Fundado em 7 de setembro de 1905 Declarado de Utilidade Pública pela Lei no 317, de 1909 CGC 09.249.830/0001-21 - Fone: 0xx83 3222-0513 CEP 58.013-080 - Rua Barão do Abiaí, 64 - João Pessoa-Paraíba |
---|
CADEIRA Nº. 29
PATRONO:
CARLOS COÊLHO
FUNDADORA:
CARMEM COÊLHO
OCUPANTE:
ADYLLA RABELO
CARLOS COÊLHO
PATRONO
CARLOS
de Gouvêa COÊLHO (Dom) nasceu na capital do Estado da Paraíba, no dia 28 de
dezembro de 1907, filho do casal José Vieira Coêlho e Dª. Maria Emerentina de
Gouvêa Coêlho.
Ordenou-se
padre em 09 de fevereiro de 1930, nesta capital, seguindo depois para a cidade
de Cajazeiras, no sertão do Estado, como secretário da diocese e diretor do
Colégio Diocesano, retornando a João Pessoa em 1932.
D.
Carlos Coêlho foi um líder religioso, educador da mocidade, jornalista e
professor. Culto e inteligente. Antes de ser eleito bispo, lecionou em vários
colégios da capital. Foi capelão do Colégio Pio X e do Colégio Nossa Senhora de
Lourdes; assistente eclesiástico da União dos Moços Católicos e das Noelistas;
secretário da Liga Eleitoral Católica; diretor do jornal A Imprensa, de 1933 a 1942; diretor do Departamento de Educação do
Estado, em 1947. Em 1948, foi designado Bispo de Nazaré da Mata, Estado de
Pernambuco, ficando aí até 1955, quando foi transferido para a Diocese de
Niterói, RJ. Em 1960, foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife, cargo em que
permaneceu até o dia 7 de março de 1964, quando faleceu.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LEAL, José. Dicionário Biobibliográfico Paraibano, FUNCEP, João Pessoa, 1990.
MAIA, Sabiniano. Crônicas e Comentários – 1917-1977, João
Pessoa, 1980.
CARMEM COÊLHO
FUNDADORA
CARMEM
COÊLHO de Miranda Freire nasceu em João
Pessoa, em 12 de janeiro de 1912, e
faleceu a 2 de abril de 2003. Era filha do Dr. José Vieira Coêlho e Dª. Maria
Emerentina Gouvêa Coêlho. Era casada com o comerciante Lourival de Miranda
Freire, também falecido.
Fez o
curso primário e o secundário no Colégio Nossa Senhora das Neves, em João
Pessoa, diplomando-se professora em novembro de 1931. Iniciou suas atividades
no magistério como professora do Jardim de Infância, criado por ela. Em 1933,
foi designada para lecionar no Grupo Escolar “Isabel Maria das Neves”,
dedicando-se a esse educandário durante sete anos, deixando-o para assumir a
Cadeira de História Geral no Liceu Paraibano, para onde foi nomeada em 1940.
Nesse mesmo ano passou a integrar o quadro de professores do Colégio Nossa
Senhora de Lourdes e, em 1954, passou a ser professora catedrática de História
do Brasil, no Liceu. Ali, também foi fundadora do Curso Noturno, no qual
ensinou durante 10 anos como voluntária. Antes, em 1952, a convite do Inspetor
Seccional do Ministério da Educação e Cultura da Paraíba, compôs a banca
examinadora que selecionava professores candidatos à Faculdade de Filosofia de João
Pessoa. Em 1962, após 28 anos consagrados ao magistério, Carmem Coêlho
aposentou-se.
De
formação cristã, irmã do bispo D. Carlos Coêlho, tendo como tio-avô o Padre
Meira, a professora Carmem dedicou-se também a atividades sócio-religiosas.
Fundou o Núcleo Noelista da Paraíba, uma organização cultural e religiosa
internacional, sendo a sua primeira presidente; fundou a Instituição das
Domésticas de Santa Rita e a Casa de Santa Rita, de aprendizagem profissional
de formação cristã, visando a promoção social da empregada doméstica.
Era
sócia fundadora do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, tendo
realizado várias viagens à Europa com o objetivo de aprimorar seus
conhecimentos de História e Genealogia.
Em 1934,
participou do Congresso Eucarístico Internacional, na Argentina.
Recebeu
o título de Cidadã Pessoense Benemérita, em 4 de maio de 1984 e a Comenda do
Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, outorgada pelo IHGP.
Publicou
os livros: Notas Genealógicas das
Famílias Gouvêa, Meira Henriques, Albuquerque Maranhão e Vieira Coêlho,
1971; A Mansão da Praça Bela Vista,
1972; História da Paraíba para uso
didático (dois volume reunidos num só), 1979; Cifrado 110 (peça teatral), Notas históricas sobre a cidade de Santa Rita,
1977; Diná, 1975; As Ruas onde morei – 1918-1950, 1998.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 17 de agosto de 1976,
apresentando o trabalho sobre a vida e a obra de Leonardo Antunes de Meira
Henriques. Foi recepcionada pelo historiador Lauro Pires Xavier.
ADYLLA ROCHA RABELLO
Atual
ocupante
ADYLLA
ROCHA RABELLO nasceu na cidade de João Pessoa, no dia 5 de dezembro de 1934,
filha de Francisco Soares Rocha e Anna de Abreu Rocha. Casada com Humberto Lins
Rabello, já falecido, são seus filhos Célida, Humberto Flávio, Roberto Cláudio,
Gerardo e Celeida.
Seus
estudos foram realizados no Grupo Escolar “Tomaz Mindelo”, concluindo os cursos
de 1º e 2º graus no Colégio Nossa Senhora das Neves. Graduou-se em Letras – Licenciatura
Plena pela Universidade Federal da Paraíba, por onde se habilitou em Português
e Francês, em 1982. Fez Especialização em Língua e Literatura Francesas,
concluindo em 1983, quando apresentou uma monografia intitulada À propôs d’um recueil de Paul Eluard. Em
1989, concluiu seu Mestrado em Letras – Literatura Brasileira, aprovada com
distinção e louvor.
Concluiu
também os seguintes cursos: Língua Francesa, na Associação de Cultura
Franco-Brasileira, 1970; Língua Francesa (1 er. degré), pela Universidade de
Nancy II – França, realizado através da Aliança Francesa de João Pessoa, 1972;
CEPAL, correspondendo a 640 horas, 1974; Língua Francesa( 2 ème degré), através
da Aliança Francesa de João Pessoa, 1974. Cursou até o 5º estágio de Língua
Inglesa, na Cultura Inglesa de João Pessoa.
Entre
suas atividades profissionais exerceu as funções de: Professora de Língua
Francesa no Sistema Educacional IMPACTO Ltda., em João Pessoa, de maio a
dezembro de 1980; Professora de Português da Secretaria de Educação e Cultura
do Estado, lecionando na Escola Estadual de 1º grau Profª. Luzia Simões
Bartolini, 1981; Guia e intérprete da Língua Francesa no Museu da Fundação Casa
de José Américo, em João Pessoa, 1982/85, depois Diretora do Museu, no período
1985/86; Diretora de Programação Cultural da FCJA, 1986/2001; Professora do
Curso de Literatura Paraibana do Projeto Salas de Leitura e Interpretação de
Textos da Fundação Casa de José Américo, 1987/88; Pesquisadora colocada à
disposição do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade
Federal da Paraíba; Professora de Língua Francesa no Instituto Padre Malagrida
- Juniorado Interprovincial dos Jesuítas do Brasil, João Pessoa, 1989/92; Professora
de Língua Francesa no Departamento de Línguas Estrangeiras Modernas-DLEM, na
Universidade Federal da Paraíba, a partir de 1992; Chefe de Gabinete do
Presidente do Tribunal de Contas do Estado – Conselheiro Flávio Sátiro
Fernandes, 2001/2002;
Atualmente
exerce a Chefia de Gabinete do Conselheiro Flávio Sátiro Fernandes, desde 2003.
Pertence ao Conselho Estadual de Cultura e é sócia efetiva da Academia
Paraibana de Letras.
