Jornal Pequeno (Recife) e em Província do Pará.

Elegeu-se Deputado Estadual pela Paraíba, sendo de sua autoria a lei que criou o Montepio do Estado. Exerceu, ainda, os cargos de Procurador e Secretário Geral do Estado. Era membro do Instituto Histórico do Ceará, da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro, da Academia de Letras do Ceará e do Instituto Arqueológico e Histórico Pernambucano.

Deixou uma bibliografia bastante diversificada: Recursos Extraordinários; Comentários ao Código de Processo Criminal do Estado; Da Liberdade de Imprensa (tese); Tentativa, cheque visado e lacunas na Lei de Falências; Subsídios para o dicionário da língua nacional (em colaboração); Monografia sobre a borracha de mangabeira e maniçoba na Paraíba; Aspectos da influência africana na formação social do Brasil; Cancioneiros do Norte; Coração: Poemas; Poemas de maio.

Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 04 de março de 1906.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BITTENCOURT, Liberato. Homens do Brasil, vol. II – Parahybanos ilustres, Ed. Gomes Pereira, Rio, 1914.

OCTAVIANO, Manuel (Pe.). Discurso de posse, in Revista da Academia Paraibana de Letras, vol. I, 1947.

PINTO, Luís. Rodrigues de Carvalho, o jornalista. Aurora, Rio, 1970.

 

ARCHIMEDES CAVALCANTI

FUNDADOR

 

ARCHIMEDES CAVALCANTI nasceu no dia 06 de março de 1927, no município de Cabaceiras, Paraíba, filho de Sotero Américo de Vasconcelos Cavalcanti e D. Maria da Conceição Souto Maior. Era casado com Camila Wanderley Cavalcanti.

Iniciou os estudos primários em Cabaceiras, passando pelo Grupo Escolar “Abel da Silva”, de Ingá, na época sob a direção do professor Aurélio de Albuquerque e concluiu em João Pessoa, no Grupo Escolar “Epitácio Pessoa”. Preparou-se para os exames de admissão no ginásio com os professores José Baptista de Mello e João da Cunha Vinagre; posteriormente matriculou-se no Colégio Pio X, transferindo-se para o Liceu Paraibano. Concluiu o ginásio, mas não prosseguiu os estudos. Durante o período de estudante, teve como professores grandes nomes do magistério paraibano, a exemplo do Cônego Francisco Lima, Mário Raposo, Mathias Freire, Aníbal Moura, Odilon Coutinho, Olivina Carneiro da Cunha, entre outras expressões, a quem ele atribui o seu pendor pelo Jornalismo, História e Geografia.

Segundo Sebastião de Azevedo Bastos, no seu discurso de recepção, o talento cultural de Archimedes Cavalcanti revelou-se na saudação feita por ele ao poeta paraibano João da Silva Guimarães Barreto, na sessão comemorativa do nascimento de Eutiquiano Barreto, intitulada Um Trovador da Filipéia.

Archimedes Cavalcanti também foi autor de um ensaio bibliográfico sobre o poeta Rodrigues de Carvalho, trabalho esse premiado pelo Departamento Cultural da Paraíba. Em 1976, a pedido de Clóvis Lima, elaborou uma plaqueta para comemorar o octogésimo aniversário da fundação do Clube Astréa, com o título de Poliantéia do Astréa.

Afora esses trabalhos, ele colaborou com outros publicados nas Revistas do IHGP e nos jornais da Capital; foi redator de O Estado e da Tribuna do Povo, chefe de serviço da Assembléia Legislativa, além de escrever crônicas para a Rádio Arapuã.

Era membro da Associação Paraibana de Imprensa, da Sociedade Cultural Brasil-Japão e, quando estudante, participava dos grêmios literários estudantis.

Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 03 de dezembro de 1969, e foi saudado pelo genealogista Sebastião de Azevedo Bastos.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Arquivo do IHGP. Revista do IHGP, nº. 18, 1971.