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Adailton Coelho Costa

Historiador e Conselheiro

 

* 30.12.1924 - † 29.06.2006

 

 

ADAILTON COELHO COSTA, nasceu a 30 de dezembro de 1924, em Duas Estradas, sendo, porém, registrado como natural de João Pessoa; era filho de Francisco Florêncio da Costa e Laura Coelho da Costa, e era casado com D. Elita de Souza Costa, tendo deixado os seguintes filhos: Francisco Florêncio da Costa Neto, advogado; Violeta de Lourdes Souza Costa, assistente social; Verônica de Souza Costa, assistente social; Valquíria Souza Costa Maia, enfermeira; Adailton Coelho Costa Filho, engenheiro; Wamberto Costa Souza, administrador de empresas; Valéria Souza Costa Cruz, dentista; e Laura de Souza Costa, enfermeira; além de vários netos.

Adailton iniciou seu curso primário no Grupo Escolar “Antônio Pessoa” (1934), freqüentando, depois, o Curso Franco-Brasileiro do professor Celestin Maurius Malzac (1935) e o Grupo “Tomaz Mindelo” (1936). Preparou-se para o exame de admissão ao Ginásio de Mamanguape na escola particular do Dr. Lopes Ribeiro, em 1937. Cursou o ginasial no Colégio Salesiano do Sagrado Coração (1938/1942) e fez o científico no Colégio Oswaldo Cruz (1943/1944), ambos no Recife.

Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Paraíba, em 1955, integrando a turma pioneira da Universidade Federal da Paraíba; tinha ainda Curso de Pedagogia, concluído no Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal da Paraíba (1965/1968). Possuía o título de Mestrado em Direito Privado, aprovado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (1978/1980).

Entre os cursos de expansão secundária, universitária e de aperfeiçoamento, citamos os seguintes:

 

·         Exame de suficiência, realizado na Faculdade de Filosofia da UFPB;

·         1° e 2° Seminários do Menor, na Secretaria do Trabalho e Serviços Sociais;

·         Treinamento sobre Psicologia do Menor, em convênio com a UFPB;

·         Curso de Orçamento-Programa, em convênio com a Faculdade de Ciências Econômicas da UFPB;

·         Curso de Técnica de Planejamento e Assessoramento, em convênio com a Faculdade de Ciências Econômicas da UFPB.

 

Adailton Coelho Costa sempre desenvolveu intensa atividade intelectual, tendo participado dos seguintes de seminários e encontros:

 

·         1º Seminário do Ensino Profissional, em João Pessoa, PB;

·         1°, 2°. 3° e 4° Seminários de Estudos Pedagógicos, em Mamanguape, PB;

·         1° Encontro de Juízes e Curadores de Menores, no Recife, PE;

·         1° e 2° Encontros de Diretores de Colégios da Rede Estadual de Ensino, na Secretaria da Educação e Cultura do Estado, em João Pessoa, PB;

·         Estudo da Problemática do Menor Abandonado e Delinqüente, no Centro de Estudos do Menor da Comunidade, em Campina Grande, PB.

 

Sempre dedicado ao magistério, cuja vocação foi precoce, Adailton Coelho Costa ensinou em várias instituições de ensino médio e universitário, como se segue:

 

·         Professor de Anatomia e Filosofia Humana, Ciências e Geografia, na Escola Normal Regional de Mamanguape, PB;

·         Professor de Geografia Geral e do Brasil e Ciências, no Ginásio Mathias Freire, em Mamanguape, PB;

·         Professor de Sociologia Educacional e Administração Escolar, na Escola de Formação de Professores de Mamanguape, PE;

·         Professor de Direito e Legislação, na Escola Técnica de Comércio “Carlos Dias Fernandes” de Mamanguape, PB;

·         Professor de Organização Social e Política Brasileira e Educação Moral e Cívica, no Instituto Moderno, de Mamanguape, PB;

·         Professor de Organização Social e Política Brasileira, no Colégio Estadual de Mamanguape, de Mamanguape, PB;

·         Professor de Prática Forense, na Faculdade de Direito dos Institutos Paraibanos de Educação (IPÊ), em João Pessoa, PB

·         Professor de Direito Comercial, no Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal da Paraíba, PB.