Além de
participar em vários congressos e simpósios como expositora, pronunciou
inúmeras conferências e publicou vários artigos no Correio das Artes, suplemento literário do jornal A União, nos jornais da Capital e em
revistas especializadas. Seus principais livros publicados são: Dados Bibliográficos de Ivan Bichara,
João Pessoa, Fundação Casa de José Américo, 1995; Discurso de posse na Academia Paraibana de Letras, João Pessoa,
APL, 1996; Abelardo Jurema – De Prefeito
de Itabaiana a Ministro da Justiça, João Pessoa, A União Editora, 2000; O Verbo
amar em três tempos, João Pessoa, A
União Editora, 2001.
Adylla
Rabello ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 5 de
dezembro de 2003, sendo saudada pelo historiador Flávio Sátiro Fernandes.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Curriculum vitæ da associada.
CADEIRA Nº. 30
PATRONO: FRANCISCO LIMA
FUNDADORA: WALDICE PORTO
FRANCISCO LIMA
PATRONO
FRANCISCO
LIMA (Cônego) nasceu no dia 20 de agosto de 1903, em Caiçara, Paraíba, e
faleceu em João Pessoa no dia 8 de junho de 1972. Era filho do agricultor
Gabriel Gomes de Lima e Maria Francisca de Jesus, tendo sido criado por sua avó
materna, Dª. Felipa, quando seu pai se mudou com a família para Pernambuco.
Fez o
curso primário na cidade natal, vindo depois para a capital para estudar no
Seminário da Paraíba. Fez o curso ginasial no Colégio Diocesano Pio X,
recebendo, no final, Menção Honrosa e foi laureado por duas vezes com o Grande
Prêmio, por seu ótimo desempenho no Colégio, como estudante. No Seminário não
foi diferente. Realizou com brilhantismo os cursos de Filosofia e Teologia.
Prosseguindo os estudos, bacharelou-se em Letras Clássicas pela Faculdade de
Filosofia da Universidade Católica do Recife; recebeu as Ordens Sacramentais em
12 de março de 1932, do Arcebispo da Paraíba, D. Adauto de Miranda Henriques.
Padre
Lima foi Coadjutor da Paróquia de Campina Grande, Vigário de Alagoa Grande e da
Paróquia de Areia; Diretor da Biblioteca Pública do Estado; Diretor do Colégio
Pio XI, de Campina Grande e do Colégio Pio X, de João Pessoa. Exerceu também o
magistério, lecionando Geografia, Corografia do Brasil, Português, Latim, História
da Civilização e Didática Especial em colégios da capital, Campina Grande e
Areia; ensinou Língua e Literatura Brasileira na Faculdade de Filosofia da
Paraíba e no Instituto Nossa Senhora de Lourdes; Biologia, Apologética,
Literatura Geral e História, no Seminário da Paraíba e Português no Liceu
Paraibano.
Professor
universitário e sacerdote foram a maior glória que alcançou como homem,
afirmação feita pelo próprio Francisco Lima, em seu discurso de posse na
Academia Paraibana de Letras, no dia 30 de agosto de 1959, quando fundou a
cadeira nº. 31.
Era colaborador
assíduo dos jornais e revistas da capital, das revistas da Academia Paraibana
de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, aonde chegou à
Presidência (1962-1968).
Trabalhos
publicados: D. Adauto – subsídios
biográficos (3 vols.); Oração Fúnebre;
Epitácio: Síntese biográfica; O Seminário Arquidiocesano da Paraíba e suas
bodas de diamante; Crise da democracia
brasileira; Instituições políticas do
Brasil; Os cento e um anos do Liceu;
História do Colégio Nossa das Neves; Vieira; A Igreja e as origens do homem; Todo
poder vem de Deus; A Inquisição e a
arte de furtar; A igreja – essa
desconhecida; O apostolado do vigário;
A ressurreição e a volta de Cristo; Crítica e crítico; O barroquismo no Brasil sob a égide da Filosofia; Os aspectos genealógicos da língua
portuguesa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Revista da APL, nº. 7, 1960.
Revista do IHGP, nº. 20, 1974.
PORTO, Waldice. Cônego Francisco Lima – Historiador e Humanista,
João Pessoa, Coleção Historiadores Paraibanos, vol. 11, IHGP, 2000.
FUNDADORA
WALDICE
Mendonça da Silva PORTO nasceu em João Pessoa no dia 27 de outubro de 1937,
filha de Francisco José da Silva Porto e Dª. Julieta Mendonça Porto.
Estudou
o primário e secundário em João Pessoa, formando-se em Contabilidade pela
Escola de Comércio “Epitácio Pessoa” e bacharelou-se em Direito, pela Universidade
Federal da Paraíba em 1971 – Turma “Paulo Morais Bezerril”. Possui, ainda,
cursos de Extensão Universitária realizados na UFPB; I Encontro de Direito
Romano, Medicina Legal, Novos aspectos do Direito Penal; participou do Simpósio
sobre Direito Penitenciário.
Outros
cursos: II Seminário de Cultura Brasileira; I Curso de Cultura Afro-Brasileira;
aperfeiçoamento sobre História Colonial da Paraíba, em nível de Pós-Graduação;
Curso de História da Paraíba; Atualização Didática da História e Geografia da
Paraíba. Em todos os cursos teve atuação como expositora.
Waldice
Porto entrou para o serviço público estadual em 1962 (interinamente); em 1963
foi nomeada com lotação na Secretaria da Agricultura, Irrigação e
Abastecimento; aposentou-se em 1956, como advogada, no Instituto de Terras e
Planejamento Agrícola do Estado da Paraíba/INTERPA-PB. Ocupou vários cargos de
Chefia; como advogada, participou em inquéritos administrativos na Secretaria
da Agricultura, Irrigação e Abastecimento, como membro e presidente de
Comissões.
Exerceu
importantes funções em outros órgãos públicos, entre os quais destacamos; na
Secretaria Geral do Conselho Estadual de Cultura, 1973/1978; na Associação dos
Servidores Públicos do Estado da Paraíba – ASPEP, acumulando as funções de
Secretária Executiva, Redatora-Secretária do jornal ASPEP e Secretária particular do Presidente Antônio Tancredo de
Carvalho.
Pela
Secretaria da Educação e Cultura do Estado, esteve à disposição do IHGP, de
1963 a 1973.
Pertence
aos quadros sociais da Associação Paraibana de Imprensa – API, na categoria
militante, dês 1969; do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, desde
1971; da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (V Curso –
1976), da qual foi Secretária de Assuntos Culturais. Participou do IV Congresso
Brasileiro de Crítica Literária, em Campina Grande - PB; dos Festivais de Verão
de Areia (I e II, em Literatura); dos Encontros dos Institutos Históricos do
Nordeste, em João Pessoa, Maceió e Natal.
Na
FUNDAP/PB, participou de Seminários, principalmente como expositora (com um
trabalho intitulado Ocupação do
Território Paraibano”, depois transformado em livro, ainda inédito. Na
ADESG, publicou o Manual da ADESG, em 1977, com a colaboração de Cândido
Castelliano de Lucena.
Sua
produção cultural se encontra nos jornais da terra A União, O Norte, Correio da Paraíba, A Imprensa, O Delta
(jornal maçônico) e jornal Aspep e
nas revistas Tambaú e do IHGP.
Publicou
os trabalhos: Paraíba em Preto e Branco,
1976; Cônego Francisco Lima – Historiador
e Humanista, vol. 11 da Coleção de Historiadores Paraibanos, 1999; Sonetos em Sonata – no jubileu de prata
como associada efetiva do IHGP, 2001; Íntimas
do Íntimo (poesias), 2004.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 27 de outubro de 1976, com
a apresentação do ensaio antropo-sociológico Paraíba em Preço e Branco. Foi recepcionada pela confreira Rosilda
Cartaxo, sendo agraciada com a Comendo do Mérito Cultural “José Maria dos
Santos”.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Curriculum vitæ e arquivo particular da associada.
CADEIRA Nº. 31
PATRONO:
MELO LEITÃO
FUNDADOR:
LAUDIMIRO LEITE DE ALMEIDA
OCUPANTE:
LÚCIA DE FÁTIMA GUERRA
MELLO LEITÃO
PATRONO
Cândido
Firmino MELLO LEITÃO nasceu no dia 7 de julho de 1886 na cidade de Campina
Grande, Paraíba, e faleceu no dia 15 de dezembro de 1948; filho do Coronel
Cândido Firmino de Mello Leitão e Dª. Jacunda de Mello Leitão.
