INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO/IHGP
Fundado em 7 de setembro de 1905
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CADEIRA Nº. 29

PATRONO: CARLOS COÊLHO

FUNDADORA: CARMEM COÊLHO

OCUPANTE: ADYLLA RABELO

 

CARLOS COÊLHO

PATRONO

 

CARLOS de Gouvêa COÊLHO (Dom) nasceu na capital do Estado da Paraíba, no dia 28 de dezembro de 1907, filho do casal José Vieira Coêlho e Dª. Maria Emerentina de Gouvêa Coêlho.

Ordenou-se padre em 09 de fevereiro de 1930, nesta capital, seguindo depois para a cidade de Cajazeiras, no sertão do Estado, como secretário da diocese e diretor do Colégio Diocesano, retornando a João Pessoa em 1932.

D. Carlos Coêlho foi um líder religioso, educador da mocidade, jornalista e professor. Culto e inteligente. Antes de ser eleito bispo, lecionou em vários colégios da capital. Foi capelão do Colégio Pio X e do Colégio Nossa Senhora de Lourdes; assistente eclesiástico da União dos Moços Católicos e das Noelistas; secretário da Liga Eleitoral Católica; diretor do jornal A Imprensa, de 1933 a 1942; diretor do Departamento de Educação do Estado, em 1947. Em 1948, foi designado Bispo de Nazaré da Mata, Estado de Pernambuco, ficando aí até 1955, quando foi transferido para a Diocese de Niterói, RJ. Em 1960, foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife, cargo em que permaneceu até o dia 7 de março de 1964, quando faleceu.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

LEAL, José. Dicionário Biobibliográfico Paraibano, FUNCEP, João Pessoa, 1990.

MAIA, Sabiniano. Crônicas e Comentários – 1917-1977, João Pessoa, 1980.

 

 

 

CARMEM COÊLHO

FUNDADORA

 

CARMEM COÊLHO de Miranda Freire  nasceu em João Pessoa,  em 12 de janeiro de 1912, e faleceu a 2 de abril de 2003. Era filha do Dr. José Vieira Coêlho e Dª. Maria Emerentina Gouvêa Coêlho. Era casada com o comerciante Lourival de Miranda Freire, também falecido.

Fez o curso primário e o secundário no Colégio Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa, diplomando-se professora em novembro de 1931. Iniciou suas atividades no magistério como professora do Jardim de Infância, criado por ela. Em 1933, foi designada para lecionar no Grupo Escolar “Isabel Maria das Neves”, dedicando-se a esse educandário durante sete anos, deixando-o para assumir a Cadeira de História Geral no Liceu Paraibano, para onde foi nomeada em 1940. Nesse mesmo ano passou a integrar o quadro de professores do Colégio Nossa Senhora de Lourdes e, em 1954, passou a ser professora catedrática de História do Brasil, no Liceu. Ali, também foi fundadora do Curso Noturno, no qual ensinou durante 10 anos como voluntária. Antes, em 1952, a convite do Inspetor Seccional do Ministério da Educação e Cultura da Paraíba, compôs a banca examinadora que selecionava professores candidatos à Faculdade de Filosofia de João Pessoa. Em 1962, após 28 anos consagrados ao magistério, Carmem Coêlho aposentou-se.

De formação cristã, irmã do bispo D. Carlos Coêlho, tendo como tio-avô o Padre Meira, a professora Carmem dedicou-se também a atividades sócio-religiosas. Fundou o Núcleo Noelista da Paraíba, uma organização cultural e religiosa internacional, sendo a sua primeira presidente; fundou a Instituição das Domésticas de Santa Rita e a Casa de Santa Rita, de aprendizagem profissional de formação cristã, visando a promoção social da empregada doméstica.

Era sócia fundadora do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, tendo realizado várias viagens à Europa com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos de História e Genealogia.

Em 1934, participou do Congresso Eucarístico Internacional, na Argentina.

Recebeu o título de Cidadã Pessoense Benemérita, em 4 de maio de 1984 e a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, outorgada pelo IHGP.

Publicou os livros: Notas Genealógicas das Famílias Gouvêa, Meira Henriques, Albuquerque Maranhão e Vieira Coêlho, 1971; A Mansão da Praça Bela Vista, 1972; História da Paraíba para uso didático (dois volume reunidos num só), 1979; Cifrado 110 (peça teatral),  Notas históricas sobre a cidade de Santa Rita, 1977; Diná, 1975; As Ruas onde morei – 1918-1950, 1998.

Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 17 de agosto de 1976, apresentando o trabalho sobre a vida e a obra de Leonardo Antunes de Meira Henriques. Foi recepcionada pelo historiador Lauro Pires Xavier.

 


ADYLLA ROCHA RABELLO

Atual ocupante

 

ADYLLA ROCHA RABELLO nasceu na cidade de João Pessoa, no dia 5 de dezembro de 1934, filha de Francisco Soares Rocha e Anna de Abreu Rocha. Casada com Humberto Lins Rabello, já falecido, são seus filhos Célida, Humberto Flávio, Roberto Cláudio, Gerardo e Celeida.

Seus estudos foram realizados no Grupo Escolar “Tomaz Mindelo”, concluindo os cursos de 1º e 2º graus no Colégio Nossa Senhora das Neves. Graduou-se em Letras – Licenciatura Plena pela Universidade Federal da Paraíba, por onde se habilitou em Português e Francês, em 1982. Fez Especialização em Língua e Literatura Francesas, concluindo em 1983, quando apresentou uma monografia intitulada À propôs d’um recueil de Paul Eluard. Em 1989, concluiu seu Mestrado em Letras – Literatura Brasileira, aprovada com distinção e louvor.

Concluiu também os seguintes cursos: Língua Francesa, na Associação de Cultura Franco-Brasileira, 1970; Língua Francesa (1 er. degré), pela Universidade de Nancy II – França, realizado através da Aliança Francesa de João Pessoa, 1972; CEPAL, correspondendo a 640 horas, 1974; Língua Francesa( 2 ème degré), através da Aliança Francesa de João Pessoa, 1974. Cursou até o 5º estágio de Língua Inglesa, na Cultura Inglesa de João Pessoa.

Entre suas atividades profissionais exerceu as funções de: Professora de Língua Francesa no Sistema Educacional IMPACTO Ltda., em João Pessoa, de maio a dezembro de 1980; Professora de Português da Secretaria de Educação e Cultura do Estado, lecionando na Escola Estadual de 1º grau Profª. Luzia Simões Bartolini, 1981; Guia e intérprete da Língua Francesa no Museu da Fundação Casa de José Américo, em João Pessoa, 1982/85, depois Diretora do Museu, no período 1985/86; Diretora de Programação Cultural da FCJA, 1986/2001; Professora do Curso de Literatura Paraibana do Projeto Salas de Leitura e Interpretação de Textos da Fundação Casa de José Américo, 1987/88; Pesquisadora colocada à disposição do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal da Paraíba; Professora de Língua Francesa no Instituto Padre Malagrida - Juniorado Interprovincial dos Jesuítas do Brasil, João Pessoa, 1989/92; Professora de Língua Francesa no Departamento de Línguas Estrangeiras Modernas-DLEM, na Universidade Federal da Paraíba, a partir de 1992; Chefe de Gabinete do Presidente do Tribunal de Contas do Estado – Conselheiro Flávio Sátiro Fernandes, 2001/2002;

Atualmente exerce a Chefia de Gabinete do Conselheiro Flávio Sátiro Fernandes, desde 2003. Pertence ao Conselho Estadual de Cultura e é sócia efetiva da Academia Paraibana de Letras.

Além de participar em vários congressos e simpósios como expositora, pronunciou inúmeras conferências e publicou vários artigos no Correio das Artes, suplemento literário do jornal A União, nos jornais da Capital e em revistas especializadas. Seus principais livros publicados são: Dados Bibliográficos de Ivan Bichara, João Pessoa, Fundação Casa de José Américo, 1995; Discurso de posse na Academia Paraibana de Letras, João Pessoa, APL, 1996; Abelardo Jurema – De Prefeito de Itabaiana a Ministro da Justiça, João Pessoa, A União Editora, 2000;  O Verbo amar em três tempos, João Pessoa,  A União Editora, 2001.

