Fundado em 7 de setembro de 1905 Declarado de Utilidade Pública pela Lei no 317, de 1909 CGC 09.249.830/0001-21 - Fone: 0xx83 3222-0513 CEP 58.013-080 - Rua Barão do Abiaí, 64 - João Pessoa-Paraíba |
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CADEIRA Nº. 24
PATRONO:
IRINEU PINTO
FUNDADOR:
JOACIL PEREIRA
IRINEU PINTO
PATRONO
IRINEU Ferreira PINTO nasceu na capital do Estado da Paraíba no dia 7
de abril de 1881 e faleceu na mesma cidade, em 27 de março de 1918, deixando
viúva a senhora Marcionila Figueiredo Pinto, com três filhos: Iremar, Ivone e
Piragibe.
Era filho de Francisco Ferreira Pinto e Bernardina Ferreira Pinto. Aos
oito anos ficou órgão de pai, passando aos cuidados da avó paterna, que o levou
para morar em sua companhia no sítio Barreiras, atual município de Bayeux, onde
viveu a infância e iniciou os estudos primários. Freqüentou o Liceu Paraibano,
pretendendo seguir a carreira jurídica. Por falta de meios foi impedido de
ingressar na Faculdade de Direito do Recife, começando a trabalhar logo cedo
para ajudar no orçamento doméstico, exercendo a função de amanuense nos Correios
e Telégrafos. Não se descuidou, porém, dos estudos. Dedicou-se à pesquisa
histórica e literária; fundou o Clube Benjamin Constant, núcleo literário
integrado pela elite intelectual da Província. Colaborava nos jornais,
publicando crônicas, sonetos e trovas.
Foi sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, onde
exerceu os cargos de Secretário e Bibliotecário, e integrou a Comissão
responsável pela elaboração dos Estatutos da entidade.
Era sócio honorário do Centro de Ciências e Letras de Campinas (SP);
dos Institutos Históricos da Bahia e de Alagoas; da Sociedade de Geografia de
Lisboa; da Real Academia de Arqueologia da Bélgica, entre outras associações congêneres.
Recebeu Medalha de Ouro da Sociedade de História de Paris e uma
Medalha de Bronze pela Exposição de Turim.
Trabalhos publicados: Datas e
Notas para a História da Paraíba, em 1909; O Cólera-Morbus na Paraíba, 1910; Resenha dos Trabalhos Científicos, 1910; A Igreja do colégio; 1910; A
instrução pública na Paraíba, 1910; A
Paraíba de Lira Tavares, 1910; A
Abdicação, 1912; Notas para a
história da Ordem 3ª. de Nossa Senhora do Carmo, 1912; Sobre o XVII Congresso de Americanistas, 1912; Assuntos bibliográficos; Heroísmo
de Cabedelo; Capela do Senhor do Bom
Jesus; A Bahia e o V Congresso de
Geografia; Documentos para a
bibliografia de Pedro Américo.
Publicou inúmeros artigos nos jornais A União, O Norte e o Comércio, da Paraíba. Alguns trabalhos
publicados em jornais e revistas: Partindo,
crônicas; A Volta ao Trabalho, poema;
Gênesis, crônica; Ao desconhecido, crônica. O IHGP é
conhecido como a “Casa de Irineu Pinto”, nome também dado à Biblioteca do
Instituto.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
ALBUQUERQUE,
Durval. Irineu Pinto, in Revista da
APL, nº. 5, 1949.
GUIMARÃES,
Luiz Hugo. Irineu Ferreira Pinto,
vol. 14, da Coleção Historiadores Paraibanos, editada pelo IHGP. João Pessoa,
2002.
PINTO,
Piragibe. Irineu Pinto – Sua vida – Sua
obra, João Pessoa, 1980.
JOACIL PEREIRA
Atual
ocupante
JOACIL de Britto PEREIRA nasceu no dia 13 de fevereiro de 1923, em
Caicó, Estado do Rio Grande do Norte, filho de Francisco Clementino Pereira e
Dª. Isabel de Brito Pereira. É casado com Dra. Nely Santiago Pereira, nascendo
dessa união oito filhos: Isabel Cristina, Eitel, Joacil, Augusto Sérgio,
Amneres, Francisco José, Nely e Rodrigo.
Em 1930, logo após a Revolução, os seus pais deixaram o sertão do Rio
Grande do Norte e fixaram-se em João Pessoa.
Ele contava sete anos. Aqui estudou, fez o curso primário no Colégio
“José Bonifácio” e iniciou o ginasial no Liceu Paraibano, prosseguindo em Garanhuns,
Pernambuco. Retornou a João Pessoa e concluiu o secundário no Liceu, onde
fundou, com alguns colegas, o Teatro do Estudante, destacando-se como diretor e
ator da peça Se o Anacleto falasse, e
em várias outras. Com o confrade Luiz Hugo Guimarães e colegas do Liceu, fundou
o Centro Cultural “Augusto dos Anjos”.
Formou-se em Direito pela Faculdade do Recife, em 1950, na turma
cognominada de a “Turma do Meio Século”, sendo o orador oficial. Pelos méritos
de estudante, foi contemplado com uma viagem a cinco países europeus.
Especializou-se em alguns ramos do Direito: Público, Constitucional,
Eleitoral, Administrativo, Fiscal e Penal, atuando, também, no magistério
superior, lecionando Finanças Públicas e Direito Judiciário Civil. Exerceu
algumas funções públicas, destacando-se: Secretário do Conselho Penitenciário;
Redator dos Anais e Debates, na Assembléia Legislativa; Juiz do Tribunal de
Justiça Desportiva da Paraíba; Secretário de Governo e Chefe da Casa Civil, no
Governo Flávio Ribeiro. Foi fundador da Escola de Engenharia, tendo sido
professor-fundador da Cadeira de Ciências das Finanças nessa escola; lecionou
também na Faculdade de Ciências Econômicas e na Faculdade de Direito.
Ingressou na política partidária, elegendo-se Deputado Estadual por
duas legislaturas, pela antiga UDN; em 1979, elegeu-se Deputado Federal pela
extinta ARENA, sendo reeleito para um segundo mandato, de 1983 a 1986,
integrando a bancada do PSD e a Comissão Interpartidária da Constituinte, sendo
o seu vice-presidente, nos anos 1985/86.
Afastado da política, voltou às atividades do magistério, aposentando-se
após 35 anos de serviços prestados à educação na Paraíba.
É membro do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica e do
Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, tendo sido seu Presidente por dois
períodos sucessivos. Pertence à Academia Paraibana de Letras, onde exerceu a
Presidência durante dois períodos sucessivos, encontrando-se no terceiro
período.