Iniciou
seus estudos em Campina Grande, no Grêmio de Instrução Campinagrandense, tendo
sido um dos oradores deste Grêmio, em sua inauguração. Formou-se em Medicina
pela Faculdade do Rio de Janeiro, tendo defendido tese de doutorado
apresentando o trabalho intitulado Da
Polistease Visceral. Formado, continuou no Rio de Janeiro, colaborando,
como interno, na Clínica Propedêutica da Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro, integrando a equipe do Dr. Miguel Couto. Em 1909, assumiu a função de
Inspetor Sanitário da Diretoria Geral
da Saúde Pública e passou a
dedicar-se à Pediatria, iniciando a publicação de vários trabalhos sobre as
doenças infantis. Interessado pela Zoologia, dedicou-se integralmente a esta
Ciência e, através de concurso público, ingressou na Escola Superior de Agricultura
e Medicina Veterinária como professor. Lecionou também na Escola Normal de
Niterói e na Escola Normal do Rio de Janeiro
Era
membro da Academia Brasileira de Ciências, da Sociedade Entomológica do Brasil
e da Sociedade Entomológica da França. Participou, como representante do
Brasil, nos Congressos de Ornitologia de Copenhague, em 1926; Congresso Internacional de Zoologia, em
Lisboa, 1935; Congresso de Ciências Naturais, na Argentina, 1937. Classificou
os Aracnídeos dos Museus: Basiléia, Suíça; Barcelona, Espanha; Buenos Aires e
La Plata, Argentina, 1937. Classificou também os Proscopidas dos Museus de
Santiago, La Plata e de Buenos Aires. Em revistas americanas e Brotaria, de
Portugal, publicou os estudos: A
mortalidade infantil no Rio de Janeiro, 1912; Pressão arterial na infância. Escreveu, em colaboração com A. J.
Sampaio, professor de Botânica do Museu Nacional, hortos didáticos e sua organização. Em 1924 editou um Compêndio de
Botânica.
Mello
Leitão foi professor, polígrafo, geógrafo, biogeógrafo, zoogeógrafo,
ecologista, zoólogo, sistemata, botânico, sociólogo, conferencista, cultor das
Belas Artes, poeta.
Deixou
inúmeros trabalhos publicados, sendo os mais conhecidos, além dos já citados: A vida maravilhosa dos animais; A vida na selva; Noções de Biologia geral; O
Brasil visto pelos ingleses; Zôo-Geografia
do Brasil; Dicionário de Biologia;
Esboço crítico das classificações
biológicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Revista da Academia Paraibana de
Letras, vol. 5, 1949.
XAVIER, Lauro Pires. Discurso de posse, João Pessoa, 1972.
LAUDIMIRO LEITE DE ALMEIDA
FUNDADOR
LAUDIMIRO
LEITE DE ALMEIDA nasceu em São José dos Cordeiros, Paraíba, no dia 20 de julho
de 1911 e faleceu em João Pessoa no dia 16 de março de 2000. Era filho de
Filomeno Leite de Almeida e Severina Leite de Almeida. Era casado com Dª. Hilda
Leite de Almeida, de cujo consórcio deixou os filhos Zélia, Lúcia, Paula, Luiz
Carlos, Eduardo e Leonardo.
Laudimiro
Almeida iniciou seus estudos primários em sua cidade natal e o secundário no
Recife; em 1937, titulou-se como Engenheiro-agrônomo pela Escola Superior de
Agricultura “São Bento”, na cidade de Tapera, Pernambuco. Naquela cidade, na
fase estudantil, teve destacada atuação no Diretório Acadêmico, sendo orador de
várias organizações locais.
Na sua área,
Laudimiro sempre teve atividade intensa, ingressando no magistério como
professor da Escola de Agronomia de Areia, da qual foi Diretor e exerceu vários
cargos ligados ao setor. Também na Faculdade de Ciências Econômicas da UFPB,
onde apresentou tese de concurso sobre “Metodologia da Economia e a Economia Regional”,
em 1972.
Versado
não só em agricultura, mas também em economia, seu currículo ostenta vários
cursos de especialização e aperfeiçoamento, destacando-se: Curso de Treinamento
em Recursos Econômico-Sociais, na Universidade Rural do km 47, Rio de Janeiro;
Curso Internacional de Ciências Agrícolas, La Riconada, Universidade do Chile,
Santiago; Curso da CEPAL, como bolsista do BNB, Rio de Janeiro; Curso sobre
Economia Regional, Minas Gerais, 1970.
Participou
em Ohio State University, de Colombos, Ohio, do Agricultural Economics
International Seminar e do Seminário do IBRA/NE, onde apresentou o trabalho
intitulado Os Setores Econômicos e a
Reforma Agrária.
Entre
suas obras publicadas, destacam-se: A
Situação da Agropecuária Regional e o Desenvolvimento Econômico, UREMA,
Belo Horizonte, 1963, e A Agropecuária e
a Transformação da Economia Regional, Gráfica Universitária, João Pessoa,
1986.
Foi
premiado (3º lugar) em concurso público realizado entre professores das
Universidades do Nordeste, em 1986.
A
Revista do IHGP contém vários artigos de cunho histórico e, sobretudo, sobre
aspectos da economia nordestina, tema em que era versado e dele se ocupava com
grande entusiasmo, defendendo a região
sofrida.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 2 de fevereiro de 1977,
tendo recebido a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, que o
Instituto lhe outorgou.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Curriculum vitæ do associado.
Atual
ocupante
LÚCIA DE
FÁTIMA GUERRA Ferreira nasceu em João Pessoa a 2 de dezembro de 1955, filha de
Afrânio Montenegro Guerra e Dª. Dalva Albuquerque Guerra, descendente dos
Montenegro, Guerra e Albuquerque, de Alagoa Grande. É casada com o professor de
Comunicação da UFPB Dr. Carmélio Reynaldo Ferreira, de cuja união tem os filhos
Rafael e Lorena.
Sua
vocação para o magistério se manifestou logo cedo, lecionando em vários
colégios da capital. Como professora, dedicou-se ao ramo de História quando
lecionou nas Escolas do 1º e 2º graus, de 1976 a 1985, tendo em seguida
ingressado na Universidade Federal da Paraíba, onde lecionou as disciplinas
Sociologia Geral, no Departamento de Ciências Sociais (CCHLA); Sociologia e
Antropologia (Curso de História do Centro de Humanidades - UFPB/Campus II),
Campina Grande; e História (CCHLA/UFPB, Campus I), desde 1987.
Sua
formação acadêmica é bastante lisonjeira, pois se graduou em Licenciatura Plena
em História, pela UFPB (1975/77); é Mestra em História do Brasil, pela UFPE
(1978/82); tem Especialização em Cultura Afro-Brasileira, pela UFPB (1988); e é
Doutora pela USP (1990/94), defendendo a Tese Igreja e Romanização. A Implantação da Diocese da Paraíba (1894/1910).
É
pesquisadora do Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional (NDIHR),
da UFPB, função que exerce desde 1982. Suas atividades são múltiplas, pois além
de Professora Adjunta, com dedicação exclusiva, no Departamento de História da
UFPB, exerceu as seguintes funções: Coordenadora Regional dos Cursos e
Programas de Extensão, desde 1996; Coordenadora do Projeto de Organização do
Arquivo da CCLHA, desde 1997; Coordenadora do Curso de Extensão – Gestão e
Gerenciamento de Arquivos do NDIHR/PRAC, desde 1997; Presidente da Comissão de
Avaliação dos Documentos do Arquivo Geral da Reitoria da UFPB, desde 1998.
Pró-Reitora Adjunta da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, desde
1999; Coordenadora do Projeto Apoio à organização dos municípios das crianças
do Estado da Paraíba (Cariri e Compartimento da Borborema), desde 1998;
Coordenadora do Projeto Ação Interdisciplinar de Sobrado, Paraíba), desde
janeiro de 2000; Membro do Conselho Editorial da Revista Sæculum, do Departamento de História da UFPB e Membro do Conselho
Editorial da Revista Debates Regionais,
do NDIHR/UFPB. Atualmente é Pró-Reitora PRAC.