 

Em 1949, juntamente com o historiador José Pedro Nicodemos, fundou o Colégio Moderno de Mamanguape; mais tarde, sozinho, fundou o Colégio “Matias Freire” e criou a Escola Técnica de Comércio “Carlos Dias Fernandes”. Em Itapororoca, fundou o Ginásio “Francisco Costa”; na Baía da Traição, fundou o Ginásio “José Pedro Nicodemos”, que hoje funciona com outro nome. Destacou-se no magistério, lecionando nos colégios fundados por ele, e exercendo a direção de alguns deles.

Além de professor e advogado, exerceu intensa atividade pública.

Em Mamanguape, foi Diretor do Colégio Estadual daquele Município (1964/1973) e Diretor da Escola Profissional “Presidente João Pessoa”, de Pindobal (1968).

Em João Pessoa, exerceu os seguintes cargos relevantes:

 

·         Diretor do Departamento do Menor (1973/1976);

·         Promotor da Justiça – 6ª Promotoria (1976);

·         Secretário do Interior e Justiça (1978/1979);

·         Superintendente do Instituto de Previdência do Estado da Paraíba – IPEP (1979/1980);

·         Secretário do Trabalho e Serviços Sociais (1980/1983);

·         Secretário de Administração (1983/1984);

·         Presidente do Conselho Deliberativo da FUNSAT (1983/1985);

·         Secretário da Casa Civil do Governo do Estado (1984/1985)

·         Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, a partir de 1985, onde se aposentou em 1994, tendo exercido a Presidência daquela Corte várias vezes.

 

A participação em cargos públicos e no magistério levaram Adailton Coelho Costa a tomar parte em vários congressos e conclaves, em alguns deles como expositor.

O arquivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano registra as seguintes participações do nosso saudoso consócio:

 

·         Expositor no encontro sobre Política do Bem Estar do Menor para Programas Preventivos, realizado em João Pessoa pela FUNABEM e Secretaria do Trabalho e Serviços Sociais, 1974;

·         Expositor no I Seminário sobre o Menor, realizado pela Universidade Regional do Nordeste, FUNABEM e Secretaria do Trabalho e Serviços Sociais, em Campina Grande, 1974;

·         IV Congresso Nacional do Ministério Público – Uberlândia, MG, 1975;

·         V Congresso Nacional do Ministério Público - Recife, 1977;

·         III Encontro de Juízes e Curadores do Menor, promovido pela FUNABEM e Governo do Estado de Pernambuco – Recife, 1978;

·         Expositor do I Encontro Norte-Nordeste de Habitação na Previdência Estadual – São Luiz, MA, 1979;

·         Expositor do II Encontro de Secretários do Trabalho e Serviços Sociais do Nordeste – Maceió, AL, 1980;

·         III Encontro de Secretários do Trabalho e Serviços Sociais do Nordeste – Teresina, PI, 1981;

·         IV Encontro de Secretários do Trabalho e Serviços Sociais do Nordeste – Fortaleza, CE, 1981;

·         Reunião de Secretários do Trabalho e Serviços Sociais dos Estados do Nordeste – Brasília, DF, 1981;

·         Autor do Plano de Harmonização de Favelas das grandes cidades paraibanas, Secretaria do Trabalho e Serviços Sociais, João Pessoa;

·         Expositor do Ciclo do painel sobre Menor Abandonado, realizado pela Pró-Reitoria para Assuntos Comunitários da UFPB;

·         Participou do Encontro sobre Normas Internacionais do Trabalho, promovido pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) – Governo do Ceará;

·         Participou do Encontro Internacional de Tribunais de Contas – Natal, RN, 1986.