Pertence à Ordem dos Advogados do Brasil, seção da Paraíba; Academia
Campinense de Letras; Academia de Ciências Morais e Políticas (Rio); Academia
Brasileira de Letras Jurídicas (Rio); Associação
Paraibana de Imprensa; sócio
correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte;
membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro, sendo Presidente
do Núcleo da Paraíba, além de outras instituições culturais. Foi membro do
Conselho Estadual de Cultura por dois mandatos.
É condecorado com a Legião do Mérito “Presidente Antônio Carlos”, no
grau de Grande Oficial, oficializado pelo MEC, e Grande Oficial da Ordem do
Ipiranga, 1981. A Academia Brasileira de Letras condecorou-o com a Medalha
“João Ribeiro”; a Academia de Letras do Piauí condecorou-o com a Medalha
“Lucídio Freitas”; a Fundação Joaquim Nabuco outorgou-lhe a Medalha que leva o
nome daquele grande pernambucano e a Medalha do Centenário de Gilberto Freyre;
da Academia de Letras da Paraíba recebeu a Medalha “Ad imortalitatem” e do Instituto Histórico Geográfico Paraibano
recebeu a Medalha e Comenda do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”. O
Conselho Estadual de Cultura premiou-o com Menção Honrosa e de Honra ao Mérito
e a Academia Campinense de Letras conferiu-lhe o Diploma de Personalidade
Cultural.
Tem mais de 40 trabalhos publicados: O Sufrágio Universal [Direito Eleitoral], 1964; O Homem Público Afonso Campos [Biografia];
Idealismo e Realismo na obra de Maquiavel
[Ensaio], duas edições, 1970 e 1981; Novais
Júnior – Apóstolo da Justiça e da Caridade [Ensaio Biográfico], 1971; O Gentil-Homem do Sabugi (Discurso de
posse no IHGP), 1972; Um Estadista do
Império e da República (Discurso de posse na APL, 1972; Uma Vocação Política (Simeão Leal)
[Conferência], 1974; Um Título de Cidadão
(Discurso de recepção do Título de Cidadão Pessoense), 1977; De Mestre-Escola a Presidente (Conferência
em Bananeiras, no centenário de Solon de Lucena), 1979; O Voto Distrital, Câmara dos Deputados, 1979; Primeiro Ano no Parlamento, 1980; Segundo Ano no Parlamento, 1981. Terceiro Ano no Parlamento, 1982; Pena de Morte, 1981; Revisão
Constitucional, 1981; Minha Luta no
Parlamento [I], 1983; Minha Luta no
Parlamento [II], 1984; Minha Luta no
Parlamento [III], 1985; Temas de
Direito Público, 1985; Argemiro de
Figueiredo – a Oratória do seu Tempo, 1986; José Américo de Almeida – A Saga de uma vida [Biografia], 1987; Chateaubriand, o Construtor do Futuro
[Conferência], 1992; A Vida e o Tempo –
Orações, Idéias e Perfis, 1992; A
Vida e o Tempo – Memórias I, 1996; A
Vida e o Tempo – Memórias II, 1997; A
Vida e o Tempo – Memórias III, 1998; Maurílio
de Almeida – Uma figura encantadora e vivaz, 1998; Severino de Albuquerque Lucena (Conferência na passagem do centenário),
1999; José Américo de Almeida – O
Historiador (Vol. 3 da Coleção de Historiadores Paraibanos, IHGP, 1999; Civismo & Ação Pública (Discursos e
conferências), 2000; Gama e Melo
(Série Histórica da Coleção PARAÍBA – Nomes do Século), vol. 2; 2000; Horácio de Almeida (Série Histórica da
Coleção PARAIBA – Nomes do Século), vol. 5, 2000; José Flóscolo (Série Histórica da Coleção PARAÍBA – Nomes do Século),
vol. 6, 2000; Ascendino Leite (Série
Histórica da Coleção PARAIBA – Nomes do Século), vol. 25, 2000; Álvaro de Carvalho (Série Histórica da
Coleção PARAÍBA – Nomes do Século), vol. 34, 2000; Humberto Lucena (Série Histórica da Coleção PARAÍBA – Nomes do
Século), vol.45, 2000; A Execução da Pena
– A Ressocialização e a Criminologia Crítica (Discurso ao receber o Diploma
de membro honorário da Academia Brasileira de Letras Jurídicas), do Rio de
Janeiro, 2001; Odon Bezerra – Homem de
Luta e de Leras, 2001; Ascendino
Leite – Escritor Existencial [Ensaio Biográfico], 2002; Um Homem e o Destino, 2003.
Joacil de Britto Pereira ingressou no Instituto Histórico e Geográfico
Paraibano no dia 31 de maio de 1972, sendo saudado pelo jornalista Archimedes
Cavalcanti.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Curriculum vitæ elaborado pelo consócio.
GUIMARÃES,
Luiz Hugo. Joacil de Britto Pereira – 80
Anos. 2003.
PATRONO: JOÃO DE LYRA TAVARES
FUNDADOR: JOSÉ OCTÁVIO
JOÃO DE LYRA TAVARES
PATRONO
JOÃO DE LYRA TAVARES nasceu no dia 23 de novembro de 1871, na cidade
de Goiana, Estado de Pernambuco. Era casado com Dª. Rosa Amélia de Lyra
Tavares.
Criado no Rio Grande do Norte, estudou em Natal, começando aí a sua
carreira política e jornalística. Atuou na imprensa de Natal, combatendo a
escravidão e a monarquia, sob a liderança de Pedro Velho.
Veio instalar-se na Paraíba, elegendo-se deputado estadual em 1904.
Foi professor de Contabilidade do Liceu Paraibano e da Escola Normal. Pertenceu
à Guarda Nacional com a patente de tenente-coronel.
Mantendo sempre atividades intelectuais, fundou o jornal O Tempo, editou durante muitos anos o Almanaque da Paraíba. Colaborou em A Imprensa e A República.
Retornou ao Rio Grande do Norte, elegendo-se Senador. Faleceu no Rio
de Janeiro, em 28 de dezembro de 1930.
Deixou publicado: Modesta
homenagem ao Dr. Antônio Simeão dos Santos Leal, 1904; Aos meus colegas da Assembléia Legislativa, 1905; Traços biográficos do coronel Graciliano
Lordão, 1907; A Paraíba (2
vols.), 1910; Notas históricas sobre
Portugal, 1910. Apontamentos para a
História territorial da Paraíba (2 vols.), 1911; Estudo sobre a Revolução Praieira, 1911; Pleito Eleitoral – sucessão presidencial, 1912; O dia 24 de maio na história da Paraíba,
1914; Discurso pronunciado na Assembléia
Legislativa da Paraíba, 1914; A
Contabilidade, 1914; Síntese Histórica
– economia e finanças dos Estados, 1914; Discursos, 1917; Cifras e
Notas, 1925.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA,
Horácio de. Contribuição para uma
bibliografia paraibana, Rio de Janeiro, 1972.