Adylla Rabello ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 5 de dezembro de 2003, sendo saudada pelo historiador Flávio Sátiro Fernandes.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ da associada.

 

 

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CADEIRA Nº. 30

PATRONO: FRANCISCO LIMA

FUNDADORA: WALDICE PORTO

 

FRANCISCO LIMA

PATRONO

 

FRANCISCO LIMA (Cônego) nasceu no dia 20 de agosto de 1903, em Caiçara, Paraíba, e faleceu em João Pessoa no dia 8 de junho de 1972. Era filho do agricultor Gabriel Gomes de Lima e Maria Francisca de Jesus, tendo sido criado por sua avó materna, Dª. Felipa, quando seu pai se mudou com a família para Pernambuco.

Fez o curso primário na cidade natal, vindo depois para a capital para estudar no Seminário da Paraíba. Fez o curso ginasial no Colégio Diocesano Pio X, recebendo, no final, Menção Honrosa e foi laureado por duas vezes com o Grande Prêmio, por seu ótimo desempenho no Colégio, como estudante. No Seminário não foi diferente. Realizou com brilhantismo os cursos de Filosofia e Teologia. Prosseguindo os estudos, bacharelou-se em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Recife; recebeu as Ordens Sacramentais em 12 de março de 1932, do Arcebispo da Paraíba, D. Adauto de Miranda Henriques.

Padre Lima foi Coadjutor da Paróquia de Campina Grande, Vigário de Alagoa Grande e da Paróquia de Areia; Diretor da Biblioteca Pública do Estado; Diretor do Colégio Pio XI, de Campina Grande e do Colégio Pio X, de João Pessoa. Exerceu também o magistério, lecionando Geografia, Corografia do Brasil, Português, Latim, História da Civilização e Didática Especial em colégios da capital, Campina Grande e Areia; ensinou Língua e Literatura Brasileira na Faculdade de Filosofia da Paraíba e no Instituto Nossa Senhora de Lourdes; Biologia, Apologética, Literatura Geral e História, no Seminário da Paraíba e Português no Liceu Paraibano.

Professor universitário e sacerdote foram a maior glória que alcançou como homem, afirmação feita pelo próprio Francisco Lima, em seu discurso de posse na Academia Paraibana de Letras, no dia 30 de agosto de 1959, quando fundou a cadeira nº. 31.

Era colaborador assíduo dos jornais e revistas da capital, das revistas da Academia Paraibana de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, aonde chegou à Presidência (1962-1968).

Trabalhos publicados: D. Adauto – subsídios biográficos (3 vols.); Oração Fúnebre; Epitácio: Síntese biográfica; O Seminário Arquidiocesano da Paraíba e suas bodas de diamante; Crise da democracia brasileira; Instituições políticas do Brasil; Os cento e um anos do Liceu; História do Colégio Nossa das Neves; Vieira; A Igreja e as origens do homem; Todo poder vem de Deus; A Inquisição e a arte de furtar; A igreja – essa desconhecida; O apostolado do vigário; A ressurreição e a volta de Cristo; Crítica e crítico; O barroquismo no Brasil sob a égide da Filosofia; Os aspectos genealógicos da língua portuguesa.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Revista da APL, nº. 7, 1960.

Revista do IHGP, nº. 20, 1974.

PORTO, Waldice. Cônego Francisco Lima – Historiador e Humanista, João Pessoa, Coleção Historiadores Paraibanos, vol. 11, IHGP, 2000.

 


WALDICE PORTO

FUNDADORA

 

WALDICE Mendonça da Silva PORTO nasceu em João Pessoa no dia 27 de outubro de 1937, filha de Francisco José da Silva Porto e Dª. Julieta Mendonça Porto.

Estudou o primário e secundário em João Pessoa, formando-se em Contabilidade pela Escola de Comércio “Epitácio Pessoa” e bacharelou-se em Direito, pela Universidade Federal da Paraíba em 1971 – Turma “Paulo Morais Bezerril”. Possui, ainda, cursos de Extensão Universitária realizados na UFPB; I Encontro de Direito Romano, Medicina Legal, Novos aspectos do Direito Penal; participou do Simpósio sobre Direito Penitenciário.

Outros cursos: II Seminário de Cultura Brasileira; I Curso de Cultura Afro-Brasileira; aperfeiçoamento sobre História Colonial da Paraíba, em nível de Pós-Graduação; Curso de História da Paraíba; Atualização Didática da História e Geografia da Paraíba. Em todos os cursos teve atuação como expositora.

Waldice Porto entrou para o serviço público estadual em 1962 (interinamente); em 1963 foi nomeada com lotação na Secretaria da Agricultura, Irrigação e Abastecimento; aposentou-se em 1956, como advogada, no Instituto de Terras e Planejamento Agrícola do Estado da Paraíba/INTERPA-PB. Ocupou vários cargos de Chefia; como advogada, participou em inquéritos administrativos na Secretaria da Agricultura, Irrigação e Abastecimento, como membro e presidente de Comissões.

Exerceu importantes funções em outros órgãos públicos, entre os quais destacamos; na Secretaria Geral do Conselho Estadual de Cultura, 1973/1978; na Associação dos Servidores Públicos do Estado da Paraíba – ASPEP, acumulando as funções de Secretária Executiva, Redatora-Secretária do jornal ASPEP e Secretária particular do Presidente Antônio Tancredo de Carvalho.

Pela Secretaria da Educação e Cultura do Estado, esteve à disposição do IHGP, de 1963 a 1973.

Pertence aos quadros sociais da Associação Paraibana de Imprensa – API, na categoria militante, dês 1969; do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, desde 1971; da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (V Curso – 1976), da qual foi Secretária de Assuntos Culturais. Participou do IV Congresso Brasileiro de Crítica Literária, em Campina Grande - PB; dos Festivais de Verão de Areia (I e II, em Literatura); dos Encontros dos Institutos Históricos do Nordeste, em João Pessoa, Maceió e Natal.

Na FUNDAP/PB, participou de Seminários, principalmente como expositora (com um trabalho intitulado Ocupação do Território Paraibano”, depois transformado em livro, ainda inédito. Na ADESG, publicou o Manual da ADESG, em 1977, com a colaboração de Cândido Castelliano de Lucena.

Sua produção cultural se encontra nos jornais da terra A União, O Norte, Correio da Paraíba, A Imprensa, O Delta (jornal maçônico) e jornal Aspep e nas revistas Tambaú e do IHGP.

Publicou os trabalhos: Paraíba em Preto e Branco, 1976; Cônego Francisco Lima – Historiador e Humanista, vol. 11 da Coleção de Historiadores Paraibanos, 1999; Sonetos em Sonata – no jubileu de prata como associada efetiva do IHGP, 2001; Íntimas do Íntimo (poesias), 2004.

Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 27 de outubro de 1976, com a apresentação do ensaio antropo-sociológico Paraíba em Preço e Branco. Foi recepcionada pela confreira Rosilda Cartaxo, sendo agraciada com a Comendo do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ e arquivo particular da associada.

 

 

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CADEIRA Nº. 31

PATRONO: MELO LEITÃO

FUNDADOR: LAUDIMIRO LEITE DE ALMEIDA

OCUPANTE: LÚCIA DE FÁTIMA GUERRA


 

MELLO LEITÃO

PATRONO

 

Cândido Firmino MELLO LEITÃO nasceu no dia 7 de julho de 1886 na cidade de Campina Grande, Paraíba, e faleceu no dia 15 de dezembro de 1948; filho do Coronel Cândido Firmino de Mello Leitão e Dª. Jacunda de Mello Leitão.