Desenvolveu
cerca de sete projetos de interesse da comunidade cultural, inclusive foi a
Coordenadora do Projeto “Tradição Cultural da Paraíba: Organização e
Preservação Documental do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano”, de
fevereiro de 1994 a dezembro de 1997,
que resultou no início da organização da Biblioteca do IHGP e Arquivo
Documental “Flávio Maroja”, promovendo junto à UFPB a edição de cinco
catálogos.
Teve a
participação em inúmeros Congressos Científicos, proferindo palestras, fazendo
comunicações e participando de debates (mais de 40). São numerosos seus
trabalhos publicados em periódicos científicos e especializados e em jornais.
Entre os
trabalhos publicados pela professora Lúcia Guerra, destacamos: A Coluna Prestes e a Paraíba; Raízes da Indústria da Seca: O Caso da
Paraíba; Guia do Arquivo Eclesiástico
da Paraíba; Inventário do Arquivo
Eclesiástico da Paraíba; Catálogo dos
Processos de Ordenação; Inventário do
Arquivo “Flávio Maroja” do IHGP .
A
professora Lúcia Guerra ingressou como associada efetiva do Instituto Histórico
e Geográfico Paraibano no dia 23 de março de 2001, sendo saudada pelo
historiador Hélio Zenaide.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Curriculum vitæ da associada.
CADEIRA Nº. 32
PATRONO: AMBRÓSIO FERNANDES
BRANDÃO
FUNDADOR: SABINIANO MAIA
OCUPANTE: NIVALSON MIRANDA
AMBRÓSIO FERNANDES BRANDÃO
PATRONO
Ambrósio
FERNANDES BRANDÃO nasceu em Portugal, viveu no Brasil entre os anos 1583 e
1618, não se conhecendo, exatamente, a data de sua morte. Afirma-se, porém, que
quando os holandeses invadiram a Paraíba ele já não mais existia. Pelos anos de
1583 morava em Pernambuco e era responsável pelo recebimento dos dízimos do
açúcar daquela capitania.
Veio
diversas vezes à Paraíba em companhia do ouvidor Martim Leitão, em expedições
contra os franceses e indígenas, daí sua intimidade com a terra paraibana.
Conhecedor profundamente do litoral brasileiro, principalmente das capitanias
do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, o que contribuiu muito para a
elaboração dos Diálogos das grandezas do
Brasil, livro no qual ele descreve em detalhes a beleza, os recursos
naturais, a riqueza, a flora e fauna do Brasil, a vida social, enfim, o Brasil
em todos os seus aspectos físicos, sócio-econômicos e culturais, nos primórdios
da sua colonização.
A
Paraíba, onde se estabeleceu antes de 1613, ele a classificou no terceiro lugar
em riqueza e prosperidade. Possuía três engenhos: o Santos Cosme e Damião, o
São Gabriel ou do Meio e um outro na região do Gargaú. Quando faleceu, seus
herdeiros voltaram a Portugal e os engenhos foram confiscados pela Companhia
das Índias Ocidentais e vendidos ao holandês Isac de Rosière. Depois da restauração
contra os holandeses, passaram a pertencer a João Fernandes Vieira.
“Todos
os estudiosos da obra, como João Ribeiro e Oliveira Lima, chamaram a atenção
para as virtudes do escritor, a sua cultura, a erudição, a sua inteligência
lúcida, o seu estilo direto, claro, enérgico, original. Era um homem,
certamente, com boa formação cultural e literária de gosto apurado, espírito
vivo e observador, com pensamento amadurecido, mormente no terreno das idéias
econômicas, preocupação muito própria dos homens de sua raça. A esta
preocupação deve-se a tese, por ele sustentada, como assinala Jaime Cortesão, da superioridade do Brasil, em
matéria econômica, sobre a Índia.
Em
louvor de Ambrósio Brandão pode-se afirmar ser ele precursor do nacionalismo
brasileiro, pois chegou a pregar a independência do Brasil. É que a sua
mentalidade moderna, já orientada num sentido econômico renovador, enxergava no
país grandes possibilidades, julgando-o mais rico que todas as Índias
Orientais. Para prová-lo, descreveu a terra na sua fisionomia física, econômica
e social, com uma segurança, diga-se, científica, e, sobretudo, com um amor
pelas coisas brasileiras, que só os homens que se instalaram para viver no país
sentiam em relação à nova realidade histórica”. (Afrânio Coutinho, in Diálogos das grandezas do Brasil
(Edições de Ouro, 1968).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das grandezas do Brasil.
Edições de Ouro, Rio de Janeiro, 1968.
SABINIANO MAIA
FUNDADOR
SABIANO
Alves do Rêgo MAIA nasceu no dia 7 de junho de 1903, na fazenda “Olho d’Água”,
município de Itatuba, Pernambuco; filho de Maria José de Araújo Pedrosa e José
Alves de Araújo do Rêgo. Em 1922, casou-se com Dª. Maria das Mercês Meireles
Maia, nascendo dessa união cinco filhos: Letícia Maria, Maria Nícia, Maria
Lúcia, Maria Gláucia e Maria Alécia. Faleceu em João Pessoa em 12 de abril de
1994.
Bacharelou-se
em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade do Recife, em 1928. Iniciou sua
carreira jurídica como Promotor ad hoc
em Itabaiana, em 1924, depois, sucessivamente, ocupou os cargos de Delegado de
Polícia de Itabaiana, Promotor Público de Urussanga (Santa Catarina),
Procurador do Tribunal Regional do Trabalho, Juiz do Tribunal Regional
Eleitoral e Assessor do DER. Na política, exerceu os mandatos de Prefeito de
Mamanguape, Guarabira e Campina Grande; foi interventor de Sapé, 1981.
Foi
Secretário do Interior e Justiça; Secretário de Educação e da Saúde; presidiu o
Diretório Regional da Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Apesar de ter
exercido os principais cargos no Estado, foi como escritor e historiador que
Sabiniano Maia firmou o seu nome na Paraíba, através dos livros de crônicas,
comentários, relatórios, enfim, uma diversificada bibliografia elogiada pela
elite intelectual formada por nomes do conceito de Joaquim Inojosa, Epitácio Soares,
Mons. Pedro Anísio, Carlos Romero, Luís Fernandes da Silva, Flávio Sátiro,
entre outros de igual valor.
Era
sócio da Associação Paraibana de Imprensa, membro da Academia de Poesia, sócio
fundador do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica.
Títulos
recebidos: Cidadão Guarabirense, Cidadão Benemérito de Itatuba, Cidadão
Itabaianense, Cidadão Campinense.
Livros
publicados: Itabaiana, sua história, suas
memórias: 1500-1975, 1977; Caminhos da Paraíba, 1978; Do alto da serra (Discurso), 1979; No Vale do Mamanguape, 1981; Flavio Ribeiro Coutinho: História de uma
vida e de uma época (1882/1963; Francisco
Edward Aguiar (Biografia), 1982;
Superstições: 1932-1935-1936, 1983; Em
Santa Catarina: 1931, 1984;Tribunal
Regional da Justiça Eleitoral do Estado da Paraíba: Pareceres
1934-1935-1936-1937, 1984; Crônicas e
Comentários: 1917-1977, 1988; Sapé –
sua história, suas memórias (1883-1985).
Sabiniano
Maia ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 18 de março
de 1972.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
MAIA,
Sabiniano. Sapé – sua história, suas
memórias (1883-1985), João Pessoa, 1985.
Atual
ocupante
NIVALSON
Fernandes de MIRANDA nasceu na capital do Estado, no dia 1º de fevereiro de
1927; filho de Antônio Bandeira de Miranda e Dª. Ana Severina Fernandes de
Miranda.
Estudou
no Recife na Escola “Amauri de Medeiros” e no Colégio Padre Azevedo; retornando
a João Pessoa, cursou a antiga Escola Industrial, concluindo o curso
profissional em 1940. Para ingressar na Universidade, matriculou-se no Liceu
Paraibano, onde concluiu o curso científico, em 1959. Aprovado no vestibular do
ano seguinte, freqüentou a Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade
Federal da Paraíba, onde se titulou em 1963.