ODILON,
Marcus. Pequeno Dicionário de Fatos e
Vultos da Paraíba, Cátedra, Rio de Janeiro, 1984.
TAVARES,
Eurivaldo Caldas. Instituto Histórico e
Geográfico Paraibano e os seus 70 anos, João Pessoa, 1975.
FUNDADOR
JOSÉ OCTÁVIO de Arruda Mello nasceu no dia 28 de março de 1940, em
João Pessoa; filho do casal Arnaldo Vieira de Mello e Otília de Arruda Mello. É
casado com Dª. Amável Maria Targino da Rocha Mello e tem um filho, Victor Raul.
Fez o curso primário e secundário em colégios de João Pessoa,
bacharelando-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal da
Paraíba. Posteriormente, graduou-se em História pela Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras da UFPB. Possui cursos de Especialização em Técnicas e
Métodos de Pesquisa Histórica, pelo Instituto de Filosofia e Ciências do Homem,
na Universidade Federal de Pernambuco, fazendo, nesta mesma universidade,
Mestrado em História. Obteve o título de doutor, em São Paulo. Ingressando no
magistério, lecionou na Universidade Federal da Paraíba, nos cursos de
Graduação e Pós-graduação de História; na Universidade Autônoma de João Pessoa
e na Fundação Francisco Mascarenhas, de Patos.
José Octávio, no decorrer de sua vida profissional, tem desempenhado
inúmeras atividades ligadas à área cultural do Estado, destacando-se:
Coordenador do Setor de Tele-educação da Paraíba; Diretor Geral de Cultura;
Diretor de Pesquisa e Programação Cultural da Fundação Casa de José Américo;
Coordenador do V Festival de Verão, realizado em Areia (1980); membro do
Conselho Estadual de Cultura; membro da Comissão Organizadora e Secretário
Executivo das Comemorações do Centenário do Presidente João Pessoa; Diretor
executivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da
Paraíba; membro da Academia Paraibana de Letras; Pesquisador bolsista do CNPq.
como integrante do Grupo de Trabalho de Análise das Eleições de 1982, na
Paraíba; membro do Conselho Deliberativo e Presidente da Comissão do IV
Centenário da Paraíba; Diretor executivo do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico do Estado da Paraíba.
Professor, jornalista, escritor e, acima de tudo, historiador, José
Octávio tem realizado conferências, simpósios, seminários e orientado alunos na
UFPB em trabalhos em nível de Monografias, para conclusão de cursos de
Especialização lato sensu (250
horas), em História do Nordeste. Já publicou trabalhos em obras coletivas,
prefaciou livros de autores renomados, colabora em jornais e revistas
especializadas, onde se encontram os seguintes trabalhos: Modernismo, regionalismo e revolução em José Lins do Rego, Tradição, realidade brasileira e liberalismo, e Joaquim
Inojosa, de Princesa à revolução de 30, in Correio das Artes; Tensão Social e Lutas Populares na Paraíba,
in Cadernos de Estudos Regionais; Revolução
de 30, autoritarismo e abertura, in Terra e Sal; Temas, autores e obras na historiografia nordestina, in Ciência e
Cultura, São Paulo.
Livros publicados: Independência,
Tempo Histórico e Nacionalidade, 1974; João
Pessoa perante a História, 1978; Geo-História
e Formação das Cidades da Paraíba, 1982; A Paraíba, das origens à urbanização, 1983; A Revolução Estatizada – Um estudo sobre a formação do Centralismo,
1984; Violência e Repressão no Nordeste
(1825/32), 1985; Uma Cidade de Quatro
Séculos [em parceria com Wellington Aguiar], 1985; O Brasil, da Primeira Guerra Mundial ao Estado Novo, 1988; A Escravidão na Paraíba: Historiografia e
História (Preconceitos e Racismo numa Produção Cultural), 1988; A República no Brasil: Ideologia, Política e
Relações Exteriores, 1990; Os coretos
no cotidiano de uma cidade (Lazer e classes sociais na capital da Paraíba, 1990;
História da Paraíba – Lutas e Resistência, 1994; História, Espaço e Historiografia na Paraíba,
1996; A Dimensão Global (Formação do
Movimento Brasileiro de 64, 1997; Guarabira:
Democracia, Urbanismo e Repressão (1945/1965, 1998. Cristianismo e Diplomacia no Brasil Contemporâneo, 1998; História da Paraíba em Fascículos (8
fascículos), 1998; O Problema do Estado
na Paraíba - Da Formação à Crise
(1930/1996), 1999; Ideologia e Espaço
Social em Órris Barbosa, 1999; Ademar
Vidal – Diversidade, Erudição e “Entusiasmo”, 1999; Samuel Duarte, 2000. Brasil –
Uma Síntese de 500 Anos (Do Descobrimento a FHC), 2000; Trajetória Política e Eleições em Argemiro
de Figueiredo, 2001; Sociedade e
Poder Político no Nordeste – O Caso da Paraíba (1945/64), 2001.
José Octávio de Arruda Mello ingressou no Instituto Histórico e
Geográfico Paraibano em 9 de novembro de 1972, tendo ocupado vários cargos na
sua Diretoria, inclusive a Vice-Presidência em 1977/80. Recebeu a Comenda do
Mérito Cultural “José Maria dos Santos”.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivo
do IHGP e da APL.
Informações
fornecidas pela senhora Amável de Arruda Mello.
CADEIRA Nº. 26
PATRONO: DIÓGENES CALDAS
FUNDADOR: EURIVALDO TAVARES
DIÓGENES CALDAS
PATRONO
DIÓGENES CALDAS nasceu no dia 6 de abril de 1886, na cidade de
Bananeiras (PB), filho do Desembargador Trajano Américo de Caldas Brandão e de
Aurélia Emília de Vasconcelos Caldas; casou-se, no dia 1º de maio de 1911, com
Maria Beatriz de Andrade Pedrosa, nascendo dessa união 11 filhos.
Iniciou os estudos em Cabaceiras e concluiu o 1º grau em Areia; fez
o curso secundário no Colégio Diocesano Pio X, na capital do Estado; em 1904,
preparou-se no Liceu Paraibano para o ingresso na Faculdade de Direito do
Recife, bacharelando-se em 1911. Faleceu no Rio de Janeiro em 31 de dezembro de
1972.
“Cristão convicto, fez-se membro da Mocidade Católica, quando fundou e
fez circular o jornal A Voz da Mocidade,
onde escrevia e fazia versos. Não ficou aí o futuro Redator de A União, colaborador de revistas
especializadas e autor de monografias sobre as condições econômicas e
produtivas de municípios paraibanos, ele próprio, do corpo cênico, tendo
produzido o drama Falso Mendigo,
muito elogiado pela crítica e aplaudido pela platéia” (Eurivaldo Tavares, in Diógenes Caldas – um missionário do bem
comum).
