Nossa Ong Cultural

Nossa Ong Cultural

Luiz Hugo Guimarães

O Instituto Histórico é o guardião da Memória Paraibana. Tem sido lá que os pesquisadores, os estudiosos, colhem seus informes para seus trabalhos. São professores universitários em busca de dados para suas teses de mestrado e doutorado; são universitários procurando complementar seus trabalhos para a Universidade; são estudantes do 1º e 2º graus colhendo subsídios para suas tarefas escolares; são curiosos ávidos de conhecimento.

Constantemente, nosso Instituto é visitado por grupos de estudantes para conhecerem nossa organização ou estagiarem, como é o caso dos universitários de biblioteconomia e arquivologia da UFPB, que se fazem acompanhar de seus mestres orientadores.

O Instituto Histórico e Geográfico Paraibano é uma instituição privada, de caráter cultural, sem fins lucrativos, fundada em 7 de setembro de 1905, com o objetivo de preservar a memória paraibana. É, portanto, a instituição cultural mais antiga da Paraíba em funcionamento.

Sua biblioteca tem o nome de "Irineu Pinto", numa homenagem ao seu dedicado historiador, fundador do IHGP, autor de Datas e Notas para a História da Paraíba, e contém cerca de 30 mil publicações à disposição do público.

Seu acervo de obras raras é constituído por 2.834 livros, 1.927 periódicos, 784 obras de referência, 1.861 anais, 151 anuários, 206 relatórios, 341 publicações diversas e 2500 exemplares a catalogar, compreendendo os anos de 1801 a 1993.

Em separado mantém organizada a Coleção Paraibana, constituída por publicações de autores paraibanos e de livros sobre a Paraíba escritos por autores nacionais ou estrangeiros. A Coleção Paraibana abriga em suas estantes 2.831 livros e 1.116 periódicos, estes representados por 134 títulos. Ao seu lado se encontram as estantes de literatura de autores paraibanos.

O setor de generalidades da biblioteca contém cerca de 10 mil livros e 6.292 periódicos, que acabam de ser higienizados para serem catalogados tematicamente.

Devidamente classificado, o Instituto mantém seu Arquivo Documental "Flávio Maroja" com 15.469 documentos avulsos e 79 volumes de documentos encadernados; a documentação iconográfica possui 44 estampas, 1.672 fotos, 23 mapas e 6 plantas. Esse Arquivo guarda, até o momento, 32.294 documentos. Há uma coleção de fotografias do jornal "O Momento", doadas recentemente ao Instituto, contendo cerca de 15.000 fotos a serem ainda classificadas.

Faz parte do Arquivo "Flávio Maroja" a Coleção de Arquivos Privados pertencentes ao historiador Ademar Vidal (2.687 documentos), ao ministro Alcides Vieira Carneiro (4 volumes encadernados), ao ex-presidente Antônio da Silva Pessoa (766 documentos), ao ex-procurador da República Antônio Pessoa Filho (173 documentos), ao ex-presidente João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (3.185 documentos e 5 volumes encadernados), ao coronel Manoel Arruda de Assis (120 documentos), ao jurista Osias Nacre Gomes (261 documentos) e ao desembargador Sebastião Sinval Fernandes (104 volumes encadernados).

Pode-se destacar nesse acervo, entre outras preciosidades, a Coleção de Documentos Coloniais, Imperiais e Republicanos, onde encontrar-se-ão registros de escrituras de doação, obrigação, hipoteca, venda, de datas e sesmarias; cartas de alforria; correspondência, ordens régias e provisões; cartas patentes; cópias de autos de seqüestro de engenhos; procurações; plano do orçamento do Açude Velho e da Vila Nova da Rainha; atas de posse de vereadores de várias comarcas; atas de inauguração dos trabalhos da construção da estrada de ferro Conde D'Eu e de Timbaúba/Campina Grande; carta de subscrição do Club Benjamin Constant, estampas de soberanos de Portugal, da família imperial luso-brasileira e de figurinos militares. São 266 documentos avulsos, 13 códices e 35 volumes encadernados.