É
possuidor também de diploma expedido pela Faculdade de Farmácia Química de São
Paulo, 1973; fez curso de Extensão na Universidade de Minas Gerais (1964), em
Laboratório de Análises Químicas; fez curso sobre “Diagnóstico de Doenças
Venéreas” na USP, São Paulo, 1967; fez estágio no Laboratório de Toxicologia
Forense do Instituto Médico-Legal de São Paulo, 1967; tem cursos de Imunologia
e Sorologia, Cromatrografia e Eletroforese, Hematologia e especializou-se em
“fabricação de produtos imunoterápicos”, no Instituto Butantã, São Paulo, 1970.
Ingressou
na Universidade Federal da Paraíba, por concurso, em 1964, tendo lecionado a
disciplina Física Industrial Farmacêutica, do Centro de Ciências Farmacêuticas,
aposentando-se como professor titular em 1993.
Dotado
de sensibilidade artística, o professor Nivalson dedicou-se a trabalhos em
cerâmica, azulejo vitrificado, xilogravura e desenhos a bico de pena. Suas
exposições iconográficas realizadas nesta capital e em outros Estados
granjearam-lhe notoriedade nacional. Na Paraíba, em Pernambuco e no Rio de
Janeiro apresentou com êxito trabalhos iconográficos sobre a viagem de Hans
Staden pelo Brasil, exposição que foi apresentada na Alemanha.
Em
viagem pelo sertão paraibano, fotografou importantes equipamentos históricos e
turísticos, transformados em gravuras a bico de pena, que após exposição na
Fundação Espaço Cultural a Universidade Federal da Paraíba incluiu em um álbum
com o título “Sertão Histórico Monumental”.
Especialista
em Heráldica, Nivalson Miranda pertence ao Instituto Paraibano de Genealogia e
Heráldica, tendo ingressado no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 10
de maio de 1996, ocasião em que recebeu a Comenda do Mérito Cultural “José
Maria dos Santos”.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Curriculum vitæ do associado.
CADEIRA Nº. 33
PATRONO:
ELIAS HERCKMANS
FUNDADOR:
MAURÍLIO ALMEIDA
OCUPANTE:
HUMBERTO FONSÊCA DE LUCENA
ELIAS HERCKMANS
PATRONO
ELIAS
HERCKMANS, naturalista holandês, chegou ao Brasil no século XVII, integrante do
grupo de artistas e de sábios trazidos por Maurício de Nassau; foi governador
da Província da Paraíba entre 1636 e 1639, em substituição a Ippo Eyssens, que
morrera durante um combate, em 14 de outubro de 1636.
Em 1641,
Elias Herckmans comandou uma expedição composta de mais de cem homens, que,
partindo do Recife, adentrou no interior do Estado de Pernambuco em busca de
ouro. Após dois meses de uma viagem cansativa e improdutiva, tendo em vista a
precariedade da região inóspita, os seus companheiros recusaram-se a prosseguir
na busca infrutífera e convenceram-no a retornar ao ponto de partida.
Conhecedor da região, bom observador, memória invejável, isso
tudo aliado aos conhecimentos gerais que detinha, Elias Herckmans escreveu, em
1639, A descrição geral da capitania da
Parahyba, que só veio a lume, em forma de livro, no ano de 1982, numa
edição atualizada e com notas explicativas, num trabalho dos historiadores Wellington
Aguiar e Marcus Odilon Ribeiro Coutinho.
Em 1911, a obra de Elias Herckmans foi transcrita no Almanaque da
Paraíba, exatamente 272 anos após a sua execução. Esse trabalho foi impresso
pela primeira vez, em 1869, na Crônica do
Instituto de Utrecht; Em 1887, o Instituto Arqueológico de Pernambuco o
inseriu em sua Revista e, em 1964, foi reproduzido pela Revista da Faculdade de
Filosofia da Paraíba (FAFI).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BITTENCOURT, Liberato. Homens do Brasil, vol. II, PARAHYBA, Parahybanos ilustres. Gomes Ferreira,
Rio, 1914.
HERCKMANS, Elias. Descrição Geral da Capitania da Parahyba,
apresentação e atualização ortográfica de Wellington Aguiar. Notas de Marcus
Odilon Ribeiro Coutinho, João Pessoa 1982.
MAURÍLIO ALMEIDA
FUNDADOR
MAURÍLIO
Augusto de ALMEIDA nasceu no dia 8 de junho de 1926, na cidade de Bananeiras,
Paraíba, filho de Pedro Augusto de Almeida e Dª. Maria Eulina Rocha de Almeida.
Faleceu em João Pessoa no dia 14 de junho de 1988.
Estudou
em casa com professores particulares contratados pelo pai, como era costume das
famílias mais abastadas da época. Deslocou-se depois para o Recife, fazendo o
ginasial e o curso colegial no Colégio Nóbrega, daquela cidade. Em seguida,
ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco,
diplomando-se em 1950. Especializou-se em Patologia Clínica. Posteriormente,
fez estágios em laboratórios das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.
Fixando-se
em João Pessoa, o Dr. Maurílio desempenhava as suas atividades médicas com
dedicação e competência; era diretor proprietário de uma das mais modernas
clínicas de João Pessoa, com várias filiais espalhadas em diferentes bairros da
capital, e que ainda hoje servem de ponto de referência aos que procuram bons
serviços laboratoriais.
Era
professor catedrático e fundador da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal da Paraíba, tendo recebido o título de Professor Emérito; lecionou na
Escola de Enfermagem Santa Emília de Rodat, em João Pessoa. Era membro de
várias entidades médicas: Sociedade de Medicina e Cirurgia da Paraíba;
Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia; Sociedade Brasileira de
Patologia Clínica; Sociedade Brasileira de Bacteriologia; Sociedade Brasileira
de Endocrinologia; e Sociedade Interamericana de Patologia.
Foi
sócio fundador do Lions Club de João Pessoa, ocupando a presidência por duas
vezes e sendo agraciado com várias medalhas.
Pessoa
de prestígio na sociedade paraibana, participava ativamente das promoções
sócio-culturais da cidade, sendo associado dos principais clubes pessoenses, de
Campina Grande e do Recife. Porte fidalgo, conversa fluente, despretensioso,
Dr. Maurílio foi um solteirão que confessava não sentir solidão.
Manteve
uma vida bastante ativa, dividida entre a medicina – sua paixão –, a literatura
e o campo. Deixou uma das mais bem organizadas bibliotecas particulares, com um
acervo de mais de 50 mil volumes catalogados, que seus descendentes estão
transformando numa Fundação.
Gostava
de natação, cavalgar e caçar, o que sempre fazia em sua fazenda. Era presidente
da Associação dos Criadores do Estado da Paraíba e sócio da Sociedade
Brasileira de Criadores de Santa Gertrudes.
Tanto na
área cultural como na profissional, foi contemplado com inúmeras homenagens,
principalmente dos seus alunos. Participou de bancas examinadoras da UFPB,
pronunciou discursos e conferências. Era membro de diversas entidades
culturais: Academia Paraibana de Letras, Sociedade Brasileira de Escritores
Médicos, membro fundador da Academia Nordestina de Letras e Artes; membro
efetivo da Academia Brasileira de História; sócio fundador da Academia Paraibana
de Medicina; sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio
Grande do Norte; sócio correspondente da Academia de Letras do Rio Grande do
Sul. Como títulos honoríficos, foram-lhe outorgados o diploma de Comendador da
Legião do Mérito “Presidente Antônio Carlos”, de Minas Gerais; Medalha “Amigo
da Marinha de Guerra do Brasil” e placa de Honra ao Mérito na VI Noite da Cultura/Paraíba,
concedida pelo Conselho Estadual de Cultura.
Maurílio
Almeida deixou vários trabalhos sobre sua especialidade, destacando-se os
seguintes: Contribuição ao estudo do
balantidiy Colli; As dosagens do
cálcio, fósforo e fosfatoses em pacientes portadores de tuberculose; Considerações em torno de um caso de
shistomose vesicular; Valor da
cardiopilina no diagnóstico da sífilis;
Dosagem de fosfatose prostática no soro
sanguíneo; Aplasia medular
latrogênica na infância; Estudos das
transaminases em pacientes de forma torémica da shistomose mansônica; Determinação do hematocrítico – estudo
comparativo pelo micro Witrob e coulter; Anemia falciforme, estudo
comparativo, pelo micro Witrob e couter; Anemia falciforme; Anemia
falciforme – estudos de quatro casos; Valor
da proteína C reativa no diagnóstico do infarto do miocárdio; Diagnóstico da amebíase pela Hematoxilina
férrica.