Cargos exercidos por Diógenes Caldas: Diretor da Biblioteca Pública do
Estado; Inspetor Agrícola do 7º Distrito; Administrador do Campo de
Demonstração de Cruz do Espírito Santo; Delegado do Serviço de Combate à
Lagarta; Superintendente da Construção do Patronato Agrícola “Vidal de
Negreiros”, em Bananeiras; Representante da Paraíba na Exposição do Centenário
da Independência Nacional, no Rio de Janeiro; Membro do Conselho Consultivo do
Estado da Paraíba; Representante do Ministério da Agricultura junto ao
Instituto do Açúcar e do Álcool; Chefe da Seção Técnica do Serviço do Fomento
de Produção Vegetal, no Rio de Janeiro; Agrônomo do Fomento Federal, como
Economista Rural; Presidente da Comissão Executiva dos Produtos da Mandioca;
Membro da Junta de Controle da Fundação Brasil-Central; Diretor do Serviço
Nacional da Economia Rural do Ministério da Agricultura.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA:
TAVARES,
Eurivaldo. Diógenes Caldas – um
missionário do bem comum, João Pessoa, 1986.
EURIVALDO TAVARES
FUNDADOR
EURIVALDO Caldas TAVARES
(Monsenhor) nasceu no dia 29 de abril de 1921, filho de Dr. Eurípedes da Costa
e Dª. Maria das Dores Caldas Tavares. Fez seus estudos primários no Grupo Escolar
“D. Pedro II”, concluindo-os no Grupo Escolar “Thomaz Mindelo” (1932). A
inclinação pelo sacerdócio levou-o a matricular-se, em fevereiro de 1933, no
Seminário Arquidiocesano da Paraíba, onde concluiu o ginasial e colegial em
1937. Já decidido a seguir sua vocação sacerdotal, continuou no Seminário.
Cursou o primeiro ano de Filosofia no Seminário de Olinda, Pernambuco e o
restante no Seminário paraibano, onde concluiu os estudos filosóficos e
teológicos. No Seminário Arquidiocesano da Paraíba, Eurivaldo laureou-se em
Filosofia (1939) e em Teologia (1943), sob a orientação esclarecida e competente
do Reitor José Tibúrcio de Souza Miranda.
Padre Eurivaldo também se
licenciou em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da
Universidade Católica de Pernambuco (1970).
Dedicou-se ao magistério, inicialmente, como professor do curso médio,
lecionando Latim, Religião e Língua Francesa em colégios de Campina Grande,
Sapé e João Pessoa; mais tarde ingressou no magistério superior. É
professor-fundador da Universidade Autônoma de João Pessoa. Possui os cursos de
aperfeiçoamento em: Professor do Ensino Secundário (CAPES), pelo Ministério de
Educação e Cultura, em 1959; Relações Públicas e Humanas; Estatística, pelo
IBGE; Problemas de Administração e Contabilidade; Segurança e Desenvolvimento
(ADESG); Curso de Extensão Universitária para formação de Professor de Estudos
de Problemas Brasileiros pela UFPB, 1973. Foi professor-fundador do Colégio
Comercial Dr. Corálio Soares, de Sapé; vice-diretor do Colégio Diocesano Pio
XI, de Campina Grande; Secretário de Educação da Prefeitura de João Pessoa;
Diretor da Escola Regimental da Polícia Militar da Paraíba; Professor Adjunto
da Universidade Federal da Paraíba, admitido por concurso.
Como sacerdote, exerceu as funções de: Capelão do Colégio Diocesano
Pio XI, de Campina Grande; Capelão do Hospital Regional Dr. Sá Andrade, de
Sapé; Pároco da cidade de Sapé; em João Pessoa, foi Pároco da Igreja de Nossa
Senhora de Fátima, Capelão do Hospital Napoleão Laureano, Capelão da Penitenciária
Modelo, Capelão do Externato Sana Dorotéia, Major Capelão da Polícia Militar da
Paraíba e Capelão do 1º Grupamento de Engenharia de Construção.
Descendente de católicos convictos, Monsenhor Eurivaldo Tavares tem
demonstrado no exercício eclesiástico abnegação e dignidade, conquistando a
simpatia dos paroquianos e da sociedade em geral, tendo sido, por sua atuação,
agraciado com diversas honrarias, destacando-se: Cidadão Honorário de Sapé;
Patrono da Biblioteca Paroquial de Sapé; Cônego Honorário do Cabido
Metropolitano da Paraíba. Foi distinguido com medalhas e diplomas: Medalha e
Diploma de Amigo da Marinha, pelo 3º Distrito Naval; Diploma de Colaborador
Emérito da Polícia Militar da Paraíba; Diploma do Mérito Universitário, pela
UNIPÊ; Diploma de Colaborador Emérito do Exército; Diploma e Medalha de O
Pacificador; Medalha e Diploma do Mérito Militar, conferido pela Presidência da
República.
É sócio efetivo da Academia Paraibana de Letras, ocupando a Cadeira
nº. 34, tendo recebido a Comenda Ad
Imortalitatem e o Diploma do Mérito do Serviço Cultural.
Representou o IHGP junto à Comissão Central Organizadora das
comemorações do centenário de nascimento do Presidente João Pessoa, em 1978;
integrou a Comissão responsável pela seleção de documentos de valor histórico-cultural
de interesse da Paraíba, no Arquivo Público Estadual.
Tem trabalhos publicados nas Revistas do IHGP e da APL, e sempre
colaborou nos jornais da Capital.
Livros publicados: Subsídios
para a história religiosa de Mari (ex-Araçá), 1953; O Seminário Arquidiocesano da Paraíba e o Jubileu de Diamante da
Fundação, 1954; Qualidades naturais e
virtudes morais e cívicas do militar, 1970; 140 anos a serviço da nossa segurança, 1971; Bases Filosóficas do Ensino de Moral e Cívica, 1971; Perfil Biográfico de D. Moisés Coelho,
1971; 70 anos do Instituto Histórico e
Geográfico Paraibano, 1976; Deus,
Pátria e Família, 1977; Soldado
Paraibano – orgulho do grande presidente; Implicações da Axiologia do Ensino de Moral e Cívica, 1978; Subsídios para o estudo de problemas
brasileiros, 1980; Legendas que se
entrelaçam, 1980; Subsídios para o
estudo de Problemas Brasileiros, 2ª. edição, 1981; Tavares Cavalcanti – o Romano Antigo, 1982; Século e meio de bravura e heroísmo, 1982; Mathias Freire – Padre, Poeta, Arcanjo e Passarinho, 1982; Monsenhor Anísio – cultor da ciência divina
e da ciência humana, 1983; Subsídios
para o Estudo de Problemas Brasileiros, 3ª. edição, 1983; Cônego João de Deus – o amigo, o padre e o
poeta, 1985; Itinerário da Paraíba
Católica, 1985; Diógenes Caldas – Um
missionário do bem comum, 1986; Retrato
Nobre – traços biográficos de Eurípedes Tavares, 1989; Monsenhor Tibúrcio – Um apóstolo e formador de apóstolos, 1990; Paraíba – 100 anos de Bispado, 1972.