Na Seção de Obras Raras, além dos livros citados, encontra-se a Coleção de Jornais Antigos composta por 134 títulos, que abrangem o período de 1826 até 1988, todos fora de circulação. Há também a Coleção de Revistas e Boletins Antigos, contendo um total de 656 títulos de periódicos nacionais e reunindo 19 títulos paraibanos e 65 de outros Estados da Federação, perfazendo um total de 1.927 exemplares, abrangendo o período de 1839 a 1995.

Os Livros Raros, Jornais Antigos e Revistas e Boletins Antigos encontram-se registrados em três Catálogos editados pela Editora Universitária, num trabalho efetuado por uma competente equipe do Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional, da Universidade Federal da Paraíba. Mais duas publicações recentes foram lançadas, o Guia e o Inventário do Arquivo "Flávio Maroja".

O Instituto publica um Boletim Informativo Mensal e duas Revistas por semestre, mantendo através desses instrumentos de comunicação intercâmbio com os Institutos congêneres, universidades, bibliotecas e instituições culturais do país e do estrangeiro.

Pelo Instituto, como seus associados, passaram as figuras mais ilustres da vida política e intelectual paraibana. Sete sócios fundadores e seis efetivos exerceram a Chefia do Poder Executivo e a maioria, mesmo investida do mandato de Presidente ou Governador do Estado, não deixou de prestigiar o Instituto, comparecendo às suas reuniões e/ou auxiliando financeiramente através do Estado. São eles: os Presidentes Álvaro Machado, João Lopes Machado Venâncio Neiva, José Peregrino de Araújo, Francisco Seraphico da Nóbrega, João Pereira de Castro Pinto, Francisco Camilo de Holanda e Álvaro de Carvalho e os Governadores José Américo de Almeida, Ernani Sátyro, José Fernandes de Lima, Dorgival Terceiro Neto e como Interventor, Anthenor Navarro.

Fizeram parte do IHGP historiadores do renome como Irineu Joffily, Celso Mariz, Irineu Pinto, Francisco Coutinho de Lima e Moura, Coriolano de Medeiros, João de Lyra Tavares, João Tavares de Melo Cavalcanti, Manoel Tavares Cavalcanti, Antônio Bôtto de Menezes, Ascendino Carneiro da Cunha, Elpídio de Almeida, Rodrigues de Carvalho, Adhemar Vidal, Aníbal Moura, Apolônio Nóbrega, Humberto Nóbrega, Clóvis Lima, Eduardo Martins, Florentino Barbosa, Francisco Lima, Horácio de Almeida, João Lélis, José Leal, Lauro Xavier, Leon Clerot, Mathias Freire, Olivina Carneiro da Cunha, José Baptista de Mello, Eudésia Vieira, Oscar de Castro, Pedro Anízio, Sebastião Bastos, Aécio Aquino, Laudimiro de Almeida, Maurílio de Almeida, entre os falecidos.

Os atuais ocupantes têm continuado a trilha dos seus antecessores, oferecendo à nossa historiografia trabalhos importantes sobre os episódios históricos que nos envolvem.

A História da Paraíba está aí, na pesquisa, no estudo, no trabalho dessas infatigáveis personalidades que enaltecem a cultura paraibana.

O Instituto é o guardião da nossa memória. E ele é aberto ao público, para usufruir seu acervo, enriquecendo seus conhecimentos e transformando-se num novo plantel que possa registrar e interpretar os nossos fatos históricos. A estatística registrada, anualmente, comprova que cerca de mil usuários freqüentam nossas dependências à cata de subsídios para seus trabalhos.

O IHGP é a nossa ONG cultural, há 95 anos [quando escrito este artigo] preservando valioso acervo documental e bibliográfico paraibano.

A importância da História na vida da Humanidade é hoje consagrada. Dizia o historiador Aloísio de Carvalho: "Olhar para trás de vez em quando, é o melhor meio de caminhar para frente".

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