INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO/IHGP
Fundado em 7 de setembro de 1905
Declarado de Utilidade Pública pela Lei no 317, de 1909
CGC 09.249.830/0001-21 - Fone: 0xx83 3222-0513
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M E M O R I A L
Revisto e Atualizado

EDIÇÃO COMEMORATIVA DO CENTENÁRIO DE FUNDAÇÃO DO IHGP 1905/2005




Luiz Hugo Guimarães, presidente do IHGP no período 1995/2009.
Luiz Hugo Guimarães, presidente do IHGP 1995/2009.


O MEMORIAL DO INSTITUTO HISTÓRICO

        Quando o Instituto Histórico completou 90 anos esta Presidência entregou aos seus associados e ao público o Memorial do Instituto numa edição comemorativa do acontecimento.
        Dez anos depois, quando o Instituto está comemorando o seu centenário, estamos de volta para atualizar os dados biobibliográficos dos sócios em face das substituições decorrentes das vagas das cadeiras ocorridas por motivo de falecimento dos seus ocupantes.
        O primeiro trabalho iniciado quando ainda era Diretor de Atividades Culturais do Instituto, no início de 1995, foi coordenado pela professora Maria Helena Cruz, então servidora da instituição, a qual esmerou-se em seu trabalho de pesquisa, concluindo-o com esforço, dedicação e pertinácia.
        Desde quando o Instituto foi fundado, em 7 de setembro de 1905, os sócios ingressavam sem agrupar-se em cadeiras, na forma de praxe adotada pelas Academias de Letras do País. O quadro social daquela época não tinha sequer limite para o número de sócios, uma vez que os primeiros estatutos omitiam qualquer procedimento nesse sentido.
        Na primeira sessão realizada para a fundação do IHGP, naquele distante 7 de setembro de 1905, na sala de reuniões da Congregação do Liceu Paraibano, assinaram a ata oficial 71 pessoas, presente o Presidente do Estado, Dr. Álvaro Lopes Machado. Nas três seguintes sessões preparatórias, que serviram para a elaboração do Estatuto e eleição da primeira Diretoria, diminuiu a presença dos interessados. Quando, a 12 de outubro daquele ano, o Instituto foi instalado oficialmente, assinaram a ata de fundação propriamente dita apenas 48 associados, sendo também considerados fundadores mais três associados, os quais, embora ausentes daquela sessão magna, tinham sido eleitos para ocupar cargos diretivos. Assim, foram considerados fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano 51 sócios.
        Ocorre que na resenha dos trabalhos científicos do Instituto, apresentado pelo então 1º. Secretário Irineu Pinto, em 7 de setembro de 1910 (Revista do IHGP nº. 2, p393/402), há um tópico acentuando que "Possue até aqui o nosso Instituto 59 sócios fundadores, 28 effectivos, 48 correspondentes e 3 beneméritos". Na página 429 e seguintes da referida Revista do IHGP consta a Relação de Sócios do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano até 1910. Na Relação dos Sócios Fundadores constam, além dos 51 já arrolados no excelente trabalho do então Cônego Eurivaldo Caldas Tavares (Instituto Histórico e Geográfico Paraibano e seus 70 anos, A União, 1975), mais oito sócios: Alfredo Espírito Santo, cap. Augusto Alfredo de Lima Botelho, Cláudio Oscar Soares, Elias Pompílio, Ernesto Augusto da Silva Freire, José Cândido, Manoel Otaviano e Rômulo de Magalhães Pacheco.
        No ano de 1908, sob a presidência do Dr. Flávio Maroja, houve uma pequena alteração no estatuto. Em 8 de março de 1931, ainda sob a presidência do Dr. Flávio Maroja, houve uma alteração mais substancial, contando o quadro social com 48 sócios. No ano de 1946 o Instituto chegou a ter 61 sócios. Na Presidência do Dr. Clóvis dos Santos Lima houve mais uma alteração, conforme ata de 27 de junho de 1947. Em seu relatório de 7 de setembro de 1950, Dr. Clóvis Lima registrou que em 20 de março de 1948 havia 40 sócios, sendo que apenas 26 ativos, conforme ata daquela data. Por sua iniciativa, foram expedidas circulares aos 24 sócios ausentes, solicitando-lhes que se manifestassem se queriam continuar como sócios efetivos. Havia muitos associados que passaram a residir fora do Estado em razão de suas atividades profissionais. No seu estilo forte, o Presidente Clóvis "cortou" o nome de vários associados. "Enxuguei o quadro social", comentava ele com os consócios mais próximos.