 

Títulos e Honrarias

 

Cidadão de Mamanguape e de Sousa; Diploma de Honra ao Mérito, concedido pela Câmara Municipal de Mamanguape; Melhor Secretário do Ano, diploma concedido pela imprensa paraibana, em 1979, quando exercia o cargo de Secretário do Interior e Justiça; Colaborador Emérito, diploma concedido pela Associação Nacional de Veteranos da FEB; Diploma de sócio efetivo da Liga de Amadores Brasileiros – LABRE, 1970.

O Instituto Histórico e Geográfico Paraibano outorgou-lhe o Diploma e Comenda de Mérito Cultural “José Maria dos Santos”.

Trabalhos de sua autoria: Mamanguape, a Fênix Paraíba (História), 1986; 20 Anos do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, 1991; Mamanguape minha terra (livro didático de Estudos Sociais para o 1º grau); Vale a pena envelhecer juntos, 1998.

Adailton Coelho Costa ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 10 de setembro de 1993, sendo saudado pelo historiador Luiz Hugo Guimarães.

 

No IHGP participou de várias Comissões de Estudos, escreveu artigos para a Revista e fez palestras, desfrutando de amizade e simpatia entre os seus pares.

 

Saudação do historiador Luiz Hugo Guimarães por ocasião da posse do sócio Adailton Coelho Costa no IHGP, a 10 de setembro de 1993.

 

Recentemente, durante meses consecutivos, nosso Instituto tem tido o privilégio de abrir seus salões para acolher novos sócios. E é sempre um dia especial quando completamos nossos quadros por destacados intelectuais que vêm preencher as cadeiras que foram ocupadas por companheiros como Eduardo Martins, Antônio Freire e Lauro Xavier, os quais oficializaram sua áurea imortalidade ao deixarem nosso convívio. Outros companheiros têm vindo preencher as novas cadeiras recentemente criadas.

Hoje, a solenidade se repete com o ingresso nesta Casa do doutor ADAILTON COELHO COSTA, bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, professor universitário e atual Vice-Presidente do Tribunal de Contas do Estado. Ele vem se juntar a outros Conselheiros daquele Tribunal, os historiadores Aécio Vilar de Aquino e Luiz Nunes Alves.

Sinto-me homenageado com a minha escolha para saudar o professor Adailton Costa e atribuo essa indicação ao fato de minhas raízes, como as dele, estarem fincadas na velha cidade de Mamanguape.

 

Desde pequeno ouvi a história de Mamanguape, contada com saudade e melancolia por meu pai, Pedro Fernandes da Silva Guimarães, que ali nasceu em 15 de agosto de 1890, filho de José Fernandes da Silva (o velho Correntão) e Carolina Maria da Conceição. Meu pai era irmão de Francisco, Carlos, Manoel, Antônio, João, José, Artur, Maria das Neves e Ambrosina, pois naqueles tempos a cota mínima de filhos era de dez para cada casal.

Quando li o livro de Adailton Coelho Costa - Mamanguape, a Fênix Paraibana – conferi e ampliei as histórias do meu velho. A maioria dos mamanguapenses e seus filhos, na primeiras décadas deste século, foi tocada de Mamanguape para a Capital, fugindo da decadência do antigo grande centro comercial e intelectual da velha Paraíba do Norte.

 

Mamanguape se viu isolada do progresso pela construção da estrada de ferro que se desviou de suas terras; esvaziou-se o comércio importador e exportador, e o porto de Salema – o terceiro do País em certa época – ficou a ver navios. Começou então o êxodo de famílias inteiras para a Capital da Província. Foi uma debandada geral. Vieram os Fernandes (Gustavo, João, nosso José Fernandes de Lima e suas irmãs); os Abath (Elesbão, pai do querido Cônego Abath); Aprígio de Carvalho; os Luna (Waldemar, Danilo e Vicente); os Navarros (o juiz João, pai do coronel Navarro e Lúcia); Oscar e Órris Barbosa; os Santos Coelho; os Pinto; os Serrano; os Teixeira de Carvalho; também os Silva Ramos (o des. Miguel Levino); os Lisboa (Orestes, des. Martinho); os Gabínio; muitos descendentes de italianos que ali chegaram: os Finizola, os Dália, os Ferrer, Gerbasi, major Ciraulo.