Iniciou seus estudos em Campina Grande, no Grêmio de Instrução Campinagrandense, tendo sido um dos oradores deste Grêmio, em sua inauguração. Formou-se em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, tendo defendido tese de doutorado apresentando o trabalho intitulado Da Polistease Visceral. Formado, continuou no Rio de Janeiro, colaborando, como interno, na Clínica Propedêutica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, integrando a equipe do Dr. Miguel Couto. Em 1909, assumiu a função de Inspetor Sanitário da Diretoria  Geral da  Saúde  Pública e  passou a dedicar-se à Pediatria, iniciando a publicação de vários trabalhos sobre as doenças infantis. Interessado pela Zoologia, dedicou-se integralmente a esta Ciência e, através de concurso público, ingressou na Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária como professor. Lecionou também na Escola Normal de Niterói e na Escola Normal do Rio de Janeiro

Era membro da Academia Brasileira de Ciências, da Sociedade Entomológica do Brasil e da Sociedade Entomológica da França. Participou, como representante do Brasil, nos Congressos de Ornitologia de Copenhague, em 1926;  Congresso Internacional de Zoologia, em Lisboa, 1935; Congresso de Ciências Naturais, na Argentina, 1937. Classificou os Aracnídeos dos Museus: Basiléia, Suíça; Barcelona, Espanha; Buenos Aires e La Plata, Argentina, 1937. Classificou também os Proscopidas dos Museus de Santiago, La Plata e de Buenos Aires. Em revistas americanas e Brotaria, de Portugal, publicou os estudos: A mortalidade infantil no Rio de Janeiro, 1912; Pressão arterial na infância. Escreveu, em colaboração com A. J. Sampaio, professor de Botânica do Museu Nacional, hortos didáticos e sua organização. Em 1924 editou um Compêndio de Botânica.

Mello Leitão foi professor, polígrafo, geógrafo, biogeógrafo, zoogeógrafo, ecologista, zoólogo, sistemata, botânico, sociólogo, conferencista, cultor das Belas Artes, poeta.

Deixou inúmeros trabalhos publicados, sendo os mais conhecidos, além dos já citados: A vida maravilhosa dos animais; A vida na selva; Noções de Biologia geral; O Brasil visto pelos ingleses; Zôo-Geografia do Brasil; Dicionário de Biologia; Esboço crítico das classificações biológicas.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Revista da Academia Paraibana de Letras, vol. 5, 1949.

XAVIER, Lauro Pires. Discurso de posse, João Pessoa, 1972.

 


LAUDIMIRO LEITE DE ALMEIDA

FUNDADOR

 

LAUDIMIRO LEITE DE ALMEIDA nasceu em São José dos Cordeiros, Paraíba, no dia 20 de julho de 1911 e faleceu em João Pessoa no dia 16 de março de 2000. Era filho de Filomeno Leite de Almeida e Severina Leite de Almeida. Era casado com Dª. Hilda Leite de Almeida, de cujo consórcio deixou os filhos Zélia, Lúcia, Paula, Luiz Carlos, Eduardo e Leonardo.

Laudimiro Almeida iniciou seus estudos primários em sua cidade natal e o secundário no Recife; em 1937, titulou-se como Engenheiro-agrônomo pela Escola Superior de Agricultura “São Bento”, na cidade de Tapera, Pernambuco. Naquela cidade, na fase estudantil, teve destacada atuação no Diretório Acadêmico, sendo orador de várias organizações locais.

Na sua área, Laudimiro sempre teve atividade intensa, ingressando no magistério como professor da Escola de Agronomia de Areia, da qual foi Diretor e exerceu vários cargos ligados ao setor. Também na Faculdade de Ciências Econômicas da UFPB, onde apresentou tese de concurso sobre “Metodologia da Economia e a Economia Regional”, em 1972.

Versado não só em agricultura, mas também em economia, seu currículo ostenta vários cursos de especialização e aperfeiçoamento, destacando-se: Curso de Treinamento em Recursos Econômico-Sociais, na Universidade Rural do km 47, Rio de Janeiro; Curso Internacional de Ciências Agrícolas, La Riconada, Universidade do Chile, Santiago; Curso da CEPAL, como bolsista do BNB, Rio de Janeiro; Curso sobre Economia Regional, Minas Gerais, 1970.

Participou em Ohio State University, de Colombos, Ohio, do Agricultural Economics International Seminar e do Seminário do IBRA/NE, onde apresentou o trabalho intitulado Os Setores Econômicos e a Reforma Agrária.

Entre suas obras publicadas, destacam-se: A Situação da Agropecuária Regional e o Desenvolvimento Econômico, UREMA, Belo Horizonte, 1963, e A Agropecuária e a Transformação da Economia Regional, Gráfica Universitária, João Pessoa, 1986.

Foi premiado (3º lugar) em concurso público realizado entre professores das Universidades do Nordeste, em 1986.

A Revista do IHGP contém vários artigos de cunho histórico e, sobretudo, sobre aspectos da economia nordestina, tema em que era versado e dele se ocupava com grande entusiasmo,  defendendo a região sofrida.

Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 2 de fevereiro de 1977, tendo recebido a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, que o Instituto lhe outorgou.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Curriculum vitæ do associado.

 

 

LÚCIA DE FÁTIMA GUERRA

Atual ocupante

 

LÚCIA DE FÁTIMA GUERRA Ferreira nasceu em João Pessoa a 2 de dezembro de 1955, filha de Afrânio Montenegro Guerra e Dª. Dalva Albuquerque Guerra, descendente dos Montenegro, Guerra e Albuquerque, de Alagoa Grande. É casada com o professor de Comunicação da UFPB Dr. Carmélio Reynaldo Ferreira, de cuja união tem os filhos Rafael e Lorena.

Sua vocação para o magistério se manifestou logo cedo, lecionando em vários colégios da capital. Como professora, dedicou-se ao ramo de História quando lecionou nas Escolas do 1º e 2º graus, de 1976 a 1985, tendo em seguida ingressado na Universidade Federal da Paraíba, onde lecionou as disciplinas Sociologia Geral, no Departamento de Ciências Sociais (CCHLA); Sociologia e Antropologia (Curso de História do Centro de Humanidades - UFPB/Campus II), Campina Grande; e História (CCHLA/UFPB, Campus I), desde 1987.

Sua formação acadêmica é bastante lisonjeira, pois se graduou em Licenciatura Plena em História, pela UFPB (1975/77); é Mestra em História do Brasil, pela UFPE (1978/82); tem Especialização em Cultura Afro-Brasileira, pela UFPB (1988); e é Doutora pela USP (1990/94), defendendo a Tese Igreja e Romanização. A Implantação da Diocese da Paraíba (1894/1910).

É pesquisadora do Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional (NDIHR), da UFPB, função que exerce desde 1982. Suas atividades são múltiplas, pois além de Professora Adjunta, com dedicação exclusiva, no Departamento de História da UFPB, exerceu as seguintes funções: Coordenadora Regional dos Cursos e Programas de Extensão, desde 1996; Coordenadora do Projeto de Organização do Arquivo da CCLHA, desde 1997; Coordenadora do Curso de Extensão – Gestão e Gerenciamento de Arquivos do NDIHR/PRAC, desde 1997; Presidente da Comissão de Avaliação dos Documentos do Arquivo Geral da Reitoria da UFPB, desde 1998. Pró-Reitora Adjunta da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, desde 1999; Coordenadora do Projeto Apoio à organização dos municípios das crianças do Estado da Paraíba (Cariri e Compartimento da Borborema), desde 1998; Coordenadora do Projeto Ação Interdisciplinar de Sobrado, Paraíba), desde janeiro de 2000; Membro do Conselho Editorial da Revista Sæculum, do Departamento de História da UFPB e Membro do Conselho Editorial da Revista Debates Regionais, do NDIHR/UFPB. Atualmente é Pró-Reitora PRAC.

Desenvolveu cerca de sete projetos de interesse da comunidade cultural, inclusive foi a Coordenadora do Projeto “Tradição Cultural da Paraíba: Organização e Preservação Documental do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano”, de fevereiro  de 1994 a dezembro de 1997, que resultou no início da organização da Biblioteca do IHGP e Arquivo Documental “Flávio Maroja”, promovendo junto à UFPB a edição de cinco catálogos.