        Posteriormente, o associado Sebastião de Azevedo Bastos fez um levantamento dos sócios e publicou uma relação no jornal A União. Esse assunto foi objeto de vários debates e estudos, conforme atas de 21/6, 20/9 e 18/101969 e 21/03/1970, tendo o Secretário Bastos relacionado 52 associados, quando o limite de sócios era 40. Em 22 de agosto de 1970 apareceu uma estatística em que se definia a situação assim: 32 sócios efetivos e 18 sócios correspondentes. Entre esses sócios correspondentes figuravam aqueles que não residiam na Paraíba ou deixaram de freqüentar o Instituto, tais como Ademar Vidal, Abelardo Jurema, Cleantho Leite, Elpídio de Almeida, Luis Pinto, Raul de Góes, Josa Magalhães, entre outros.
        No final do mandato do Presidente Humberto Nóbrega, às vésperas da eleição da nova Diretoria para o triênio 1974/1977, foi aprovado novo estatuto nas assembléias de 17 e 20 de agosto de 1974. Esse novo estatuto manteve o limite de 40 sócios efetivos e número ilimitado de sócios correspondentes, parâmetro que serviu de base para a Presidência do historiador Deusdedit de Vasconcelos Leitão, eleito em 5 de setembro daquele ano.
        Mas, foi na administração do Presidente Antônio Victoriano Freire que o quadro social tomou forma definitiva. Nas reuniões ordinárias de 21 de julho e 18 de agosto de 1979 foi apreciada a proposta para serem criadas as cadeiras, as quais seriam preenchidas pelos sócios então existentes. Finalmente, em sessão extraordinária no dia 23 de agosto de 1979, foi aprovada a nova organização social do Instituto, que seria integrada por 40 sócios efetivos. Ficou deliberado que os 40 sócios existentes preencheriam as 40 cadeiras numeradas como seus fundadores, cabendo-lhes indicar o nome de seus patronos.
        Posteriormente, durante o segundo mandato do Presidente Joacil de Britto Pereira, esse número de cadeiras foi aumentado para 50, conforme resolução aprovada em reunião de 24 de janeiro de 1992, sendo atribuídos novos patronos para as novas cadeiras, cinco delas a serem preenchidas pelos antigos sócios que foram desligados em 1979.
        O quadro social do Instituto é agora, em definitivo, constituído por 50 sócios efetivos, estando todas as suas cadeiras ocupadas.
        No decorrer dos dez anos da publicação do primeiro Memorial faleceram treze associados, cujas vagas foram preenchidas por novos confrades, os quais passarão a figurar nesta nova edição. Ao mesmo tempo ficam atualizados os informes biobibliográficos dos ocupantes das demais cadeiras.
        Consta desta edição comemorativa do centenário do Instituto u'a MEMÓRIA publicada recentemente pelo atual Presidente do IHGP, relacionando todos os sócios efetivos com a data do seu ingresso no Instituto. E mais uma lista atualizada dos sócios Honorários, Beneméritos e Correspondentes bem como a listagem de todos os sócios que já pertenceram àquelas categorias.
        Esta publicação do Instituto representa 130 minibiografias de ilustres figuras da intelectualidade paraibana além de 51 breves notas sobre os sócios fundadores.
        Esta edição se deve à benemerência do empresário cajazeirense João Claudino Fernandes, capitão de indústria de renome, que ao lado do seu irmão Valdecy Claudino, comanda um pool de empresas com uma centena de lojas e departamentos e filiais sob a denominação de "Armazém Paraíba"; a indústria Guadalajara de confecções de ônix jeans; várias fazendas de gado no Maranhão e Piauí; indústrias de tecidos e de móveis, de construção civil, de equipamentos rodoviários, de promoção e publicidade, de computadores e sistemas, além de parques gráficos ultramodernos.
        O Instituto agradece por este gesto generoso que demonstra espírito incentivador às coisas da cultura, razão por que já pertence ao nosso quadro de Sócios Beneméritos.