A Capital da Província foi se enchendo de gente ordeira e trabalhadora, competente e ilustre; vieram de lá Castro Pinto, para ser Presidente; Carlos Dias Fernandes, para ser grande jornalista.

Os meus Guimarães, que aqui chegaram por volta de 1908, se estabeleceram com uma torrefação de café, um capital de 30 contos de réis, e a firma era Guimarães & Irmão; em 1910, entraram no ramo de refinaria de açúcar com a firma Guimarães & Cia.; em 1917, a Guimarães & Irmão entrou no ramo de bebidas, quando passaram a fabricar a tradicional “zinebra” focking “Gato Preto”, a bebida predileta da matutada do interior.

Saudar-vos, companheiro Adailton Coelho Costa, é a chance que tenho de recordar as histórias que meu velho contava, piscando os olhos para mim e meus irmãos Fernando e Roberto, o cigarro “Deliciosos” entre os dedos amarelados pela nicotina. É rever a nossa Mamanguape, sua e minha, do começo do século com 26 engenhos de açúcar e rapadura; 19 alambiques (9 movidos a vapor e 10 à tração animal); é rever o comércio intenso e a exportação capitaneada por Cahan Fréres & Cia., enviando para o exterior açúcar, algodão e couro.

Saudar-vos, companheiro Adailton Coelho Costa, é relembrar os agradáveis e esperançosos anos de nossa convivência no centenário Lyceu Paraibano, de 1951 a 1955, quando tivemos a felicidade de participar da turma pioneira da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba; aquela turma gloriosa que deu tantos valores, com destaque para o ilustre consócio que hoje ingressa nesta Instituição; com destaque também para outros brilhantes alunos como os juízes Joaquim Madruga, Otacílio Cordeiro, Lindemberg Montenegro e Hamilton Neves (depois desembargadores), a juíza Helena de Souza; brilhantes como os professores Afrânio Aragão, Raimundo Gadelha, Ofélia Gondim, Luiz Carlos Florentino, Hermano de Oliveira Lima; brilhantes advogados como Yanko Cirillo, Geraldo Freire e outros.

 

Vossa caminhada, como a das pessoas de origem humilde, não foi rápida, mas gradual e crescente, com esforço e tenacidade. Nascido em 1924, fazendo o primário em Mamanguape e o secundário no Recife, teve que voltar para a cidade para continuar as atividades do seu pai, que falecera em 1945. Foi barra pesada. Até que ingressou no magistério e junto com Pedro Nicodemos, fundou o Instituto Moderno, em 1949. Dedicado ao ensino, criou o Colégio José Pedro Nicodemos, em Baia da Traição, e o Colégio Francisco Costa, em Itapororoca. Era uma vocação sublime despontando.

Depois que se bacharelou em Direito, em 1955, a ascensão foi mais rápida. Foi Procurador da Prefeitura de Mamanguape, de 1956 a 1958; em 1960, por concurso, exerceu a Promotoria Pública de Princesa Isabel, seguindo-se Itabaiana, Mamanguape, Alagoa Grande e, finalmente, em João Pessoa, na 6ª Promotoria. Nesse meio termo foi Diretor do Colégio Estadual de Mamanguape.

No Governo João Agripino foi Diretor da Escola “Presidente João Pessoa”, em Pindobal; no Governo Ernani Sátyro, foi Diretor do Departamento do Menor; com Ivan Bichara e Dorgival Terceiro Neto, foi Secretário do Interior e Justiça; foi Superintendente do IPEP e Secretário do Trabalho e Serviços Sociais; nos Governos de Tarcísio Burity e Clóvis Bezerra, foi Secretário de Administração e Chefe da Casa Civil no Governo Wilson Braga.

Desde 1985 é Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e atualmente é seu Vice-Presidente.