Teve a participação em inúmeros Congressos Científicos, proferindo palestras, fazendo comunicações e participando de debates (mais de 40). São numerosos seus trabalhos publicados em periódicos científicos e especializados e em jornais.

Entre os trabalhos publicados pela professora Lúcia Guerra, destacamos: A Coluna Prestes e a Paraíba; Raízes da Indústria da Seca: O Caso da Paraíba; Guia do Arquivo Eclesiástico da Paraíba; Inventário do Arquivo Eclesiástico da Paraíba; Catálogo dos Processos de Ordenação; Inventário do Arquivo “Flávio Maroja” do IHGP .

A professora Lúcia Guerra ingressou como associada efetiva do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 23 de março de 2001, sendo saudada pelo historiador Hélio Zenaide.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ da associada.

 

 

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CADEIRA Nº. 32

PATRONO: AMBRÓSIO FERNANDES BRANDÃO

FUNDADOR: SABINIANO MAIA

OCUPANTE: NIVALSON MIRANDA


 

AMBRÓSIO FERNANDES BRANDÃO

PATRONO

 

Ambrósio FERNANDES BRANDÃO nasceu em Portugal, viveu no Brasil entre os anos 1583 e 1618, não se conhecendo, exatamente, a data de sua morte. Afirma-se, porém, que quando os holandeses invadiram a Paraíba ele já não mais existia. Pelos anos de 1583 morava em Pernambuco e era responsável pelo recebimento dos dízimos do açúcar daquela capitania.

Veio diversas vezes à Paraíba em companhia do ouvidor Martim Leitão, em expedições contra os franceses e indígenas, daí sua intimidade com a terra paraibana. Conhecedor profundamente do litoral brasileiro, principalmente das capitanias do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, o que contribuiu muito para a elaboração dos Diálogos das grandezas do Brasil, livro no qual ele descreve em detalhes a beleza, os recursos naturais, a riqueza, a flora e fauna do Brasil, a vida social, enfim, o Brasil em todos os seus aspectos físicos, sócio-econômicos e culturais, nos primórdios da sua colonização.

A Paraíba, onde se estabeleceu antes de 1613, ele a classificou no terceiro lugar em riqueza e prosperidade. Possuía três engenhos: o Santos Cosme e Damião, o São Gabriel ou do Meio e um outro na região do Gargaú. Quando faleceu, seus herdeiros voltaram a Portugal e os engenhos foram confiscados pela Companhia das Índias Ocidentais e vendidos ao holandês Isac de Rosière. Depois da restauração contra os holandeses, passaram a pertencer a João Fernandes Vieira.

“Todos os estudiosos da obra, como João Ribeiro e Oliveira Lima, chamaram a atenção para as virtudes do escritor, a sua cultura, a erudição, a sua inteligência lúcida, o seu estilo direto, claro, enérgico, original. Era um homem, certamente, com boa formação cultural e literária de gosto apurado, espírito vivo e observador, com pensamento amadurecido, mormente no terreno das idéias econômicas, preocupação muito própria dos homens de sua raça. A esta preocupação deve-se a tese, por ele sustentada,  como assinala Jaime Cortesão, da superioridade do Brasil, em matéria econômica, sobre a Índia.

Em louvor de Ambrósio Brandão pode-se afirmar ser ele precursor do nacionalismo brasileiro, pois chegou a pregar a independência do Brasil. É que a sua mentalidade moderna, já orientada num sentido econômico renovador, enxergava no país grandes possibilidades, julgando-o mais rico que todas as Índias Orientais. Para prová-lo, descreveu a terra na sua fisionomia física, econômica e social, com uma segurança, diga-se, científica, e, sobretudo, com um amor pelas coisas brasileiras, que só os homens que se instalaram para viver no país sentiam em relação à nova realidade histórica”. (Afrânio Coutinho, in Diálogos das grandezas do Brasil (Edições de Ouro, 1968).

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das grandezas do Brasil. Edições de Ouro, Rio de Janeiro, 1968.

 


SABINIANO MAIA

FUNDADOR

 

SABIANO Alves do Rêgo MAIA nasceu no dia 7 de junho de 1903, na fazenda “Olho d’Água”, município de Itatuba, Pernambuco; filho de Maria José de Araújo Pedrosa e José Alves de Araújo do Rêgo. Em 1922, casou-se com Dª. Maria das Mercês Meireles Maia, nascendo dessa união cinco filhos: Letícia Maria, Maria Nícia, Maria Lúcia, Maria Gláucia e Maria Alécia. Faleceu em João Pessoa em 12 de abril de 1994.

Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade do Recife, em 1928. Iniciou sua carreira jurídica como Promotor ad hoc em Itabaiana, em 1924, depois, sucessivamente, ocupou os cargos de Delegado de Polícia de Itabaiana, Promotor Público de Urussanga (Santa Catarina), Procurador do Tribunal Regional do Trabalho, Juiz do Tribunal Regional Eleitoral e Assessor do DER. Na política, exerceu os mandatos de Prefeito de Mamanguape, Guarabira e Campina Grande; foi interventor de Sapé, 1981.

Foi Secretário do Interior e Justiça; Secretário de Educação e da Saúde; presidiu o Diretório Regional da Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Apesar de ter exercido os principais cargos no Estado, foi como escritor e historiador que Sabiniano Maia firmou o seu nome na Paraíba, através dos livros de crônicas, comentários, relatórios, enfim, uma diversificada bibliografia elogiada pela elite intelectual formada por nomes do conceito de Joaquim Inojosa, Epitácio Soares, Mons. Pedro Anísio, Carlos Romero, Luís Fernandes da Silva, Flávio Sátiro, entre outros de igual valor.

Era sócio da Associação Paraibana de Imprensa, membro da Academia de Poesia, sócio fundador do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica.

Títulos recebidos: Cidadão Guarabirense, Cidadão Benemérito de Itatuba, Cidadão Itabaianense, Cidadão Campinense.

Livros publicados: Itabaiana, sua história, suas memórias: 1500-1975, 1977;  Caminhos da Paraíba, 1978; Do alto da serra (Discurso), 1979; No Vale do Mamanguape, 1981; Flavio Ribeiro Coutinho: História de uma vida e de uma época (1882/1963; Francisco Edward Aguiar (Biografia), 1982; Superstições: 1932-1935-1936, 1983; Em Santa Catarina: 1931, 1984;Tribunal Regional da Justiça Eleitoral do Estado da Paraíba: Pareceres 1934-1935-1936-1937, 1984; Crônicas e Comentários: 1917-1977, 1988; Sapé – sua história, suas memórias (1883-1985).

Sabiniano Maia ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 18 de março de 1972.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

MAIA, Sabiniano. Sapé – sua história, suas memórias (1883-1985), João Pessoa, 1985.

 

 

 

NIVALSON MIRANDA

Atual ocupante

 

NIVALSON Fernandes de MIRANDA nasceu na capital do Estado, no dia 1º de fevereiro de 1927; filho de Antônio Bandeira de Miranda e Dª. Ana Severina Fernandes de Miranda.

Estudou no Recife na Escola “Amauri de Medeiros” e no Colégio Padre Azevedo; retornando a João Pessoa, cursou a antiga Escola Industrial, concluindo o curso profissional em 1940. Para ingressar na Universidade, matriculou-se no Liceu Paraibano, onde concluiu o curso científico, em 1959. Aprovado no vestibular do ano seguinte, freqüentou a Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal da Paraíba, onde se titulou em 1963.

É possuidor também de diploma expedido pela Faculdade de Farmácia Química de São Paulo, 1973; fez curso de Extensão na Universidade de Minas Gerais (1964), em Laboratório de Análises Químicas; fez curso sobre “Diagnóstico de Doenças Venéreas” na USP, São Paulo, 1967; fez estágio no Laboratório de Toxicologia Forense do Instituto Médico-Legal de São Paulo, 1967; tem cursos de Imunologia e Sorologia, Cromatrografia e Eletroforese, Hematologia e especializou-se em “fabricação de produtos imunoterápicos”, no Instituto Butantã, São Paulo, 1970.