Luiz Hugo Guimarães
Presidente (1995/2009)
Julho/2005.
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QUADRO SOCIAL DO IHGP


CADEIRA Nº. 01
PATRONO: JOSÉ MARIA DOS SANTOS
FUNDADOR: JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA
OCUPANTE: OSWALDO TRIGUEIRO DO VALLE


JOSÉ MARIA DOS SANTOS
PATRONO

        Nascido a 26 de agosto de 1877, na capital do Estado da Paraíba, José Maria dos Santos foi um homem de notável inteligência e que soube conquistar os seus espaços na esfera cultural dos maiores centros por onde passou. O seu pai, que também se chamava José Maria, integrou o Exército Imperial e combateu na guerra contra o Paraguai. Este fato talvez tenha contribuído na educação do filho que, após concluir os estudos no Liceu Paraibano, ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro, cursando, posteriormente, a Escola de Ciências Políticas de Paris.
        José Maria dos Santos destacou-se, porém, como jornalista, cuja carreira iniciou em São Paulo como diretor de A Tarde, Tribuna Paulista e Jornal do Comércio. Fixou-se em Paris como correspondente do Estado de São Paulo; na capital francesa casou-se com Mlle Marie Vinour, em 14 de outubro de 1905. Ainda na Europa, participou da Delegação Brasileira à Conferência de Paz, em Versailles, atuando, ainda na imprensa francesa como redator de Le Figaro e redator-chefe de Le Parisien.
        No Rio de Janeiro, José Maria teve uma fértil atuação na imprensa. Foi redator de O País, da Gazeta de Notícias e da Folha da Manhã; em Santos, dirigiu o Diário. Escreveu vários livros.
        Levando uma vida pacata, ausente da agitação da grande metrópole, José Maria somente era conhecido através de sua produção literária publicada nos jornais do Rio e de São Paulo. Certa vez passou um bom tempo sem divulgar os seus escritos e a imprensa carioca chegou a noticiar o seu falecimento. Conforme afirmou Aurélio de Lyra Tavares, essa informação foi desmentida pelo escritor com as palavras "... continuo vivo, enviando-vos, portanto, as minhas mais vividas recordações..."
        Mesmo com todo esse potencial, o paraibano ilustre sempre foi esquecido na sua terra natal. Somente agora, em 1992, o IHGP, na administração do confrade Joacil de Britto Pereira, foi lembrado o seu nome. De sócio correspondente passou a patrono da Cadeira nº. 01 e, através de Resolução, foi criada a COMENDA DO MÉRITO CULTURAL "JOSÉ MARIA DOS SANTOS", para homenagear pessoas e entidades que, de alguma maneira, tenham contribuído para o engrandecimento da cultura paraibana.
        Em dezembro de 2000, o Instituto prestou significativa homenagem ao ilustre conterrâneo com uma sessão magna para o lançamento da plaqueta de autoria do jornalista Luiz Gonzaga Rodrigues editada pela A União - Superintendência de Imprensa e Editora, como parte da Série Histórica da Coleção PARAÍBA - NOMES DO SÉCULO. Na apresentação do trabalho falaram o professor e acadêmico Tarcísio de Miranda Burity, o jornalista Rui de Vasconcelos Leitão, diretor de A União, o jornalista Gonzaga Rodrigues, autor da plaqueta, e o historiador Luiz Hugo Guimarães, presidente do IHGP (1995/2009).
        José Maria dos Santos faleceu em São Paulo no dia 16 de julho de 1954. Obras publicadas: A Política Geral do Brasil; Os Republicanos Paulistas e a Abolição; A Terra e os Problemas do Homem; Os Fundamentos Reais da Liberdade; Notas da História Recente; Bernardino de Campos e Partido Republicano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

RODRIGUES, Luiz Gonzaga. Notas do meu lugar. João Pessoa, Acauã, 1978, pp151/153.

___ José Maria dos Santos- N°. 42, da Coleção PARAÍBA - NOMES DO SÉCULO, A União, 2000.

SANTOS, José Maria dos. A Política Geral do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, Universidade de S. Paulo, 1989.

TAVARES, A. de Lyra. Grande Pensador Olvidado. Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, 28/11/1987.