Eurivaldo Tavares ingressou no Instituto Histórico e Geográfico
Paraibano no dia 20 de dezembro de 1974, sendo recepcionado pelo historiador
Joacil de Britto Pereira. Ocupou vários cargos na Diretoria e Comissões
Permanentes de Estudo, tendo sido agraciado com a Comenda e Medalha do Mérito
Cultural “José Maria dos Santos”.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivo
do IHGP e da APL.
CADEIRA Nº. 27
PATRONO: LEON CLEROT
FUNDADORA: ROSILDA CARTAXO
OCUPANTE: FRANCISCO DE SALES GAUDÊNCIO
LEON CLEROT
PATRONO
LEON Francisco Rodrigues CLEROT nasceu no dia 14 de julho de 1889, em
Nova Friburgo, Estado do Rio de Janeiro, e faleceu no dia 17 de novembro de
1967. Filho de Leon Felipe Clerot e Dª. Melquíades Rodrigues Clerot; estudou no
Rio de Janeiro; era casado com Dª. Luzia Barbosa Ramalho Clerot.
Formado em Engenharia, ainda no Rio de Janeiro, trabalhou na
Prefeitura daquela cidade como engenheiro; mais tarde, transferiu-se para o
Estado de Minas Gerais, onde ocupou os cargos de Engenheiro da Prefeitura de
Belo Horizonte, Capitão-engenheiro da Polícia Militar Mineira e professor da
Escola de Agricultura de Pinheiro. De Minas Gerais veio à Paraíba,
estabelecendo-se na capital do Estado.
Em João Pessoa, exerceu as funções de Diretor do Centro Agrícola de
Pindobal, em Mamanguape, no período de 1933 a 1937; Engenheiro do DER
(Departamento de Estradas de Rodagem), de 1946 a 1960.
Leon Clerot era filatelista, escritor, poeta, botânico, agrônomo, geólogo,
arqueólogo, geógrafo, mineralogista, projetista, etc. Poliglota, foi professor
catedrático dos idiomas Francês, Espanhol, Alemão, Latim, Esperanto e
Tupi-guarani. Este último idioma lecionava na Faculdade de Filosofia da
Universidade Federal da Paraíba.
Leon Clerot foi organizador e primeiro presidente do Museu do Estado;
escreveu e publicou trabalhos importantes sobre a Paraíba, porém deixou inédita
uma belíssima epopéia sobre a saga de Caturité e de sua filha Potira, quando da
conquista de Campina Grande por Teodósio de Oliveira Ledo.
Foi fundador do Instituto Paraibano de Arqueologia e Antropologia, o
qual após a morte de Leon Clerot tomou seu nome.
São de sua autoria: Vocabulário
de termos populares e gíria da Paraíba, 1959; Os Minérios da Paraíba
Achegas para a sua História) 1964; 30
Anos na Paraíba (Memórias Corográficas e outras Memórias), 1969.
REFERÊNCIAS
BIBLOGRÁFICAS:
ALMEIDA,
Horácio de. Contribuição para uma
bibliografia paraibana. Rio de Janeiro, 1972.
MAIA,
Sabiniano. Sapé – sua história, suas
memórias – 1883-1985, João Pessoa, 1985.
ODILON,
Marcus. Pequeno Dicionário de fatos e
vultos paraibanos. Cátedra, Rio de Janeiro, 1984.
Informações
da historiadora Waldice Porto.
ROSILDA CARTAXO
FUNDADORA
ROSILDA CARTAXO era natural de Cajazeiras, Paraíba, nascida a 31 de
julho de 1921, filha do casal José Gonçalves Dantas e Maria Cartaxo Dantas.
Faleceu em João Pessoa no dia 21 de junho de 2004.
Os seus primeiros estudos foram ministrados por sua mãe. Depois, já
alfabetizada, freqüentou escolas particulares, tendo como mestras as
professoras Adélia de França, Rosa David e Vitória Bezerra. Em 1941, recebeu o
diploma de professora, pela Escola Normal “Padre Rolim”, em Cajazeiras; no ano
seguinte já lecionava no Grupo Escolar “Joaquim Távora”, no município de
Antenor Navarro, atual São João do Rio do Peixe, ficando aí até 1947, para onde
retornou mais tarde, em 1951, como diretora daquele Grupo Escolar. Em 1955,
renunciou ao cargo, estabelecendo-se na capital do Estado, designada para
lecionar no Grupo Escolar “José Américo de Almeida”. Em João Pessoa, teve a
oportunidade de exercer diferentes cargos técnicos tanto na área educacional
como na cultural e no Serviço Social. Prestou serviços ao Estado, aos
municípios, à Universidade Federal da Paraíba e à Legião Brasileira de
Assistência (LBA).
Para aprimorar seus conhecimentos. Rosilda Cartaxo participou de
vários cursos e treinamentos realizados em João Pessoa, Minas Gerais, São Paulo
e Rio de Janeiro.
Jovem dinâmica, versátil, irreverente, gozou de um respeitável círculo
de amizades entre intelectuais, políticos e pessoas da sociedade. Atuou na Universidade
Federal da Paraíba, onde, como Relações Públicas, viajou pela Europa visitando
Portugal, Itália, Paris e Londres, acompanhando o Coral Universitário. Também
teve uma atuação especial junto à Campanha de Educação Popular – CEPLAR, onde
serviu como responsável pelo Serviço de Administração da primeira Diretoria,
escapando por milagre do IPM contra os integrantes da entidade de cultura
popular, instaurado em 1964. Como se recorda, a CEPLAR adotava o método de
ensino de Paulo Freire visando a conscientização popular em favor dos
Movimentos de Educação de Base.
Rosilda veio para o Instituto em 1968, trazida pelo Presidente
Humberto Nóbrega, então Reitor da UFPB, para ser sua secretária e organizar a
biblioteca do IHGP. Por conta de sua atividade intelectual, ora fazendo
palestras, ora escrevendo nos jornais, ora publicando livros, foi candidata a
uma vaga no IHGP, sendo eleita.
Assumiu a Cadeira nº. 27 em 22 de setembro de 1974, sendo saudada pelo
historiador Wilson Seixas. Exerceu vários cargos na Diretoria do IHGP, sendo
alçada à sua Presidência para o período 1983/1986, tornando-se a primeira
mulher a ocupar aquele posto num Instituto Histórico. Sua administração foi
bastante eficiente.