Ingressou na Universidade Federal da Paraíba, por concurso, em 1964, tendo lecionado a disciplina Física Industrial Farmacêutica, do Centro de Ciências Farmacêuticas, aposentando-se como professor titular em 1993.

Dotado de sensibilidade artística, o professor Nivalson dedicou-se a trabalhos em cerâmica, azulejo vitrificado, xilogravura e desenhos a bico de pena. Suas exposições iconográficas realizadas nesta capital e em outros Estados granjearam-lhe notoriedade nacional. Na Paraíba, em Pernambuco e no Rio de Janeiro apresentou com êxito trabalhos iconográficos sobre a viagem de Hans Staden pelo Brasil, exposição que foi apresentada na Alemanha.

Em viagem pelo sertão paraibano, fotografou importantes equipamentos históricos e turísticos, transformados em gravuras a bico de pena, que após exposição na Fundação Espaço Cultural a Universidade Federal da Paraíba incluiu em um álbum com o título “Sertão Histórico Monumental”.

Especialista em Heráldica, Nivalson Miranda pertence ao Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, tendo ingressado no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 10 de maio de 1996, ocasião em que recebeu a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ do associado.

 

 

 

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CADEIRA Nº. 33

PATRONO: ELIAS HERCKMANS

FUNDADOR: MAURÍLIO ALMEIDA

OCUPANTE: HUMBERTO FONSÊCA DE LUCENA

 

ELIAS HERCKMANS

PATRONO

 

ELIAS HERCKMANS, naturalista holandês, chegou ao Brasil no século XVII, integrante do grupo de artistas e de sábios trazidos por Maurício de Nassau; foi governador da Província da Paraíba entre 1636 e 1639, em substituição a Ippo Eyssens, que morrera durante um combate, em 14 de outubro de 1636.

Em 1641, Elias Herckmans comandou uma expedição composta de mais de cem homens, que, partindo do Recife, adentrou no interior do Estado de Pernambuco em busca de ouro. Após dois meses de uma viagem cansativa e improdutiva, tendo em vista a precariedade da região inóspita, os seus companheiros recusaram-se a prosseguir na busca infrutífera e convenceram-no a retornar ao ponto de partida.

Conhecedor da região, bom observador, memória invejável, isso tudo aliado aos conhecimentos gerais que detinha, Elias Herckmans escreveu, em 1639, A descrição geral da capitania da Parahyba, que só veio a lume, em forma de livro, no ano de 1982, numa edição atualizada e com notas explicativas, num trabalho dos historiadores Wellington Aguiar e Marcus Odilon Ribeiro Coutinho.  Em 1911, a obra de Elias Herckmans foi transcrita no Almanaque da Paraíba, exatamente 272 anos após a sua execução. Esse trabalho foi impresso pela primeira vez, em 1869, na Crônica do Instituto de Utrecht; Em 1887, o Instituto Arqueológico de Pernambuco o inseriu em sua Revista e, em 1964, foi reproduzido pela Revista da Faculdade de Filosofia da Paraíba (FAFI).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BITTENCOURT, Liberato. Homens do Brasil, vol. II, PARAHYBA, Parahybanos ilustres. Gomes Ferreira, Rio, 1914.

HERCKMANS, Elias. Descrição Geral da Capitania da Parahyba, apresentação e atualização ortográfica de Wellington Aguiar. Notas de Marcus Odilon Ribeiro Coutinho, João Pessoa 1982.

 

MAURÍLIO ALMEIDA

FUNDADOR

 

MAURÍLIO Augusto de ALMEIDA nasceu no dia 8 de junho de 1926, na cidade de Bananeiras, Paraíba, filho de Pedro Augusto de Almeida e Dª. Maria Eulina Rocha de Almeida. Faleceu em João Pessoa no dia 14 de junho de 1988.

Estudou em casa com professores particulares contratados pelo pai, como era costume das famílias mais abastadas da época. Deslocou-se depois para o Recife, fazendo o ginasial e o curso colegial no Colégio Nóbrega, daquela cidade. Em seguida, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco, diplomando-se em 1950. Especializou-se em Patologia Clínica. Posteriormente, fez estágios em laboratórios das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.

Fixando-se em João Pessoa, o Dr. Maurílio desempenhava as suas atividades médicas com dedicação e competência; era diretor proprietário de uma das mais modernas clínicas de João Pessoa, com várias filiais espalhadas em diferentes bairros da capital, e que ainda hoje servem de ponto de referência aos que procuram bons serviços laboratoriais.

Era professor catedrático e fundador da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba, tendo recebido o título de Professor Emérito; lecionou na Escola de Enfermagem Santa Emília de Rodat, em João Pessoa. Era membro de várias entidades médicas: Sociedade de Medicina e Cirurgia da Paraíba; Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia; Sociedade Brasileira de Patologia Clínica; Sociedade Brasileira de Bacteriologia; Sociedade Brasileira de Endocrinologia; e Sociedade Interamericana de Patologia.

Foi sócio fundador do Lions Club de João Pessoa, ocupando a presidência por duas vezes e sendo agraciado com várias medalhas.

Pessoa de prestígio na sociedade paraibana, participava ativamente das promoções sócio-culturais da cidade, sendo associado dos principais clubes pessoenses, de Campina Grande e do Recife. Porte fidalgo, conversa fluente, despretensioso, Dr. Maurílio foi um solteirão que confessava não sentir solidão.

Manteve uma vida bastante ativa, dividida entre a medicina – sua paixão –, a literatura e o campo. Deixou uma das mais bem organizadas bibliotecas particulares, com um acervo de mais de 50 mil volumes catalogados, que seus descendentes estão transformando numa Fundação.

Gostava de natação, cavalgar e caçar, o que sempre fazia em sua fazenda. Era presidente da Associação dos Criadores do Estado da Paraíba e sócio da Sociedade Brasileira de Criadores de Santa Gertrudes.

Tanto na área cultural como na profissional, foi contemplado com inúmeras homenagens, principalmente dos seus alunos. Participou de bancas examinadoras da UFPB, pronunciou discursos e conferências. Era membro de diversas entidades culturais: Academia Paraibana de Letras, Sociedade Brasileira de Escritores Médicos, membro fundador da Academia Nordestina de Letras e Artes; membro efetivo da Academia Brasileira de História; sócio fundador da Academia Paraibana de Medicina; sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte; sócio correspondente da Academia de Letras do Rio Grande do Sul. Como títulos honoríficos, foram-lhe outorgados o diploma de Comendador da Legião do Mérito “Presidente Antônio Carlos”, de Minas Gerais; Medalha “Amigo da Marinha de Guerra do Brasil” e placa de Honra ao Mérito na VI Noite da Cultura/Paraíba, concedida pelo Conselho Estadual de Cultura.

Maurílio Almeida deixou vários trabalhos sobre sua especialidade, destacando-se os seguintes: Contribuição ao estudo do balantidiy Colli; As dosagens do cálcio, fósforo e fosfatoses em pacientes portadores de tuberculose; Considerações em torno de um caso de shistomose vesicular; Valor da cardiopilina  no diagnóstico da sífilis; Dosagem de fosfatose prostática no soro sanguíneo; Aplasia medular latrogênica na infância; Estudos das transaminases em pacientes de forma torémica da shistomose mansônica; Determinação do hematocrítico – estudo comparativo pelo micro Witrob e coulter; Anemia falciforme, estudo comparativo, pelo micro  Witrob e couter; Anemia falciforme; Anemia falciforme – estudos de quatro casos; Valor da proteína C reativa no diagnóstico do infarto do miocárdio; Diagnóstico da amebíase pela Hematoxilina férrica.