JOSÉ AMÉRICO DE ALMEIDA
FUNDADOR

        JOSÉ AMÉRICO de Almeida nasceu no dia 10 de janeiro de 1877, no Engenho Olho D'Água, município de Areia, Paraíba. Era filho de Ignácio Augusto de Almeida e Josefa Leal de Almeida. Casou-se com D. Alice Melo de Almeida e teve três filhos: Reynaldo, Selda e José Américo Filho.
        Foi alfabetizado no engenho onde nasceu pela professora Verônica dos Santos Leal; com o falecimento do pai, passou a conviver com o tio, padre Odilon Benvindo, na cidade de Areia. O tio-padre tinha no sobrinho o seu sucessor e, contrariando a vontade do garoto, internou-o no Seminário. Sem vocação para o clero e com o apoio da mãe, José Américo abandonou o Seminário e veio para a capital do Estado, matriculando-se no Liceu Paraibano, fazendo ali os preparatórios para o ingresso na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1908. Retornou à Paraíba. Aqui, começou a advogar, mas logo foi nomeado Promotor Público da cidade de Sousa. Foi, ainda, Consultor Jurídico, Procurador Geral do Estado, Secretário de Segurança Pública e Ministro da Viação e Obras Públicas. Chefiou a Revolução de 1930, atuando nos Estados do Norte e Nordeste; foi interventor do Estado e Chefe do Governo Central da União.
        Na política, exerceu os mandatos de Deputado Federal, Senador e Governador do Estado. Em 1937, candidatou-se à Presidência da República e em 1946 à Vice-Presidência. Não teve êxito em nenhum dos pleitos. Em 1958, candidatou-se ao Senado Federal, e, não conseguindo se eleger, afastou-se da política para recolher-se à sua mansão na praia do Cabo Branco, até seu falecimento ocorrido em 10 de março de 1980.
        José Américo era membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Paraibana de Letras. Em 1976, recebeu do jornal A Folha de São Paulo o troféu JUCA PATO, prêmio conferido por aquele conceituado jornal ao "Intelectual do Ano". Colaborava sempre com artigos para a revista Era Nova, periódico que circulou na capital do Estado na década de 20. Escrevia, habitualmente, no jornal A União.
        Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 18 de junho de 1911.
        Obras publicadas: Reflexões de uma Cabra, 1922; A Paraíba e seus Problemas, 1923; A Bagaceira, 1928; Ministério da Viação no Governo Provisório, 1933; O Ciclo Revolucionário do Ministério da Viação; O Boqueirão, 1935; Coiteiros, 1935; As Secas do Nordeste, 1953; Ocasos de Sangue, 1954; Sem me Rir, sem Chorar, 1957; Discursos do seu Tempo, 1964; A Palavra e o Tempo, 1965; Ad Immortalitatem (discurso de posse na APL); O Ano do Nego (memórias), 1968; Quarto Minguante (poesias), 1975; Antes que me Esqueça (memórias), 1976.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

LUNA, Maria de Lourdes Lemos de. Solidão e Glória de José Américo, João Pessoa, 1987.

RABELLO, Adylla Rocha. Exposição da obra de José Américo, comemorativa ao centenário do seu nascimento. 1887-1987, João Pessoa, Fundação Casa de José Américo, 1987.


OSWALDO TRIGUEIRO DO VALLE
Atual ocupante

        Oswaldo Trigueiro do Valle nasceu no dia 10 de outubro de 1935 no município de Cruz do Espírito Santo, Paraíba, filho de Demétrio Bezerra do Valle e Anna Trigueiro do Valle. É casado com D. Lia Trindade do Valle e tem três filhos: Anna Margarida, Mônica e Oswaldo Filho. Diplomado em Ciências Jurídicas e Sociais, Mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (1967), tem ainda os cursos de Microeconomia pela Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC), 1968 e Ciências Políticas pela Fundação Getúlio Vargas (RJ, 1980).
        Entre os cargos públicos que exerceu, destacamos: Prefeito de João Pessoa; Secretário de Administração do Estado; Secretário substituto do Planejamento e Coordenação Geral do Estado da Paraíba; Professor de Teoria de Administração da UFPB; Pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq); Assessor Especial da Fundação Getúlio Vargas; Presidente do Conselho Deliberativo do IPEP; membro do Conselho Superior de Informática do Estado da Paraíba - CONSIPI/CODATA; Presidente do Instituto de Previdência do Estado (IPEP); Superintendente da Caixa de Crédito da Pesca, 1957; Professor de Administração do Curso de Mestrado da Universidade Federal de Pernambuco e da Fundação Regional do Nordeste (FURNE-Campina Grande). Atualmente é professor-diretor da Faculdade de Direito do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ).
        Oswaldo Trigueiro do Valle ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 4 de agosto de 1984; recebeu a Comenda do Mérito Cultural "José Maria dos Santos", concedida pela entidade.
        Trabalhos publicados: Autarquias Administrativas; Administração Pública Comparada; O Supremo Tribunal Federal e a Instabilidade Política; O General Dutra e a Redemocratização de 45.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

MAIA, Benedito: Prefeitos de João Pessoa. João Pessoa, 1985.

