INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO/IHGP
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CADEIRA Nº. 32

PATRONO: AMBRÓSIO FERNANDES BRANDÃO

FUNDADOR: SABINIANO MAIA

OCUPANTE: NIVALSON MIRANDA

Nivalson Fernandes de Miranda
NIVALSON MIRANDA
Atual ocupante

 

NIVALSON Fernandes de MIRANDA nasceu na capital do Estado, no dia 1º de fevereiro de 1927; filho de Antônio Bandeira de Miranda e Dª. Ana Severina Fernandes de Miranda.

Estudou no Recife na Escola “Amauri de Medeiros” e no Colégio Padre Azevedo; retornando a João Pessoa, cursou a antiga Escola Industrial, concluindo o curso profissional em 1940. Para ingressar na Universidade, matriculou-se no Liceu Paraibano, onde concluiu o curso científico, em 1959. Aprovado no vestibular do ano seguinte, freqüentou a Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal da Paraíba, onde se titulou em 1963.

É possuidor também de diploma expedido pela Faculdade de Farmácia Química de São Paulo, 1973; fez curso de Extensão na Universidade de Minas Gerais (1964), em Laboratório de Análises Químicas; fez curso sobre “Diagnóstico de Doenças Venéreas” na USP, São Paulo, 1967; fez estágio no Laboratório de Toxicologia Forense do Instituto Médico-Legal de São Paulo, 1967; tem cursos de Imunologia e Sorologia, Cromatrografia e Eletroforese, Hematologia e especializou-se em “fabricação de produtos imunoterápicos”, no Instituto Butantã, São Paulo, 1970.

Ingressou na Universidade Federal da Paraíba, por concurso, em 1964, tendo lecionado a disciplina Física Industrial Farmacêutica, do Centro de Ciências Farmacêuticas, aposentando-se como professor titular em 1993.

Dotado de sensibilidade artística, o professor Nivalson dedicou-se a trabalhos em cerâmica, azulejo vitrificado, xilogravura e desenhos a bico de pena. Suas exposições iconográficas realizadas nesta capital e em outros Estados granjearam-lhe notoriedade nacional. Na Paraíba, em Pernambuco e no Rio de Janeiro apresentou com êxito trabalhos iconográficos sobre a viagem de Hans Staden pelo Brasil, exposição que foi apresentada na Alemanha.

Em viagem pelo sertão paraibano, fotografou importantes equipamentos históricos e turísticos, transformados em gravuras a bico de pena, que após exposição na Fundação Espaço Cultural a Universidade Federal da Paraíba incluiu em um álbum com o título “Sertão Histórico Monumental”.

Especialista em Heráldica, Nivalson Miranda pertence ao Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, tendo ingressado no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 10 de maio de 1996, ocasião em que recebeu a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ do associado.

 

 

AMBRÓSIO FERNANDES BRANDÃO

PATRONO

 

Ambrósio FERNANDES BRANDÃO nasceu em Portugal, viveu no Brasil entre os anos 1583 e 1618, não se conhecendo, exatamente, a data de sua morte. Afirma-se, porém, que quando os holandeses invadiram a Paraíba ele já não mais existia. Pelos anos de 1583 morava em Pernambuco e era responsável pelo recebimento dos dízimos do açúcar daquela capitania.

Veio diversas vezes à Paraíba em companhia do ouvidor Martim Leitão, em expedições contra os franceses e indígenas, daí sua intimidade com a terra paraibana. Conhecedor profundamente do litoral brasileiro, principalmente das capitanias do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, o que contribuiu muito para a elaboração dos Diálogos das grandezas do Brasil, livro no qual ele descreve em detalhes a beleza, os recursos naturais, a riqueza, a flora e fauna do Brasil, a vida social, enfim, o Brasil em todos os seus aspectos físicos, sócio-econômicos e culturais, nos primórdios da sua colonização.

A Paraíba, onde se estabeleceu antes de 1613, ele a classificou no terceiro lugar em riqueza e prosperidade. Possuía três engenhos: o Santos Cosme e Damião, o São Gabriel ou do Meio e um outro na região do Gargaú. Quando faleceu, seus herdeiros voltaram a Portugal e os engenhos foram confiscados pela Companhia das Índias Ocidentais e vendidos ao holandês Isac de Rosière. Depois da restauração contra os holandeses, passaram a pertencer a João Fernandes Vieira.