Rosilda foi sócia fundadora do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica
e do Clube do Escritor Paraibano. Foi agraciada com o título de Cidadã
Pessoense e considerada Pesquisadora com Honra ao Mérito pela Academia
Paraibana de Poesia.
O Instituto Histórico lhe outorgou a Comenda e Medalha do Mérito
Cultural "José Maria dos Santos”.
Além de vários artigos na Revista do IHGP, publicou os seguintes
trabalhos: Estrada das Boiadas (Roteiro
para São João do Rio do Peixe), 1975; Barra
do Juá (Discurso de posse no IHGP), 1975; A Vila em Festa, 1981; As
Primeiras Damas, 1989; Mulheres do
Oeste, 2000. Deixou vários trabalhos inéditos.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivo
do IHGP.
GUIMARÃES,
Luiz Hugo. Rosilda Cartaxo – Historiadora
do Sertão, 2001.
Atual
ocupante
Francisco de Sales Gaudêncio nasceu em Antenor Navarro, atualmente São
João do Rio do Peixe, Paraíba, no dia 29 de janeiro de 1954, sendo filho de
José Gaudêncio Filho e Maria Valentina de Oliveira. É casado com a advogada
Maria Glauce Carvalho do Nascimento Gaudêncio e tem dois filhos, Samuel e
Thiago. Fez o curso primário no Grupo Escolar Joaquim Távora, em sua terra
natal. O curso ginasial no Seminário Nossa Senhora do Assunção, na cidade de
Cajazeiras. O curso científico (2º grau), no Colégio Estadual de Cajazeiras.
Possui os Diplomas: de Licenciatura Plena em História pela Fundação de
Ensino Superior de Cajazeiras; de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais
pelos Institutos Paraibanos de Educação (IPÊ), João Pessoa; Pós – Graduação em
História do Brasil, pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutorado em
História Econômica, pela Universidade de São Paulo (USP).
Sua vocação sempre foi o magistério, iniciando sua atividade como professor, em 1976, quando passou a lecionar História do Brasil na Rede de Ensino Estadual.
Ingressou no magistério superior quando foi admitido, por concurso, na
Universidade Federal da Paraíba, como Professor Adjunto do Departamento de História,
lecionando as disciplinas História Econômica (Curso de Economia), Formação do
Capitalismo Contemporâneo (Cursos de História e Geografia), e História
Econômica e Social da América latina Contemporânea (Curso de História), a
partir de 1980.
Na UFPB desempenhou as funções de membro titular do Colegiado do Curso
de Ciências Econômicas; membro do Conselho do Centro de Ciências Humanas Letras
e Artes; Chefe do Departamento de História; membro do Conselho Universitário;
membro suplente do Conselho Curador.
Na Universidade Federal de Pernambuco, atuou como Professor visitante
ministrando aula na Pós-Graduação de Arqueologia e Patrimônio Cultural e sua
legislação correspondente no ano de 2004.
Exerceu a Presidência da Fundação Casa de José Américo, a Diretoria
Executiva do Instituto do Patrimônio Histórico do Estado da Paraíba (IPHAEP) e
a Presidência da Fundação Espaço Cultural “José Lins do Rego”.
Integrante do Conselho Estadual de Cultura do ano de 1996 a abril de
2002; membro do Conselho Estadual Educação do Estado da Paraíba, 2002 a 2004;
Vice-Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Educação do
Brasil – CONSED 2002.
Foi Secretário de Educação e Cultura, no Governo de José Maranhão e
Roberto Paulino.
Participou de vários eventos culturais, como coordenador e como
expositor, tendo sido assessor do Ministro da Cultura do Brasil, Antônio
Houaiss (1993).
Sales Gaudêncio foi o Coordenador Geral do Projeto RESGATE/PARAÍBA
(Catálogo de Documentos Avulsos referentes à Capitânia da Paraíba, existentes
no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa).
Trabalhos publicados: Era da
Esperança – Teoria e Política no Pensamento de Celso Furtado (em
colaboração com Marcos Formiga), São Paulo, Editora Paz e Terra, 1995; Elogio a José Américo, Rio de Janeiro,
José Olympio, 1997.
O Professor Francisco de Sales Gaudêncio Ingressou no Instituto
Histórico e Geográfico Paraibano no dia 08 de abril de 2005, sendo saudado por
Rosa Maria Godoy Silveira.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA:
Curriculum vitæ do associado.
CADEIRA Nº. 28
PATRONO: MAXIMIANO MACHADO
FUNDADOR: EDUARDO MARTINS
OCUPANTE: LUIZ HUGO GUIMARÃES
MAXIMIANO MACHADO
PATRONO
MAXIMIANO
Lopes MACHADO nasceu no dia 7 de agosto de 1821, na capital do Estado e
faleceu, no Recife, no dia 11 de fevereiro de 1895; filho de Manoel Lopes
Machado e Dª. Joaquina de Albuquerque Machado.
Iniciou
os estudos num convento do Recife e formou-se em Direito na Faculdade de
Olinda, exercendo, a seguir, a Promotoria Pública daquela cidade. Em 1847, foi
nomeado Juiz Municipal e Delegado da Cidade de Areia; no ano seguinte, aderiu à
Rebelião Praieira, movimento revolucionário liderado por Nunes Machado, que foi
morto em combate. Saindo ferido, Maximiano refugiou-se no Engenho Pureza, onde
foi preso e transportado para a cidade do Recife. Mais tarde, foi anistiado e
mudou-se para Campina Grande, reiniciando as suas atividades profissionais.
Exerceu
a advocacia e ingressou na política, elegendo-se Deputado Provincial.
Transferiu-se, depois, para Recife, dedicando-se ao magistério.
Maximiano
Lopes Machado foi professor, jornalista, político e advogado, destacou-se,
porém, como historiador. Coube a ele o mérito de escrever a primeira história
da Província da Paraíba, fundamentada em documentos estudados e pesquisados
criteriosamente e, inteligentemente interpretados, dando à sua obra caráter
científico, abrindo, assim, caminho para os novos pesquisadores.
Durante
o tempo em que esteve foragido, Maximiano dedicou-se a novas pesquisas sobre a
história da sua terra e, além da História
da Província da Paraíba, ele escreveu: A
História da Revolução Praieira, A
Paraíba e o Atlas do Dr. Cândido Mendes e a Carta Geográfica da Paraíba.
Era
membro do Instituto Arqueológico e Histórico de Pernambucano e é Patrono da
Cadeira nº. 21, da Academia Paraibana de Letras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANDRADE, José Lopes de. Discurso de posse, in Revista da APL,
vol. 5, 1949.
BITTENCOURT, Liberato. Homens do Brasil - Parahyba (Paraibanos Ilustres),
vol. II, Rio de Janeiro, 1914.
GUIMARÃES, Luiz Hugo. Maximiano Lopes Machado – Primeiro
Historiador Paraibano, Coleção Historiadores Paraibanos, vol., nº. 1, IHGP,
1999.