Também,
como historiador e beletrista, deixou publicadas várias obras importantes,
dentre elas: Presença de D. Pedro II na
Paraíba (duas edições); Diogo Velho
em síntese – Diogo Cavalcanti de Albuquerque – Visconde de Cavalcanti; O Barão de Araruna e sua prole; Discurso de Paraninfo (biblioteconomistas
de 1976); Por Amor e Gratidão; Cadeira 07 (Discurso de posse na
Academia Paraibana de Letras); Oração ao
livro; No tempo brasileiro de D. João
VI; Seis as Pétalas de Rosas,
1990; Rodolfo Garcia: a história de sua
vida na vida de História, 1991; Lembrando
Pedro Augusto de Almeida no seu centenário, 1994.
Maurílio
de Almeida ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 8 de
junho de 1977, e foi saudado pelo consócio José Fernandes de Lima.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Curriculum vitæ do associado.
Arquivo do IHGP.
Atual
ocupante
HUMBERTO
FONSÊCA DE LUCENA nasceu na cidade de Araruna a 30 de novembro de 1941. É filho
do farmacêutico Severino Cabral de Lucena e de Dª. Maria das Dores Fonsêca de
Lucena. É casado com a Dra. Carmem Marques de Lucena, de cuja união tem os
filhos Rubens, Eduardo e Sérgio.
Fez o
curso primário no Grupo Escolar “Targino Pereira” em sua terra natal, e o curso
ginasial no Ginásio “Lins de Vasconcelos”, na capital do Estado. O curso
científico foi realizado no Colégio Pio X e graduou-se em Farmácia e Bioquímica
pela Universidade Federal da Paraíba, em 1967. Em São Paulo, fez curso de
Pós-Graduação em nível de especialização no Departamento de Bioquímica da
Faculdade de Medicina da USP, e aperfeiçoamento em técnicas no processo Ensino
Aprendizado, também na Universidade de São Paulo.
Após o
curso de Especialização, ingressou na Universidade Federal da Paraíba como
Professor Auxiliar de Ensino da Cadeira de Bioquímica e, desde 1987, é Professor
Adjunto daquela cadeira.
Já
exerceu várias atividades administrativas, destacando-se entre elas a de Chefe
do Departamento de Biologia do Centro de Ciências Exatas e da Natureza da UFPB,
também ocupando a vice-presidência daquele centro.
Além de
sua atividade no magistério em sua especialidade, é um pesquisador da história
da região onde nasceu, além de se dedicar ao setor biográfico, pertencendo ao
Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica.
Por seus
trabalhos, recebeu do Conselho Estadual de Cultura um título de Menção Honrosa.
Atualmente é membro daquele Conselho.
Dentre
as publicações de sua autoria, citamos: Araruna
(Anotações para a sua história), 1985; Memória
de uma Farmácia – Subsídio para a História de Araruna, 1991; Dr. Mariano Barbosa – um sacerdote da
Medicina, 1992; A. J. Pereira da
Silva – Primeiro paraibano na Academia Brasileira de Letras, 1993; O Velho Mercado de Araruna e seus arredores,
1996; Araruna – 120 Anos, in A União, 1996; Tacima – um nome de três séculos, 1998; A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Serra de Araruna,
2000; Da Lagoa da Serra à Barragem de
Canafístula, 2001; AMPB – Associação
dos Magistrados da Paraíba (1958-2003) – Uma trajetória de 45 anos, 2003; As Raízes do Ensino em Araruna, 2005.
Humberto
Fonsêca ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 19 de
fevereiro de 1999, sendo saudado pelo historiador Deusdedit de Vasconcelos
Leitão. Atualmente exerce o cargo de 2º Secretário.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Curriculum vitæ do associado.
CADEIRA Nº. 34
PATRONO:
IGNEZ MARIZ
FUNDADORA:
TERESINHA PORDEUS
IGNEZ MARIZ
PATRONO
Maria
IGNEZ Marques MARIZ nasceu na cidade de Sousa, Paraíba, no dia 26 de dezembro
de 1905. Era filha do Dr. Antônio Marques da Silva Mariz e de Dª. Maria Emília
Marques Mariz. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1952.
Estudou
os primeiros anos escolares na cidade natal e fez o curso de Pedagogia no
Colégio Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa. Desde cedo demonstrou que
seguiria um caminho diferente das demais mulheres da sua época. Muito criança
começou a ajudar Dr. Silva Mariz, como era conhecido o seu pai (chefe político,
médico e rábula), na difícil missão de liderar um povo sofrido.
Aos
dezoito anos começou a colaborar em jornais e revistas do alto sertão. Na
década de 30 iniciou a “Campanha Pró-Bibliotecas Municipais”, sentindo-se
realizada com essa iniciativa. Em 1937, Ignez publicou, pela José Olympio, o
romance A Barragem, que a projetou
nacionalmente e foi muito bem aceito pela crítica sulista.
Fixou
residência no Rio de Janeiro, onde passou a colaborar em jornais e revistas,
com destaque na revista Eu Sei Tudo,
com as reportagens Revelando o Brasil
para os Brasileiros. Preocupou-se com a educação sexual infantil e escreveu
uma monografia intitulada O que leva a
curiosidade infantil insatisfeita, recebendo, por esse trabalho, o prêmio
“José de Albuquerque”, do Círculo Brasileiro de Educação Social.
Era uma
criatura que vivia além do seu tempo, “uma mulher independente, socializante e
feministas”, no dizer do jornalista Evandro Nóbrega. Deixou um romance
inacabado – Tresloucado Gesto e um
livro de contos – Roma.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MARIZ, Ignez. Mensagem à Paraíba. Rio de Janeiro, Cia.
Editora Americana, 1945.
GADELHA, Julieta Pordeus. Antes que ninguém conte, João Pessoa, A
União, 1986.
NÓBREGA, Evandro. Prefácio de A Barragem, 2ª. edição, João Pessoa, A
União Cia. Editora, 1994.
Arquivos particulares de
Marcílio Mariz Melo e Luiz Guimarães.
TERESINHA PORDEUS
FUNDADORA
TERESINHA
de Jesus Ramalho PORDEUS na cidade de Teixeira, no dia 4 de agosto de 1929,
filha de José Alves Ramalho e Dª. Maria Soledade Pordeus Ramalho. É viúva do
funcionário federal Ernesto Pordeus, de cuja união tem uma filha: Telma.
Seus
primeiros estudos foram iniciados em Piancó, continuando em vários municípios
do Estado, uma vez que sua família vivia sempre se deslocando em virtude do seu
pai exercer a função de coletor estadual, sujeito aos humores dos políticos.
Seus
cursos primário e secundário foram feitos no Colégio Cristo Rei, de Patos,
tendo cursado a Escola Técnica de Campina Grande. Ingressou na Universidade
Federal da Paraíba, tendo se titulado em História, com Licenciatura Plena, em
1974. É possuidora dos cursos de: Aperfeiçoamento sobre História Colonial da
Paraíba; Atualização Didática de História e Geografia (UFPB); Atualização para
Docentes de Nível Universitário (Ministério da Educação); Segurança Nacional e
Desenvolvimento (ADESG/PB); Arte Barroca (IHGP); História e Geografia do
Nordeste (UFPB).
Ingressando
no magistério, lecionou História no Liceu Paraibano, Escola de Professores, no
Colégio Pio X, Centro de Recursos Humanos, Centro de Aperfeiçoamento de Alagoa
Grande, Sapé e Sousa. Durante alguns anos foi pesquisadora na UFPB, na área de
História.
Pertence
à Associação Paraibana de Imprensa e ao Instituto Paraibano de Genealogia e
Heráldica.
Trabalhos
publicados, além dos inúmeros artigos na Revista do IHGP: História da Paraíba na Sala de Aula, 1ª. edição, Secretaria da
Educação e Cultura da Paraíba, 1977; 2ª. Edição, Editora Universitária, 1978; A Participação da Mulher na História da
Paraíba, in Revista “Paraíba de Ontem e de Hoje”; A Segunda Conquista da Paraíba: O Sertão, ANCAR/PB; A Ruptura do sistema latifundiário teixeirense
sob a ação do Vigário Bernardo, in Revista “A Igreja e a Questão Agrária no
Nordeste”; Estudos e Debates
Latino-Americanos, Edições Paulinas; História
da Paraíba na Sala de Aula, 3ª. edição, 2003.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano a 10 de setembro de 1978 e possui
a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, que lhe foi outorgada
pelo IHGP.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Curriculum vitæ da associada.