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CADEIRA Nº. 02
PATRONO: IRINEU JOFFILY
FUNDADOR: CELSO MARIZ
OCUPANTE: DIANA SOARES DE GALLIZA

IRINEU JOFFILY
PATRONO

        IRINEU Ceciliano Pereira JOFFILY nasceu no dia 15 de dezembro de 1843, na fazenda Lajedo, município de Pocinhos, Paraíba e faleceu em 08 de fevereiro de 1902; filho de José Pereira da Costa e Isabel Americana de Barros. Casou-se com Raquel Torres Brasil, em Alagoa Nova, no ano de 1871, deixando dessa união uma numerosa prole.
        Iniciou os estudos em Cajazeiras com o Padre Rolim, depois seguiu para Recife, onde complementou o curso secundário e bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Ainda estudante, na Faculdade de Direito do Recife, fundou o jornal O Acadêmico Parahybano, mantendo uma seção intitulada Parahybanos de 1817, onde ele publicava pequenas biografias dos seus conterrâneos, começando a revelar a sua vocação jornalística. Em O Acadêmico Parahybano, Irineu Joffily combatia a opressão e a submissão semicolonial em que vivia o povo pernambucano e reivindicava os benefícios que a Paraíba tanto precisava, como por exemplo, a demarcação dos limites entre os Estados da Paraíba e Pernambuco, instalação de uma Associação Comercial, a navegação do rio Mamanguape, a criação de um Bispado, entre outras reivindicações.
        Ingressou na política, elegendo-se vereador em Campina Grande. Em 1868, elegeu-se deputado provincial, tendo sido reeleito por cinco legislaturas. Em 1889, foi eleito deputado geral, mas não assumiu a cadeira; com o advento da República, a Câmara foi dissolvida e ele retornou à Paraíba.
        Em sociedade com o amigo Francisco Soares Retumba, Irineu Joffily instalou em Campina Grande a primeira tipografia, e em 1º de agosto de 1888 circulava o primeiro número de A Gazeta do Sertão, jornal combativo, contrário ao Regime Republicano e que resultou no empastelamento desse periódico, ação atribuída ao Governador Venâncio Neiva, primeiro governador republicano da Paraíba.
        Na imprensa paraibana, Irineu Joffily teve uma atuação fértil. Publicou artigos em O Despertador e em O Mercantil, periódicos que circularam na capital do Estado nos anos de 1870 e de 1883. Escrevia no jornal A União sob o pseudônimo de Índio Cariri; no Rio de Janeiro atuou em O Brasil e no Jornal do Comercio.
        Era sócio correspondente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
        Sua morte, em 1902, foi causada pelo Mal de Hansen.
        Trabalhos publicados: Notas sobre a Parahyba, 1872 e Sinopses e Sesmarias, 1894, além de inúmeros artigos em jornais.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

JOFFILY, José. Entre a Monarquia e a República - Idéias e Lutas de Irineu Joffily. Rio de Janeiro, Kosmos, 1982.