Agora, estais no limiar de uma nova fase de glória ao ingressar nesta casa de cultura.Vosso talento criou as condições para ser incluído neste rol, neste fechado grupo da intelectualidade paraibana. Vossas atividades e vossa presença na pesquisa e história da Paraíba vos trouxeram até à Casa de Irineu Pinto.

Por isso estamos vos recebendo com esta solenidade, sob a aprovação silenciosa das mais ilustres personalidades paraibanas que nos rodeiam com suas figuras austeras. Veja como eles vos contemplam e somente os olhos se movem para dar-vos também nossas boas-vindas. A sabedoria árabe entende que o silêncio às vezes é mais eloqüente que os discursos. E Saint Exupéry dizia: [...] “Não se escuta nada e, no entanto, o silêncio alguma coisa irradia”.

Nossa confraria, respeitando este silêncio, vos recebe com gáudio, com apreço pelo vosso trabalho intelectual de profundidade sobre a grande Mamanguape, o retrato do burgo que teve ascensão e queda, mas deixou traços marcantes na história da Província.

Os psicólogos descobriram no homem um conjunto de componentes tais como constituição, temperamento, caráter, inteligência e cultura e a esse conjunto deram o nome de personalidade. É a característica exclusiva de cada ser humano. Alguns mestres em teorias do comportamento foram mais além e encontraram atributos especiais nos grupos humanos organizados e a esse conjunto eles chamaram de sintalidade.

Nós, caros confrades, temos nossa personalidade. Este Instituto tem sua sintalidade. O burgo também tem essa sintalidade. Há na corporação provincial uma série de elementos a serem estudados. Foi o que vós fizestes com a Vila de Montemor, foi o que vós fizestes com a nossa querida Mamanguape.

Não participamos de todos os fatos ocorridos desde o início do aldeamento, mas estais a descrevê-los. Esta é a forma de fazer a História, como pensa Pierre Daninos. O importante mesmo nem é fazer a História, é escrevê-la.

 

Quem é mais importante? O que faz ou o que escreve a História? É uma indagação para debate acadêmico. Por sua vez, quem é mais importante? Aquele historiador que apenas registra ou aquele que registra e interpreta os fatos? Outra discussão.

Oscar Wilde achava que só um grande homem poderia escrever a história: “only a great man can write it”. Hoje, vós sois este grande homem, que oferece à posteridade a obra “Mamanguape – a Fênix Paraibana”.

A história do burgo se faz com suas ruas, seus monumentos, sua economia, suas lutas reivindicatórias, seus momentos de ascensão e queda, sua intelectualidade, seu povo. Ao vos deter na pesquisa, no exame e na interpretação da vida de Mamanguape e seu povo abristes o caminho para chegar até este santuário de meditação e estudo. Coube a mim, vosso velho companheiro de lutas acadêmicas, a honrosa incumbência de abrir-vos as portas desta Casa de cultura, para dizer-vos: Aqui há um lugar para vós deixado pelo valoroso companheiro Antônio Freire, o qual, como vós, fez a história do seu burgo Araçá. Aqui há um lugar patrocinado pelo grande João Lélis de Luna Freire, o intrépido jornalista que começou a fazer história na Luta de Princesa.

Achegai-vos, companheiro Adailton; entrai nesta confraria, que ansiava por vossa presença; aboletai-vos nestas poltronas macias que o Banco do Brasil nos doou e espichai as vossas pernas cansadas de longas caminhadas; vinde ao doce remanso da intelectualidade paraibana para cultuarmos, juntos, a história do bravo povo tabajara.

Sejais bem-vindo, Adailton. Sentai-vos conosco.

 


Em 8 de dezembro de 2005 o Instituto homenageou os bacharéis da 1ª Turma da Faculdade de Direito da Paraíba na passagem do Jubileu de Ouro de sua colação de grau. Adailton Costa, que pertenceu àquela turma pioneira, recebeu do presidente do IHGP um Certificado de Reconhecimento. Foi a última vez que esteve no Instituto.

 

 

O casal Adailton-Elita no plenário do Instituto.

 

 

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