Arquivo do IHGP.
CADEIRA Nº. 35
PATRONO:
EUDES BARROS
FUNDADOR:
AURÉLIO ALBUQUERQUE
OCUPANTE:
ALTAMIR MILANEZ
EUDES BARROS
PATRONO
EUDES de
Luna Freire Correia de BARROS nasceu no dia 1º de janeiro de 1905, em Alagoa
Nova, Paraíba, filho de Alfredo Correia de Barros e de Pia Luna Freire. Faleceu
no Rio de Janeiro no ano de 1975.
Eudes
Barros deixou Alagoa Nova e fixou-se na capital do Estado. Logo cedo
demonstrava aptidão para as letras, passando a atuar nos jornais da capital e a
integrar os grupos intelectuais da terra. Aos 17 anos iniciava a publicação dos
seus escritos nos jornais, os quais tiveram boa aceitação pelo público leitor.
Jornalista
profissional, competente e dedicado ao trabalho, por muito tempo Eudes Barros
foi redator chefe de A União, onde
mantinha uma coluna diária. Foi diretor do jornal O Norte e A Rua, publicando
também artigos na Revista do IHGP.
Transferiu-se
para Recife. Lá, trabalhou como redator do Diário
da Manhã e no Diário da Tarde,
integrando, posteriormente, os Diários Associados, colaborando no Diário de Pernambuco. Mais tarde, seguiu
para o Rio de Janeiro. Instalado na capital da República, Eudes Barros passou a
conviver com os velhos casarões históricos, com a belíssima paisagem carioca
que ele muito admirava e deixava-se envolver, sendo motivo de reflexão.
Militando na imprensa do Rio, trabalhou como redator da Agência Nacional;
Assessor da Associação Comercial e redator chefe da Revista Comercial, quando
teve oportunidade de escrever o livro A
Associação Comercial no Império e na República.
Deixou
publicados: Cânticos da terra jovem; Fontes e pauis; Dezessete, (Romance); Eles
sonharam com a liberdade; O fenômeno
estético de Carlos Dias Fernandes; O
Lírio e o Cabaret; A poesia de
Augusto dos Anjos; Sacrifício; Sadi e Ágaba; A Paraíba e a Independência; Repercussão
na Paraíba da Revolução Praieira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MAIA, Sabiniano. Crônicas e Comentários (1917-1977), João
Pessoa, 1980.
PINTO, Altamir Cleto Milanez. O apologista da liberdade (discurso de
posse no IHGP), João Pessoa, 1982.
AURÉLIO ALBUQUERQUE
FUNDADOR
AURÉLIO
Moreno de ALBUQUERQUE nasceu no dia 27 de novembro de 1912, na cidade de Areia,
e faleceu em João Pessoa no dia 9 de julho de 1981; era filho de Aureliano
Camelo de Albuquerque e Dª. Santina Moreno de Albuquerque. Casado com Dª. Lícia
de Almeida Albuquerque, não deixou filhos.
Fez o
curso primário em Areia na escola do professor Leônidas Santiago, estudando
depois em João Pessoa, no Colégio Pio X e no Liceu Paraibano. Formou-se
professor primário na Escola Normal Oficial do Estado; cursou alguns anos de
Odontologia, mas logo desistiu e ingressou na Faculdade de Direito do Recife,
bacharelando-se em 1937. Posteriormente, graduou-se em Filosofia, Geografia e
História, pela Universidade Federal da Paraíba. Foi professor do Curso Elementar
em Alagoa do Monteiro e no Grupo Escolar “Abel da Silva”, de Ingá, exercendo,
também, a direção daquela escola.
Na
capital do Estado lecionou no Colégio Estadual, na Escola Industrial, na
Faculdade de Ciências Econômicas e na Universidade Federal da Paraíba.
Foi
Promotor Público das Comarcas de São João do Cariri, Bananeiras, Itabaiana,
Santa Rita, Campina Grande e João Pessoa. Em 1982, foi nomeado desembargador do
Tribunal de Justiça do Estado, onde ocupou a presidência da Câmara Criminal de
Justiça, por duas vezes.
Ingressou
no jornalismo nos idos de 1930. Inicialmente, como colaborador do jornalzinho
editado pelo Grêmio 24 de março, no Liceu; depois, em A Imprensa e em A União.
No jornal A União, ele assinava uma
coluna diária, intitulada “Flagrantes”, passando depois a ser publicada no Correio da Paraíba e em O Norte. Eventualmente, publicava artigos
no Diário de Pernambuco.
Era
membro da Academia Paraibana de Letras, tendo exercido a sua presidência,
fazendo uma profícua administração.
Deixou
publicado: Justiça e Vida, 1977; Areia, seu passado, seu presente, 1925; O areiense Joaquim da Silva, 1977; Sobretudo um homem de bem, 1973.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 20 de outubro de 1978.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALBUQUERQUE, Aurélio. Passagens, Pessoas e Cidades, João Pessoa,
1981 (Coletânea de crônicas organizada por Dª. Lícia, após o seu falecimento).
Atual
ocupante
ALTAMIR
Cleto MILANEZ Pinto nasceu no dia 17 de setembro de 1936, na cidade de
Mamanguape, Paraíba, filho de Alfredo da Silva Pinto e Cely Milanez Pinto. É
casado com Rosires Menezes Milanez.
Fez o
curso primário no Grupo Escolar “Isabel Maria das Neves”, em João Pessoa, onde
também se preparou para ingresso no curso de humanidades do Seminário
Arquidiocesano da Paraíba, estudando aí durante quatro anos; fez o curso
clássico no Liceu Paraibano. Em seguida, aprovado no vestibular, matriculou-se
na Faculdade de Direito do Recife, para onde fora impelido pelo trabalho, como
funcionário do Banco do Nordeste do Brasil. Formado, ingressou na magistratura
com a nomeação para Juiz Substituto de João Pessoa, passando, depois, a Juiz
titular das Comarcas de Cuité, Pirpirituba, Alagoa Nova, Piancó, Cruz do
Espírito Santo e Campina Grande. Em Campina Grande, ocupou a 2ª. Vara da
Fazenda Pública (3ª. Entrância), função na qual se aposentou.
Mantém
em atividade seu escritório de advocacia na capital do Estado.
Trabalhos
publicados: Evolução Democrática; O Apologista da liberdade; A Conquista da Paraíba; A Proclamação da República; A liberdade de imprensa, além de vários
artigos publicados em jornais e na Revista do IHGP.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Arquivo do IHGP.
CADEIRA Nº. 36
PATRONO:
CLÓVIS LIMA
FUNDADOR:
DOMINGOS AZEVEDO
CLÓVIS LIMA
PATRONO
CLÓVIS
dos Santos LIMA nasceu no dia 25 de janeiro de 1908, na cidade de Serraria,
Paraíba, e faleceu em João Pessoa no dia 15 de outubro de 1974. Era filho de
Elvídio Duarte dos Santos Lima e Dª.
Maria Júlia dos Santos Lima. Era casado com Maria Siqueira Lima, tendo deixado
dois filhos: Roberto e Vitória.
Estudou
em escolas de Serraria e no Instituto Bananeirense, tradicional educandário da
cidade de Bananeiras. Mais tarde, veio para a capital do Estado,
matriculando-se no Colégio Diocesano Pio X e no Liceu Paraibano, iniciando aí o
curso secundário que fora concluir no Ginásio Pernambucano, no Recife, onde
também se bacharelou em Direito na tradicional Escola do Recife.
Formado,
tornou à Paraíba e iniciou sua vida profissional. Exerceu os cargos de Promotor
Público das Comarcas de Princesa Isabel, Mamanguape, Santa Rita e João Pessoa;
Delegado da Ordem Política e Social; Chefe de Polícia do Estado; Secretário do
Interior, interino; Secretário da Agricultura; Presidente da Junta de
Conciliação e Julgamento de João Pessoa, de 1941 a 1959, quando foi promovido,
por merecimento, para o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª. Região, no Recife,
como Juiz Togado.