CELSO MARIZ
FUNDADOR

        CELSO Marques MARIZ nasceu no dia 17 de dezembro de 1885, no sítio Escadinha, município de Sousa, Paraíba, falecendo em João Pessoa no dia 03 de novembro de 1982; filho de Dr. Manuel Marques Mariz e dona Adelina de Aragão Mariz. Órfão de pai aos três anos, foi criado pelo padrinho, Dr. Félix Joaquim Daltro Cavalcanti, juiz municipal de Piancó.
        Passou a residir em Taperoá, freqüentando a escola do professor Minervino Cavalcanti, matriculando-se depois, como ouvinte, no Seminário Diocesano da Paraíba, em João Pessoa, iniciando a sua carreira jornalística como redator de O Comércio, ao lado de Arthur Achiles e como colaborador do jornal A União.
        Atraído pela tão decantada beleza amazônica, Celso Mariz viajou até Belém do Pará, retornando à capital paraibana em 1907, quando passou a integrar os quadros do jornal O Norte, fundado pelos irmãos Órris e Oscar Soares. Por algum tempo foi diretor daquele órgão e nessa função viajou por alguns municípios do Estado, tendo a oportunidade de colher dados, os quais mais tarde lhes serviram de subsídios para a elaboração dos seus livros. Nomeado professor público, com exercício em Catolé do Rocha, conheceu D. Santina Henriques de Sá, com quem se casou.
        Algumas funções exercidas por Celso Mariz: Inspetor Regional do Ensino; Conselheiro Municipal, em Taperoá; Diretor da Secretaria da Assembléia Legislativa do Estado (1914/1930); Deputado Estadual (1024/1928); Diretor do jornal A União; Secretário de Estado na Administração Argemiro de Figueiredo.
        Em 1915, fundou A Notícia, jornal representativo do pensamento dos "jovens turcos", grupo que pretendia se firmar como vanguarda do epitacismo.
        Membro efetivo e um dos dez fundadores da Academia Paraibana de Letras, em 1941; membro do Conselho Estadual de Cultura. Ingressou no IHGP em 18 de junho de 1910, tendo exercido a sua presidência no período 1944/1946.
        Legou-nos uma importante bibliografia: Através do Sertão, 1910; Apanhados Históricos da Paraíba, 1929; Evolução Econômica da Paraíba, 1939; Ibiapina, um Apóstolo do Nordeste, 1942; Carlos Dias Fernandes, 1943; Cidades e Homens, 1945; Areia e a Rebelião de 1848, 1946; Memória da Assembléia Legislativa, 1948; Notícia Histórica de Catolé do Rocha, 1956; Figuras e Fatos, 1976.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MARIZ, Celso. Memória da Assembléia Legislativa - aumentada e atualizada por Deusdedit de Vasconcelos Leitão. João Pessoa, 1987.

Revista do IHGP, vol. V, João Pessoa, 1922.


DIANA SOARES DE GALLIZA
Atual ocupante

        Diana Soares de Galliza, paraibana, nasceu em João Pessoa a 08 de março de 1939, filha de Eduardo Santiago de Galliza e Elba Soares de Galliza. Em 1949 concluiu o curso primário no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em João Pessoa, e em 1957 terminou o secundário. Bacharelou-se em História pela Universidade Federal da Paraíba, fazendo também o Curso de Licenciatura. Detém ainda os seguintes cursos de extensão cultural: A Arte através da História (UFPB, 1959); Relações Humanas no Trabalho (UFPB, 1969); Aspectos da Revolução Paraibana de 1817 (UFPB, 1972); Metodologia de História (UFPB, 1979); Inglês Instrumental para Ciências Sociais e Serviço Social (UFPB, 1980 e 1981); Francês funcional para pós-graduação (UFPB, 1981). Tem Curso de Especialização e Mestrado em História, realizados na Universidade Federal de Pernambuco, em 1973 e 1981; fez Doutorado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), em 1989.
        Diana Galliza tem participado em Simpósios e Seminários em vários encontros relacionados com a História do Brasil, realizados tanto na Paraíba como em outros Estados. Como professora, conta com a experiência desde colégios de 1º e 2º graus até o nível superior.
        Nas Universidades da Paraíba, Pernambuco e Tocantins, a professora Diana já ministrou aulas em Cursos de Graduação, Pós-graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado; participou de debates e foi participante como conferencista e palestrante sobre História e Ciências Sociais. Integrou, como membro, o Colegiado de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco e o grupo de pesquisadores da Fundação Casa de José Américo. Domina os idiomas Francês, Inglês e Espanhol.
        Trabalhos realizados: Projeto de pesquisa do Núcleo de Documentação e Informação Histórica Regional da UFPB junto aos cartórios do Estado, o qual foi publicado em número especial de Cadernos de estudos regionais, 1976/1977; Projeto de tese de doutorado, apresentado na Universidade de São Paulo: Modernização sem Desenvolvimento na Paraíba - 1890-1930, 1996; Projeto de pesquisa e de elaboração de História Econômica da Paraíba - 1585-1992, para o CNPq e o Banco do Brasil.
        Livros e trabalhos publicados: História Republicana da Paraíba, 1965; O Declínio da Escravidão na Paraíba (1860-1888), 1979; O Fandango e sua Representação na Paraíba, in Cadernos Regionais de Estudos, nº. 1, 1970; Uma Experiência de Pesquisa com base em Documentação de Cartórios, in Cadernos de Estudos Regionais, número especial, ano II, 1979; A Implantação do Engenho Central São João na Paraíba, in Revista de Ciências Humanas, 1980; Da crise do escravismo à Abolição - Paraíba; Conquista, Patrimônio e Povo - A História e seus Intérpretes, 1983; A Nova Democracia no Brasil, in A União, 08.11.1983; Tradução:The New Methods of Historical Researchs in Paraíba (a State of Northeast Brazil); Discurso de posse no IHGP, 1983; Ciência Histórica, 1986; As Economias Açucareira e Criatórias (pecuária no Nordeste Brasileiro à Época Colonial) - estudo comparado, in Revista do IHGP, nº. 24, 1986; Análise das Fontes para o Estudo da Escravidão na Paraíba, acervo Revista do Arquivo Nacional, vol. 3, nº. 1, 1988; Paraíba 1890-1930 (modernização ou independência?) - Tese de doutorado apresentada ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras, Artes e Ciências Humanas de São Paulo, 1988; Estudo da Economia de São Paulo nas Décadas de 1910, a partir da Riqueza Paulista.
        Diana Galliza ingressou no IGHP em 25 de maio de 1985. Recebeu a Comenda do Mérito Cultural "José Maria dos Santos", concedida pelo IHGP.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Arquivos do IHGP.