Também, como historiador e beletrista, deixou publicadas várias obras importantes, dentre elas: Presença de D. Pedro II na Paraíba (duas edições); Diogo Velho em síntese – Diogo Cavalcanti de Albuquerque – Visconde de Cavalcanti; O Barão de Araruna e sua prole; Discurso de Paraninfo (biblioteconomistas de 1976); Por Amor e Gratidão; Cadeira 07 (Discurso de posse na Academia Paraibana de Letras); Oração ao livro; No tempo brasileiro de D. João VI; Seis as Pétalas de Rosas, 1990; Rodolfo Garcia: a história de sua vida na vida de História, 1991; Lembrando Pedro Augusto de Almeida no seu centenário, 1994.

Maurílio de Almeida ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 8 de junho de 1977, e foi saudado pelo consócio José Fernandes de Lima.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Curriculum vitæ do associado.

Arquivo do IHGP.

 



HUMBERTO FONSÊCA DE LUCENA

Atual ocupante

 


HUMBERTO FONSÊCA DE LUCENA nasceu na cidade de Araruna a 30 de novembro de 1941. É filho do farmacêutico Severino Cabral de Lucena e de Dª. Maria das Dores Fonsêca de Lucena. É casado com a Dra. Carmem Marques de Lucena, de cuja união tem os filhos Rubens, Eduardo e Sérgio.

Fez o curso primário no Grupo Escolar “Targino Pereira” em sua terra natal, e o curso ginasial no Ginásio “Lins de Vasconcelos”, na capital do Estado. O curso científico foi realizado no Colégio Pio X e graduou-se em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal da Paraíba, em 1967. Em São Paulo, fez curso de Pós-Graduação em nível de especialização no Departamento de Bioquímica da Faculdade de Medicina da USP, e aperfeiçoamento em técnicas no processo Ensino Aprendizado, também na Universidade de São Paulo.

Após o curso de Especialização, ingressou na Universidade Federal da Paraíba como Professor Auxiliar de Ensino da Cadeira de Bioquímica e, desde 1987, é Professor Adjunto daquela cadeira.

Já exerceu várias atividades administrativas, destacando-se entre elas a de Chefe do Departamento de Biologia do Centro de Ciências Exatas e da Natureza da UFPB, também ocupando a vice-presidência daquele centro.

Além de sua atividade no magistério em sua especialidade, é um pesquisador da história da região onde nasceu, além de se dedicar ao setor biográfico, pertencendo ao Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica.

Por seus trabalhos, recebeu do Conselho Estadual de Cultura um título de Menção Honrosa. Atualmente é membro daquele Conselho.

Dentre as publicações de sua autoria, citamos: Araruna (Anotações para a sua história), 1985; Memória de uma Farmácia – Subsídio para a História de Araruna, 1991; Dr. Mariano Barbosa – um sacerdote da Medicina, 1992; A. J. Pereira da Silva – Primeiro paraibano na Academia Brasileira de Letras, 1993; O Velho Mercado de Araruna e seus arredores, 1996; Araruna – 120 Anos, in A União, 1996; Tacima – um nome de três séculos, 1998; A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Serra de Araruna, 2000; Da Lagoa da Serra à Barragem de Canafístula, 2001; AMPB – Associação dos Magistrados da Paraíba (1958-2003) – Uma trajetória de 45 anos, 2003; As Raízes do Ensino em Araruna, 2005.

Humberto Fonsêca ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 19 de fevereiro de 1999, sendo saudado pelo historiador Deusdedit de Vasconcelos Leitão. Atualmente exerce o cargo de 2º Secretário.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ do associado.


Veja mais sobre Humberto Fonseca

 

 

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CADEIRA Nº. 34

PATRONO: IGNEZ MARIZ

FUNDADORA: TERESINHA PORDEUS

 

IGNEZ MARIZ

PATRONO

 

Maria IGNEZ Marques MARIZ nasceu na cidade de Sousa, Paraíba, no dia 26 de dezembro de 1905. Era filha do Dr. Antônio Marques da Silva Mariz e de Dª. Maria Emília Marques Mariz. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1952.

Estudou os primeiros anos escolares na cidade natal e fez o curso de Pedagogia no Colégio Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa. Desde cedo demonstrou que seguiria um caminho diferente das demais mulheres da sua época. Muito criança começou a ajudar Dr. Silva Mariz, como era conhecido o seu pai (chefe político, médico e rábula), na difícil missão de liderar um povo sofrido.

Aos dezoito anos começou a colaborar em jornais e revistas do alto sertão. Na década de 30 iniciou a “Campanha Pró-Bibliotecas Municipais”, sentindo-se realizada com essa iniciativa. Em 1937, Ignez publicou, pela José Olympio, o romance A Barragem, que a projetou nacionalmente e foi muito bem aceito pela crítica sulista.

Fixou residência no Rio de Janeiro, onde passou a colaborar em jornais e revistas, com destaque na revista Eu Sei Tudo, com as reportagens Revelando o Brasil para os Brasileiros. Preocupou-se com a educação sexual infantil e escreveu uma monografia intitulada O que leva a curiosidade infantil insatisfeita, recebendo, por esse trabalho, o prêmio “José de Albuquerque”, do Círculo Brasileiro de Educação Social.

Era uma criatura que vivia além do seu tempo, “uma mulher independente, socializante e feministas”, no dizer do jornalista Evandro Nóbrega. Deixou um romance inacabado – Tresloucado Gesto e um livro de contos – Roma.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MARIZ, Ignez. Mensagem à Paraíba. Rio de Janeiro, Cia. Editora Americana, 1945.

GADELHA, Julieta Pordeus. Antes que ninguém conte, João Pessoa, A União, 1986.

NÓBREGA, Evandro. Prefácio de A Barragem, 2ª. edição, João Pessoa, A União Cia. Editora, 1994.

Arquivos particulares de Marcílio Mariz Melo e Luiz Guimarães.

 


TERESINHA PORDEUS

FUNDADORA

 

TERESINHA de Jesus Ramalho PORDEUS na cidade de Teixeira, no dia 4 de agosto de 1929, filha de José Alves Ramalho e Dª. Maria Soledade Pordeus Ramalho. É viúva do funcionário federal Ernesto Pordeus, de cuja união tem uma filha: Telma.

Seus primeiros estudos foram iniciados em Piancó, continuando em vários municípios do Estado, uma vez que sua família vivia sempre se deslocando em virtude do seu pai exercer a função de coletor estadual, sujeito aos humores dos políticos.

Seus cursos primário e secundário foram feitos no Colégio Cristo Rei, de Patos, tendo cursado a Escola Técnica de Campina Grande. Ingressou na Universidade Federal da Paraíba, tendo se titulado em História, com Licenciatura Plena, em 1974. É possuidora dos cursos de: Aperfeiçoamento sobre História Colonial da Paraíba; Atualização Didática de História e Geografia (UFPB); Atualização para Docentes de Nível Universitário (Ministério da Educação); Segurança Nacional e Desenvolvimento (ADESG/PB); Arte Barroca (IHGP); História e Geografia do Nordeste (UFPB).

Ingressando no magistério, lecionou História no Liceu Paraibano, Escola de Professores, no Colégio Pio X, Centro de Recursos Humanos, Centro de Aperfeiçoamento de Alagoa Grande, Sapé e Sousa. Durante alguns anos foi pesquisadora na UFPB, na área de História.

Pertence à Associação Paraibana de Imprensa e ao Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica.

Trabalhos publicados, além dos inúmeros artigos na Revista do IHGP: História da Paraíba na Sala de Aula, 1ª. edição, Secretaria da Educação e Cultura da Paraíba, 1977; 2ª. Edição, Editora Universitária, 1978; A Participação da Mulher na História da Paraíba, in Revista “Paraíba de Ontem e de Hoje”; A Segunda Conquista da Paraíba: O Sertão, ANCAR/PB; A Ruptura do sistema latifundiário teixeirense sob a ação do Vigário Bernardo, in Revista “A Igreja e a Questão Agrária no Nordeste”; Estudos e Debates Latino-Americanos, Edições Paulinas; História da Paraíba na Sala de Aula, 3ª. edição, 2003.

Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano a 10 de setembro de 1978 e possui a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, que lhe foi outorgada pelo IHGP.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Curriculum vitæ da associada.

Arquivo do IHGP.

 

 

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CADEIRA Nº. 35

PATRONO: EUDES BARROS

FUNDADOR: AURÉLIO ALBUQUERQUE

OCUPANTE: ALTAMIR MILANEZ

 

EUDES BARROS

PATRONO

 

EUDES de Luna Freire Correia de BARROS nasceu no dia 1º de janeiro de 1905, em Alagoa Nova, Paraíba, filho de Alfredo Correia de Barros e de Pia Luna Freire. Faleceu no Rio de Janeiro no ano de 1975.

Eudes Barros deixou Alagoa Nova e fixou-se na capital do Estado. Logo cedo demonstrava aptidão para as letras, passando a atuar nos jornais da capital e a integrar os grupos intelectuais da terra. Aos 17 anos iniciava a publicação dos seus escritos nos jornais, os quais tiveram boa aceitação pelo público leitor.

Jornalista profissional, competente e dedicado ao trabalho, por muito tempo Eudes Barros foi redator chefe de A União, onde mantinha uma coluna diária. Foi diretor do jornal O Norte e A Rua, publicando também artigos na Revista do IHGP.

Transferiu-se para Recife. Lá, trabalhou como redator do Diário da Manhã e no Diário da Tarde, integrando, posteriormente, os Diários Associados, colaborando no Diário de Pernambuco. Mais tarde, seguiu para o Rio de Janeiro. Instalado na capital da República, Eudes Barros passou a conviver com os velhos casarões históricos, com a belíssima paisagem carioca que ele muito admirava e deixava-se envolver, sendo motivo de reflexão. Militando na imprensa do Rio, trabalhou como redator da Agência Nacional; Assessor da Associação Comercial e redator chefe da Revista Comercial, quando teve oportunidade de escrever o livro A Associação Comercial no Império e na República.

Deixou publicados: Cânticos da terra jovem; Fontes e pauis; Dezessete, (Romance); Eles sonharam com a liberdade; O fenômeno estético de Carlos Dias Fernandes; O Lírio e o Cabaret; A poesia de Augusto dos Anjos; Sacrifício; Sadi e Ágaba; A Paraíba e a Independência; Repercussão na Paraíba da Revolução Praieira.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MAIA, Sabiniano. Crônicas e Comentários (1917-1977), João Pessoa, 1980.

PINTO, Altamir Cleto Milanez. O apologista da liberdade (discurso de posse no IHGP), João Pessoa, 1982.

 

AURÉLIO ALBUQUERQUE

FUNDADOR

 

AURÉLIO Moreno de ALBUQUERQUE nasceu no dia 27 de novembro de 1912, na cidade de Areia, e faleceu em João Pessoa no dia 9 de julho de 1981; era filho de Aureliano Camelo de Albuquerque e Dª. Santina Moreno de Albuquerque. Casado com Dª. Lícia de Almeida Albuquerque, não deixou filhos.

Fez o curso primário em Areia na escola do professor Leônidas Santiago, estudando depois em João Pessoa, no Colégio Pio X e no Liceu Paraibano. Formou-se professor primário na Escola Normal Oficial do Estado; cursou alguns anos de Odontologia, mas logo desistiu e ingressou na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1937. Posteriormente, graduou-se em Filosofia, Geografia e História, pela Universidade Federal da Paraíba. Foi professor do Curso Elementar em Alagoa do Monteiro e no Grupo Escolar “Abel da Silva”, de Ingá, exercendo, também, a direção daquela escola.

Na capital do Estado lecionou no Colégio Estadual, na Escola Industrial, na Faculdade de Ciências Econômicas e na Universidade Federal da Paraíba.

Foi Promotor Público das Comarcas de São João do Cariri, Bananeiras, Itabaiana, Santa Rita, Campina Grande e João Pessoa. Em 1982, foi nomeado desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, onde ocupou a presidência da Câmara Criminal de Justiça, por duas vezes.

Ingressou no jornalismo nos idos de 1930. Inicialmente, como colaborador do jornalzinho editado pelo Grêmio 24 de março, no Liceu; depois, em A Imprensa e em A União. No jornal A União, ele assinava uma coluna diária, intitulada “Flagrantes”, passando depois a ser publicada no Correio da Paraíba e em O Norte. Eventualmente, publicava artigos no Diário de Pernambuco.

Era membro da Academia Paraibana de Letras, tendo exercido a sua presidência, fazendo uma profícua administração.

Deixou publicado: Justiça e Vida, 1977; Areia, seu passado, seu presente, 1925; O areiense Joaquim da Silva, 1977; Sobretudo um homem de bem, 1973.

Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 20 de outubro de 1978.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALBUQUERQUE, Aurélio. Passagens, Pessoas e Cidades, João Pessoa, 1981 (Coletânea de crônicas organizada por Dª. Lícia, após o seu falecimento).

 

ALTAMIR MILANEZ

Atual ocupante

 

ALTAMIR Cleto MILANEZ Pinto nasceu no dia 17 de setembro de 1936, na cidade de Mamanguape, Paraíba, filho de Alfredo da Silva Pinto e Cely Milanez Pinto. É casado com Rosires Menezes Milanez.

Fez o curso primário no Grupo Escolar “Isabel Maria das Neves”, em João Pessoa, onde também se preparou para ingresso no curso de humanidades do Seminário Arquidiocesano da Paraíba, estudando aí durante quatro anos; fez o curso clássico no Liceu Paraibano. Em seguida, aprovado no vestibular, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife, para onde fora impelido pelo trabalho, como funcionário do Banco do Nordeste do Brasil. Formado, ingressou na magistratura com a nomeação para Juiz Substituto de João Pessoa, passando, depois, a Juiz titular das Comarcas de Cuité, Pirpirituba, Alagoa Nova, Piancó, Cruz do Espírito Santo e Campina Grande. Em Campina Grande, ocupou a 2ª. Vara da Fazenda Pública (3ª. Entrância), função na qual se aposentou.

Mantém em atividade seu escritório de advocacia na capital do Estado.

Trabalhos publicados: Evolução Democrática; O Apologista da liberdade; A Conquista da Paraíba; A Proclamação da República; A liberdade de imprensa, além de vários artigos publicados em jornais e na Revista do IHGP.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Arquivo do IHGP.

 

 

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CADEIRA Nº. 36

PATRONO: CLÓVIS LIMA

FUNDADOR: DOMINGOS AZEVEDO

 

CLÓVIS LIMA

PATRONO

 

CLÓVIS dos Santos LIMA nasceu no dia 25 de janeiro de 1908, na cidade de Serraria, Paraíba, e faleceu em João Pessoa no dia 15 de outubro de 1974. Era filho de Elvídio Duarte dos Santos Lima e  Dª. Maria Júlia dos Santos Lima. Era casado com Maria Siqueira Lima, tendo deixado dois filhos: Roberto e Vitória.

Estudou em escolas de Serraria e no Instituto Bananeirense, tradicional educandário da cidade de Bananeiras. Mais tarde, veio para a capital do Estado, matriculando-se no Colégio Diocesano Pio X e no Liceu Paraibano, iniciando aí o curso secundário que fora concluir no Ginásio Pernambucano, no Recife, onde também se bacharelou em Direito na tradicional Escola do Recife.

Formado, tornou à Paraíba e iniciou sua vida profissional. Exerceu os cargos de Promotor Público das Comarcas de Princesa Isabel, Mamanguape, Santa Rita e João Pessoa; Delegado da Ordem Política e Social; Chefe de Polícia do Estado; Secretário do Interior, interino; Secretário da Agricultura; Presidente da Junta de Conciliação e Julgamento de João Pessoa, de 1941 a 1959, quando foi promovido, por merecimento, para o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª. Região, no Recife, como Juiz Togado.