Clóvis
Lima foi o introdutor do Ensino Superior na Paraíba. Foi ele quem providenciou
e ofereceu ao Governador José Américo de Almeida os subsídios necessários à
execução do projeto para a implantação de uma Universidade na Paraíba; foi
fundador e primeiro diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da Paraíba,
lecionando nessa instituição as cadeiras de Geografia Econômica e Legislação
Social; foi professor-fundador da Faculdade de Direito, onde preencheu a
cadeira de Direito do Trabalho. Na Faculdade de Filosofia da Universidade
Federal, lecionou Geografia Humana.
Era
membro da Academia Paraibana de Letras, onde exerceu a Presidência sucedendo o
acadêmico Oscar de Castro, tendo renunciado o cargo em 1973, por não ter sido
atendido nos seus pleitos junto ao Governo do Estado. Era sócio do Instituto de
Direito Social de São Paulo; membro titular do Instituto Latino-Americano de
Direito do Trabalho e Previdência Social; membro de La Societé de Geographie de
Paris. Foi agraciado com as medalhas comemorativas do centenário de nascimento
de Rui Barbosa e dos 430 anos da Cidade do Recife e com a medalha La Cité
Carcassone-França, conferida pela Sociedade de Geografia de Paris. Recebeu o
título de Cidadão de João Pessoa, Recife, Penedo, Maceió e Catende.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 25 de maio de 1945, tendo
exercido a Presidência do IHGP por 13 anos e mais três como Vice-Presidente.
Seu principal feito foi a construção da sede própria do Instituto.
Além dos
inúmeros trabalhos publicados em Revistas do Tribunal do Trabalho, do IHGP e da
APL, na imprensa do Norte e Nordeste do País, Clóvis Lima deixou uma vasta
bibliografia: João Domingues dos Santos –
pesquisador e homem de inteligência, 1945; Êxodo dos Trabalhadores Rurais, 1946; O Ensino Comercial na Paraíba, 1948; Episódios e aspectos do domínio colonial holandês na Paraíba, 1948;
O Ensino Comercial na Paraíba – História
de uma Escola, 1948; Julgados
Trabalhistas na inferior instância, 1953; O Polígono das Secas – Espaço Econômico; As Itacoatiaras do Ingá; O
sentido da Universidade; O juazeiro
da caatinga nordestina; Albino Meira
– estudo biográfico; Estabilidade e
Fundo de Garantia por tempo de serviço (separata da Revista do Tribunal da
6º. Região); O prévio depósito da
condenação como condição para recorrer (separata da Revista do TRT da 6ª. Região).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, Horácio de. Contribuição para uma bibliografia paraibana,
Rio, 1972.
ANDRADE, José Lopes de. Discurso de recepção, in Albino Meira – Cadeira 3, João Pessoa,
1964.
CRISPIM, Luiz Augusto. Discurso de posse, in Revista da APL,
nº. 9, João Pessoa, 1984.
GUIMARÃES, Luiz Hugo. História do Instituto Histórico e Geográfico
Paraibano, João Pessoa, Editora Universitária, 1998.
Revista do IHGP, vol. 21, João
Pessoa, 1978.
Atual
ocupante
DOMINGOS
de AZEVEDO Ribeiro, natural de Pirpirituba, Paraíba, filho de Pedro Ribeiro
Cavalcanti e Maria de Azevedo Ribeiro, nasceu no dia 18 de agosto de 1921. É
casado com Dª. Maria Célia da Cunha Ribeiro e tem sete filhos: Elmano, Eliane,
Selma, Roberto, Tânia e Domingos Filho.
Domingos
de Azevedo estudou no Liceu Paraibano, onde iniciou suas atividades literárias
e musicais. Por esse tempo tornou-se amigo do musicólogo Mário de Andrade, que
o estimulou a estudar a música paraibana, pois, já via no jovem estudante um
musicista de valor. Domingos Azevedo, que já trazia consigo a vocação para a musica,
com o incentivo de Mário de Andrade decidiu aprofundar seu conhecimento e
começou o incansável trabalho de pesquisa, o que lhe valeu a coleta de farto
material que ele doou à Fundação Espaço Cultural, encontrando-se à disposição
do público no Centro de Documentação e Pesquisa Musical “José Siqueira”,
coordenado por ele, naquela Fundação.
Ainda
estudante, no Liceu, foi secretário do Grêmio Literário “Castro Alves”;
secretário do Grêmio “Augusto dos Anjos”; membro do Centro Aviatório “Santos Dumont”
e do Centro do Estudante da Paraíba; participou do Coral Carlos Gomes e do
Coral Vila Lobos, este dirigido por Gazzi de Sá.
De 1967 a 1981, exerceu a função de Juiz Classista da 1ª. Junta de
Conciliação e Julgamento de João Pessoa. Dirigiu a Orquestra Sinfônica da
Paraíba, de 1952 a 1965; foi fundador e primeiro presidente da Orquestra de
Câmara de João Pessoa; foi um dos fundadores do Conservatório de Música e
Coordenador de Música da Secretaria de Educação e Cultura do Estado. É membro
da Sociedade de Cultura Musical da Paraíba; membro da Sociedade Brasileira de
Museologia, sediado em São Paulo; Vice-diretor do Centro Nordestino de Pesquisa
e Musicologia, com sede no Recife. Pertence aos quadros da Associação Paraibana
de Imprensa (API) e da Academia Brasileira de História; é Vice-Presidente da
Academia de Letras Municipais do Brasil, Secção da Paraíba e membro do
Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, do qual foi seu Presidente. É
sócio correspondente do Colégio Brasileiro de Genealogia (Rio), da Academia de
Letras de Campina Grande, do Instituto Histórico do Rio Grande do Norte e do
Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano Foi eleito primeiro Presidente
da Academia Paraibana de Música, recém-criada recentemente.
Domingos
Azevedo foi o organizador do I Congresso de Música do Nordeste, realizado em
1949. É autor de mais de 30 livros, entre os quais destacamos: João Pessoa e a Música; Colégio Nossa Senhora das Neves, 1976; Hinos da Paraíba (Patos – Pombal –
Cajazeiras), 1976; Hinos da Paraíba
(João Pessoa – Campina Grande), 1976 Gazzi
de Sá, 1977; Discurso de posse no
IHGP, 1979; Hino do Estado da Paraíba,
1979; O Músico João Eduardo, 1981; Pedro Américo e a Música, 1982; Coriolano de Medeiros e a Música (separata
da Revista do IHGP, vol. 23), 1982; A
música em Augusto dos Anjos, 1984; Hymno
da Redempção (fac-símile oferecido por Abdon Milanez à Princesa Regente),
1988; Areia e sua Música, 1992; Pastoris Religioso e Profano, 1993; Crônicas do Cotidiano, vol. I, 1993; Club Symphonico da Parahyba, 1994; Cartilha Sinfônica, 1995; Cinqüentenário da Orquestra Sinfônica,
1995; Horácio de Almeida – O Escritor
entre a Memória e a História, 1996; Canções
Natalinas, 1996; Antônio Guedes
Barbosa, 1997; Caderno de Música,
nº.s 1 e 2, 1997; A Música na História da
Paraíba, 1997; Crônicas do Cotidiano,
vol. II, 1998; Monsenhor Ruy Vieira: A
Saga de um grande vulto, 1999; Música
ligada à História, 2000; Mestres de
Bandas, vol. 6, 2000; Música
Gregoriana e Religiosa da Igreja do Rosário, 2000; Clóvis dos Santos Lima, 2000; O
Areiense Joaquim da Silva, 2001; Maximiano
de Figueiredo, 2001; Tomas Santa
Rosa, o Polivalente, 2004.
Domingos
de Azevedo Ribeiro ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no
dia 22 de agosto de 1978, sendo saudado pelo historiador Afonso Pereira da
Silva. No Instituto ocupou vários cargos da Diretoria, tendo exercido a
Presidência interinamente. Recebeu a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos
Santos”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LIRA, Anice Brito. O fundador da literatura paraibana.
Artigo publicado no jornal o Norte.
RAMOS, Adauto. Domingos de Azevedo Ribeiro – sua genealogia, in Revista do Instituto
Paraibano de Genealogia e Heráldica, Ano 1, 1991.
GUIMARÃES, Luiz Hugo. Domingos
de Azevedo e Ribeiro - Historiador e Musicólogo, 2001.