“Todos os estudiosos da obra, como João Ribeiro e Oliveira Lima, chamaram a atenção para as virtudes do escritor, a sua cultura, a erudição, a sua inteligência lúcida, o seu estilo direto, claro, enérgico, original. Era um homem, certamente, com boa formação cultural e literária de gosto apurado, espírito vivo e observador, com pensamento amadurecido, mormente no terreno das idéias econômicas, preocupação muito própria dos homens de sua raça. A esta preocupação deve-se a tese, por ele sustentada, como assinala Jaime Cortesão, da superioridade do Brasil, em matéria econômica, sobre a Índia.

Em louvor de Ambrósio Brandão pode-se afirmar ser ele precursor do nacionalismo brasileiro, pois chegou a pregar a independência do Brasil. É que a sua mentalidade moderna, já orientada num sentido econômico renovador, enxergava no país grandes possibilidades, julgando-o mais rico que todas as Índias Orientais. Para prová-lo, descreveu a terra na sua fisionomia física, econômica e social, com uma segurança, diga-se, científica, e, sobretudo, com um amor pelas coisas brasileiras, que só os homens que se instalaram para viver no país sentiam em relação à nova realidade histórica”. (Afrânio Coutinho, in Diálogos das grandezas do Brasil (Edições de Ouro, 1968).

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das grandezas do Brasil. Edições de Ouro, Rio de Janeiro, 1968.

 


SABINIANO MAIA

FUNDADOR

 

SABIANO Alves do Rêgo MAIA nasceu no dia 7 de junho de 1903, na fazenda “Olho d’Água”, município de Itatuba, Pernambuco; filho de Maria José de Araújo Pedrosa e José Alves de Araújo do Rêgo. Em 1922, casou-se com Dª. Maria das Mercês Meireles Maia, nascendo dessa união cinco filhos: Letícia Maria, Maria Nícia, Maria Lúcia, Maria Gláucia e Maria Alécia. Faleceu em João Pessoa em 12 de abril de 1994.

Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade do Recife, em 1928. Iniciou sua carreira jurídica como Promotor ad hoc em Itabaiana, em 1924, depois, sucessivamente, ocupou os cargos de Delegado de Polícia de Itabaiana, Promotor Público de Urussanga (Santa Catarina), Procurador do Tribunal Regional do Trabalho, Juiz do Tribunal Regional Eleitoral e Assessor do DER. Na política, exerceu os mandatos de Prefeito de Mamanguape, Guarabira e Campina Grande; foi interventor de Sapé, 1981.

Foi Secretário do Interior e Justiça; Secretário de Educação e da Saúde; presidiu o Diretório Regional da Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Apesar de ter exercido os principais cargos no Estado, foi como escritor e historiador que Sabiniano Maia firmou o seu nome na Paraíba, através dos livros de crônicas, comentários, relatórios, enfim, uma diversificada bibliografia elogiada pela elite intelectual formada por nomes do conceito de Joaquim Inojosa, Epitácio Soares, Mons. Pedro Anísio, Carlos Romero, Luís Fernandes da Silva, Flávio Sátiro, entre outros de igual valor.

Era sócio da Associação Paraibana de Imprensa, membro da Academia de Poesia, sócio fundador do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica.

Títulos recebidos: Cidadão Guarabirense, Cidadão Benemérito de Itatuba, Cidadão Itabaianense, Cidadão Campinense.

Livros publicados: Itabaiana, sua história, suas memórias: 1500-1975, 1977; Caminhos da Paraíba, 1978; Do alto da serra (Discurso), 1979; No Vale do Mamanguape, 1981; Flavio Ribeiro Coutinho: História de uma vida e de uma época (1882/1963; Francisco Edward Aguiar (Biografia), 1982; Superstições: 1932-1935-1936, 1983; Em Santa Catarina: 1931, 1984;Tribunal Regional da Justiça Eleitoral do Estado da Paraíba: Pareceres 1934-1935-1936-1937, 1984; Crônicas e Comentários: 1917-1977, 1988; Sapé – sua história, suas memórias (1883-1985).

Sabiniano Maia ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 18 de março de 1972.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

MAIA, Sabiniano. Sapé – sua história, suas memórias (1883-1985), João Pessoa, 1985.

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