Clóvis Lima foi o introdutor do Ensino Superior na Paraíba. Foi ele quem providenciou e ofereceu ao Governador José Américo de Almeida os subsídios necessários à execução do projeto para a implantação de uma Universidade na Paraíba; foi fundador e primeiro diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da Paraíba, lecionando nessa instituição as cadeiras de Geografia Econômica e Legislação Social; foi professor-fundador da Faculdade de Direito, onde preencheu a cadeira de Direito do Trabalho. Na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal, lecionou Geografia Humana.

Era membro da Academia Paraibana de Letras, onde exerceu a Presidência sucedendo o acadêmico Oscar de Castro, tendo renunciado o cargo em 1973, por não ter sido atendido nos seus pleitos junto ao Governo do Estado. Era sócio do Instituto de Direito Social de São Paulo; membro titular do Instituto Latino-Americano de Direito do Trabalho e Previdência Social; membro de La Societé de Geographie de Paris. Foi agraciado com as medalhas comemorativas do centenário de nascimento de Rui Barbosa e dos 430 anos da Cidade do Recife e com a medalha La Cité Carcassone-França, conferida pela Sociedade de Geografia de Paris. Recebeu o título de Cidadão de João Pessoa, Recife, Penedo, Maceió e Catende.

Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 25 de maio de 1945, tendo exercido a Presidência do IHGP por 13 anos e mais três como Vice-Presidente. Seu principal feito foi a construção da sede própria do Instituto.

Além dos inúmeros trabalhos publicados em Revistas do Tribunal do Trabalho, do IHGP e da APL, na imprensa do Norte e Nordeste do País, Clóvis Lima deixou uma vasta bibliografia: João Domingues dos Santos – pesquisador e homem de inteligência, 1945; Êxodo dos Trabalhadores Rurais, 1946; O Ensino Comercial na Paraíba, 1948; Episódios e aspectos do domínio colonial holandês na Paraíba, 1948; O Ensino Comercial na Paraíba – História de uma Escola, 1948; Julgados Trabalhistas na inferior instância, 1953; O Polígono das Secas – Espaço Econômico; As Itacoatiaras do Ingá; O sentido da Universidade; O juazeiro da caatinga nordestina; Albino Meira – estudo biográfico; Estabilidade e Fundo de Garantia por tempo de serviço (separata da Revista do Tribunal da 6º. Região); O prévio depósito da condenação como condição para recorrer (separata da Revista do TRT da 6ª. Região).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALMEIDA, Horácio de. Contribuição para uma bibliografia paraibana, Rio, 1972.

ANDRADE, José Lopes de. Discurso de recepção, in Albino Meira – Cadeira 3, João Pessoa, 1964.

CRISPIM, Luiz Augusto. Discurso de posse, in Revista da APL, nº. 9, João Pessoa, 1984.

GUIMARÃES, Luiz Hugo. História do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, João Pessoa, Editora Universitária, 1998.

Revista do IHGP, vol. 21, João Pessoa, 1978.

 

DOMINGOS AZEVEDO

Atual ocupante

 

DOMINGOS de AZEVEDO Ribeiro, natural de Pirpirituba, Paraíba, filho de Pedro Ribeiro Cavalcanti e Maria de Azevedo Ribeiro, nasceu no dia 18 de agosto de 1921. É casado com Dª. Maria Célia da Cunha Ribeiro e tem sete filhos: Elmano, Eliane, Selma, Roberto, Tânia e Domingos Filho.

Domingos de Azevedo estudou no Liceu Paraibano, onde iniciou suas atividades literárias e musicais. Por esse tempo tornou-se amigo do musicólogo Mário de Andrade, que o estimulou a estudar a música paraibana, pois, já via no jovem estudante um musicista de valor. Domingos Azevedo, que já trazia consigo a vocação para a musica, com o incentivo de Mário de Andrade decidiu aprofundar seu conhecimento e começou o incansável trabalho de pesquisa, o que lhe valeu a coleta de farto material que ele doou à Fundação Espaço Cultural, encontrando-se à disposição do público no Centro de Documentação e Pesquisa Musical “José Siqueira”, coordenado por ele, naquela Fundação.

Ainda estudante, no Liceu, foi secretário do Grêmio Literário “Castro Alves”; secretário do Grêmio “Augusto dos Anjos”; membro do Centro Aviatório “Santos Dumont” e do Centro do Estudante da Paraíba; participou do Coral Carlos Gomes e do Coral Vila Lobos, este dirigido por Gazzi de Sá.

De 1967 a 1981, exerceu a função de Juiz Classista da 1ª. Junta de Conciliação e Julgamento de João Pessoa. Dirigiu a Orquestra Sinfônica da Paraíba, de 1952 a 1965; foi fundador e primeiro presidente da Orquestra de Câmara de João Pessoa; foi um dos fundadores do Conservatório de Música e Coordenador de Música da Secretaria de Educação e Cultura do Estado. É membro da Sociedade de Cultura Musical da Paraíba; membro da Sociedade Brasileira de Museologia, sediado em São Paulo; Vice-diretor do Centro Nordestino de Pesquisa e Musicologia, com sede no Recife. Pertence aos quadros da Associação Paraibana de Imprensa (API) e da Academia Brasileira de História; é Vice-Presidente da Academia de Letras Municipais do Brasil, Secção da Paraíba e membro do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, do qual foi seu Presidente. É sócio correspondente do Colégio Brasileiro de Genealogia (Rio), da Academia de Letras de Campina Grande, do Instituto Histórico do Rio Grande do Norte e do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano Foi eleito primeiro Presidente da Academia Paraibana de Música, recém-criada recentemente.

Domingos Azevedo foi o organizador do I Congresso de Música do Nordeste, realizado em 1949. É autor de mais de 30 livros, entre os quais destacamos: João Pessoa e a Música; Colégio Nossa Senhora das Neves, 1976; Hinos da Paraíba (Patos – Pombal – Cajazeiras), 1976; Hinos da Paraíba (João Pessoa – Campina Grande), 1976 Gazzi de Sá, 1977; Discurso de posse no IHGP, 1979; Hino do Estado da Paraíba, 1979; O Músico João Eduardo, 1981; Pedro Américo e a Música, 1982; Coriolano de Medeiros e a Música (separata da Revista do IHGP, vol. 23), 1982; A música em Augusto dos Anjos, 1984; Hymno da Redempção (fac-símile oferecido por Abdon Milanez à Princesa Regente), 1988; Areia e sua Música, 1992; Pastoris Religioso e Profano, 1993; Crônicas do Cotidiano, vol. I, 1993; Club Symphonico da Parahyba, 1994; Cartilha Sinfônica, 1995; Cinqüentenário da Orquestra Sinfônica, 1995; Horácio de Almeida – O Escritor entre a Memória e a História, 1996; Canções Natalinas, 1996; Antônio Guedes Barbosa, 1997; Caderno de Música, nº.s 1 e 2, 1997; A Música na História da Paraíba, 1997; Crônicas do Cotidiano, vol. II, 1998; Monsenhor Ruy Vieira: A Saga de um grande vulto, 1999; Música ligada à História, 2000; Mestres de Bandas, vol. 6, 2000; Música Gregoriana e Religiosa da Igreja do Rosário, 2000; Clóvis dos Santos Lima, 2000; O Areiense Joaquim da Silva, 2001; Maximiano de Figueiredo, 2001; Tomas Santa Rosa, o Polivalente, 2004.

Domingos de Azevedo Ribeiro ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 22 de agosto de 1978, sendo saudado pelo historiador Afonso Pereira da Silva. No Instituto ocupou vários cargos da Diretoria, tendo exercido a Presidência interinamente. Recebeu a Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

LIRA, Anice Brito. O fundador da literatura paraibana. Artigo publicado no jornal o Norte.

RAMOS, Adauto. Domingos de Azevedo Ribeirosua genealogia, in Revista do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, Ano 1, 1991.

GUIMARÃES, Luiz Hugo.  Domingos de Azevedo e Ribeiro - Historiador e Musicólogo, 2001.

 

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