EDUARDO MARTINS
FUNDADOR
EDUARDO
MARTINS da Silva nasceu no dia 13 de outubro de 1918, na cidade de Goiana,
Pernambuco, filho de Francisco Martins da Silva e Dª. Jovita Monteiro Martins.
Faleceu em João Pessoa no dia 16 de janeiro de 1991.
Aos dez
anos de idade acompanhou a família, que veio morar em João Pessoa, quando se
matriculou no Grupo Escolar “D. Pedro II”, fazendo aí o curso primário. Fez o
curso secundário no Liceu Paraibano. Casou-se com Dª. Arlinda Câmara Martins,
com quem teve a filha Vera Lúcia. Falecendo Dª. Arlinda, casou-se então com Dª.
Joselita Martins da Silva, da união nascendo os filhos Eduardo e Joselita.
Iniciou
a vida profissional como comerciante e dedicou-se por vários anos à venda de
livros, ingressando, depois, no serviço público. Foi redator de A União, diretor do Correio das Artes, suplemento literário de A União, no Governo Oswaldo Trigueiro. Posteriormente, entrou para
o Serviço Público Federal como funcionário da Caixa Econômica, onde sempre
ocupou cargos da mais alta responsabilidade, mesmo assim, nunca deixou as
atividades jornalísticas e literárias. Encontrava sempre tempo para as suas
pesquisas, dedicando-se com muita paixão.
Exímio
pesquisador, Eduardo Martins ofereceu à Paraíba uma contribuição imensurável
através de um trabalho meticuloso, engrandecendo o seu nome, entre os já consagrados
nesse campo. Possuía uma invejável
biblioteca, com um rico acervo, composto de livros, jornais e documentos de
valor histórico, a qual, após a sua morte, foi negociada com os tradicionais marchands de livros.
Pesquisador,
historiador, jornalista e poeta de muita sensibilidade, Eduardo colaborava nos
jornais e revistas da Capital e de outros Estados. Escreveu em O Dia, O Norte, A União, Correio da Paraíba, Menina, Ilustração, Cultura, Aurora (João Pessoa), Gazeta
de Notícias (Rio), Movimento, Classe, Estudos (Fortaleza), Manaíra,
O Estado, O Nordeste, (Fortaleza), Diário
de Pernambuco, Presença (Recife),
Revista D’Aquém e D’Além Mar
(Lisboa), Diário dos Açores (Ponta
Delgada, Portugal).
Trabalhos
publicados: Céu cheio de estrelas,
1936; Poemas, 1937; Poemas da hora incerta, 1939; Integração, 1941; Lira de Outono, hai-kai, 1942. Canto
da amada ausente, 1943; Poemas,
1937/45; Novos Poemas hai-kai; Poemas Japoneses, tanka e hai-kai,
tradução, 1950; Breve antologia de
hai-kai, 1954; Acalanto, 1950/66;
Ária serena, hai-kai, 1942; Solitude, 1937/47; Poemas de Langstan Huches (seleção, tradução e notas), 1970; Quinze poemas de Naxim Hikmat, 1977; Cinco poemas de França, 1979; Alyrio Meira Wanderley – Notícia
Bibliográfica, 1971; Elias Eliseu
Cezar – Notícia Bibliográfica, 1975; Coriolano
de Medeiros: primeiro jornal paraibano (apontamento histórico), 1976; Carlos Dias Fernandes, 1976; A UNIÃO – Jornal e História da Paraíba,
1977; A Tipografia do Beco da Misericórdia,
1978; Cardoso Vieira e o Bossuet da
Jacoca (Perfil biográfico), 1979; José
Lins do Rego, o homem e a obra, 1980.
Eduardo
Martins era membro da Academia Paraibana de Letras. Ingressou no Instituto
Histórico e Geográfico Paraibano em 22 de novembro de 1975.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Arquivo da Academia Paraibana de
Letras.
Arquivo do IHGP.
Atual
ocupante
LUIZ
HUGO GUIMARÃES nasceu no dia 1º de maio de 1925, em João Pessoa, filho de Pedro
Fernandes da Silva Guimarães e Dª. Alexina da Cunha Medeiros Guimarães. É
casado com Laís Peixoto Guimarães, de cuja união tem os filhos Luiz Hugo Filho
e Ricardo Luiz, e os netos Geffe, Sammy, Daieny, Keity, Kelli, Stephanie, Yasmin,
Geime, Rebeca.
Fez o
curso primário em escolas particulares e escolas públicas, concluindo-o no
Colégio Pedro II de Natal, RN, onde se preparou para os exames de admissão ao
Atheneu Norte-riograndense. Aprovado nesse exame, transferiu-se para o Liceu
Paraibano, iniciando seu curso de humanidades em 1936, ano do centenário
daquele tradicional educandário, concluindo-o em 1940, já no prédio do
Instituto de Educação construído no Governo Argemiro de Figueiredo. Fez uma
pausa nos estudos, retornando mais tarde para concluir o Curso Clássico, em 1950.
No ano seguinte ingressava na Faculdade de Direito da Paraíba, bacharelando-se
em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1955, como integrante da turma pioneira de
Direito na Paraíba, tendo sido o orador da turma.
Iniciou
sua vida profissional como auxiliar de revisor, em 1941, no jornal A União, passando logo a redator até
1944, quando teve que se afastar para estagiar no 15º Regimento de Infantaria
como Aspirante a Oficial. Ao deixar o Exército, assumiu o cargo de escriturário
na agência do Banco do Brasil, em Natal, RN, onde ingressou por concurso.
Naquele banco oficial também serviu nas agências de João Pessoa, Guarabira,
Porto Velho e Recife, sendo aposentado em 1970, por decreto com base no AI-5.
Como
bancário, participou ativamente do movimento sindical, tendo sido Presidente do
Sindicato dos Bancários da Paraíba por quatro mandatos; Vice-Presidente da
Federação dos Bancários do Norte-Nordeste; Delegado junto à Confederação
Nacional dos Bancários; juiz classista da Junta de Conciliação e Julgamento de
João Pessoa, por 12 anos; membro da Comissão de Salário Mínimo por seis anos;
assessorou o Governo Pedro Gondim, no setor de Previdência e Trabalho, quando o
Presidente Jânio Quadros instalou o Governo da República em João Pessoa.
Colocado à disposição pelo Banco do Brasil, Luiz Hugo serviu no Gabinete do
Vice-Presidente João Goulart e, posteriormente, convocado pelo Ministro Hermes
Lima, Chefe da Casa Civil do Presidente João Goulart, serviu na Assessoria
Sindical de Jango.
Com o
movimento militar de 1964, Luiz Hugo foi cassado no primeiro listão, em 10 de
abril, tendo os direitos políticos suspensos por 10 anos. Em 2003 foi
considerado anistiado político.
Lecionou
Português no Ginásio Lins de Vasconcelos, do professor Nery, e, em 1959,
ingressou no magistério superior como professor da disciplina de Instituições
de Direito Social, na Faculdade de Ciências Econômicas, a qual foi federalizada
em 1961 com a constituição da
Universidade Federal da Paraíba. Na UFPB, participou do Departamento de Direito
Público e fez parte do Conselho Universitário. Foi demitido da Universidade em
setembro de 1964 por decreto do Presidente Castelo Branco. 15 anos depois, em
1979, com a Lei de Anistia, retornou às funções de catedrático da UFPB,
lecionando Direito Administrativo do Trabalho e Instituições de Direito Público
e Privado, no Departamento de Direito Público e Mercado Financeiro e de
Capitais, no Departamento de Economia. Aposentou-se em 1998, como Professor
Titular, retide.
Sua vida
esportiva foi intensa. Praticou atletismo, futebol, voleibol, basquete e
tênis. Foi campeão de salto em altura,
1940; campeão de basquete, em 1948. Pelo Governador José Américo, foi nomeado
membro do Conselho Regional de Desportos; durante oito anos foi Presidente da
Federação Atlética Paraibana, que controlava os desportos amadores; e, durante
cinco anos, Presidente da Federação Paraibana de Desportos Acadêmicos.
No
interregno do período da ditadura, exerceu várias atividades: corretor de
investimentos, assessoria empresarial, agente de publicidade, advocacia
trabalhista e promoveu cursos de Liderança e Relações Públicas e Humanas para
estabelecimentos bancários do Recife.
Sempre
esteve ligado ao jornalismo, pois desde seu ingresso no jornal A União, sentiu que essa seria sua
vocação maior. No Banco do Brasil, fundou a Revista AABB; no Sindicato dos
Bancários, fundou o jornal Gazeta
Bancária; escreveu na revista Manaíra;
foi redator do jornal Evolução, de
Campina Grande, dirigido por Lúcio Rabelo; foi repórter do Correio da Paraíba, no ano de sua fundação, sob a direção de Afonso
Pereira; foi editor e redator do Jornal
de Agá em sua primeira fase; manteve uma coluna diária, por dois anos, no
jornal O Norte sobre “Previdência e
Trabalho”; durante quatro anos foi Secretário e depois Bibliotecário da Associação
Paraibana de Imprensa, sob a presidência de José Leal.
Pertence
ao Rotary International desde 1948, tendo sido Presidente dos Clubes João
Pessoa e João Pessoa-Sul, Governador de Distrito no período 1984/85, membro de
vários comitês internacionais, tendo representado o Distrito no Conselho de
Legislação do Rotary International realizado em Anaheim, Califórnia, em 1992.
Condecorações
e títulos honoríficos: Medalha de Mérito na Segurança do Trabalho, conferida
pelo Ministro do Trabalho, 1959; Medalha do 1º Centenário da Sociedade
Portuguesa Beneficente do Amazonas, Manaus, 1973; Medalha de ouro do Jubileu de
Ouro do Rotary Club do Recife, 1981; Medalha de ouro Paul Harris Fellow,
conferida pelo Rotary International, 1985; Medalha de ouro do Jubileu de Ouro
da Justiça do Trabalho, outorgada pelo Tribunal Superior do Trabalho, 1991;
Comenda e Medalha do Mérito Cultural “José Maria dos Santos”, outorgada pelo
Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, 1991; Medalha do Centenário do
Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, 1994; Medalha como sócio
Benemérito da Academia Paraibana de Música, 1995; Diploma de Colaborador
Emérito do Exército, 2001; Medalha de ouro Dom Helder Câmara, concedida pela
Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba, 2004; Medalha de ouro “Américo
Falcão”, outorgada pela Prefeitura Municipal de Lucena, 2005.
Foi
membro do Conselho Estadual de Cultura, no período 2001/2003. Pertence ao
Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica, do qual é Vice-Presidente; é
membro da Comissão de Honra criada pelo Governador Cássio Cunha Lima para a
escolha dos homenageados com a Medalha “Filipéia de Nossa Senhora das Neves”; é
membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro – Núcleo da
Paraíba; sócio da Associação Paraibana de Imprensa; sócio correspondente da
Academia Carioca de Letras e da Academia de História do Amazonas; sócio
correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e dos Institutos
de São Paulo, Goiás, Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso,
Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Sorocaba (SP); Niterói e
Petrópolis (RJ).
Trabalhos
publicados: Projeção, Jornal
de Agá, 1976; 1964 - Recordações da Ilha
Maldita, Grafset, 1988; História do
Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, Editora Universitária, 1998; Historiografia Municipal da Paraíba,
1998; Maximiano Lopes Machado – Primeiro
Historiador da Paraíba, Empório dos Livros, 1999; Historiografia Municipal da Paraíba, Empório dos Livros, 1999; General Aurélio de Lyra Tavares, IHGP,
1999; A Conquista da Paraíba (Conferência
no Simpósio Momentos Fundadores da Formação Nacional – IHGB – Rio de Janeiro),
IHGP, 2000; Napoleão Laureano (Série
Histórica – Paraíba - Nomes do Século), vol. 20, A União Editora, 2000; Crônica do Tempo Distante (Memórias),
SEC/PB, 2001; Raízes do Regional
(participação no II Colóquio Nacional de Institutos Históricos, IHGP, 2001; O Caminho das Águas de Campina Grande, A
União Editora, 2001; Domingos de Azevedo
Ribeiro - Historiador e Musicólogo, IHGP, 2001; Deusdedit Leitão – Historiador e Genealogista, IHGP, 2001; Rosilda Cartaxo – Historiadora do Sertão,
IHGP, 2001; Cônego Florentino Barbosa,
IHGP, 2001; Francisco Coutinho de Lima e
Moura, IHGP, 2002; Irineu Ferreira
Pinto, IHGP, 2002; José Pedro
Nicodemos, IHGP, 2002; Wilson Nóbrega
Seixas, IHGP, 2002; Alcides Bezerra –
Historiador e Filósofo, IHGP, 2002. 1964
– Recordações da Ilha Maldita, 2ª. edição, FUNESC, 2002; Fernando Melo do Nascimento, IHGP, 2002;
Cônego Francisco Lima – Padre, Historiador
e Mestre, Pontes da Silva, 2003; Joacil
de Brito Pereira – 80 Anos, IHGP, 2003; Quadro
Social do IHGP – Memória, IHGP, 2004.
Ingressou
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 22 de agosto de 1991, sendo
recepcionado pelo historiador Cláudio Santa Cruz Costa.
Atualmente
ocupa a Presidência do Instituto, completando seu terceiro mandato em 2007.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Curriculum vitæ elaborado pelo associado.
Arquivo do IHGP.