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CADEIRA Nº. 03
PATRONO: ALCIDES BEZERRA
FUNDADOR: PEDRO ANÍSIO (Mons.)
1º. OCUPANTE: AÉCIO VILLAR DE AQUINO
2º. OCUPANTE: JOAQUIM OSTERNE CARNEIRO

ALCIDES BEZERRA
PATRONO

        João ALCIDES BEZERRA Cavalcanti nasceu no dia 24 de outubro de 1891, em João Pessoa, Paraíba, e faleceu no Rio de Janeiro a 29 de maio de 1938.
        Era filho de João Perdigão Bezerra Cavalcanti, nascido em Bananeiras, e Phelonilla Clara Bezerra Cavalcanti, nascida na capital do Estado, pertencente à família Carneiro da Cunha. Descendia de italianos, pelo lado paterno, e de tradicional família portuguesa do Brasil-Colônia, pelo lado materno.
        Fez o Curso de Humanidades no Liceu Paraibano entre 1903 e 1907, matriculando-se em seguida na Faculdade de Direito do Recife, onde se bacharelou em 1911.
        Exerceu os seguintes cargos públicos: Procurador da República, Promotor Público adjunto da Capital, Promotor Público de Catolé do Rocha, Inspetor Geral do Ensino, Secretário da Imprensa Oficial, Deputado Estadual na legislatura 1920-1923, e Diretor do Arquivo Nacional de 1922 até 1938, quando faleceu.
        Dedicou-se aos estudos e à pesquisa, intensificando a sua produção científica e literária. Alcides Bezerra foi jornalista, crítico, historiador, folclorista, novelista, e, acima de tudo, filósofo.
        Presidiu a Academia Carioca de Letras e a Sociedade dos Amigos de Alberto Torres; era membro dos Institutos Históricos de São Paulo, Pará e Ceará; da Sociedade Brasileira de Geografia, da Sociedade Brasileira de Filosofia e da Sociedade Capistrano de Abreu.
        Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano a 24 de maio de 1914.
        Trabalhos publicados: Ensaios de Crítica e Filosofia, Paraíba, 1919; Maria da Glória (novela), Paraíba, 1922; A Confederação do Equador, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1925; Os Historiadores do Brasil do Século XIX, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1927; Conferências, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1928; Ensaio Biográfico de Marcílio Dias, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1928; A Evolução Científica do Direito, Rio de Janeiro, Ed. Biblos, 1933; A Filosofia na Fase Colonial, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1935; Sílvio Romero, o Pensador e o Sociólogo, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1935; Achegas da História da Filosofia, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1936; Biografia Histórica do I Reinado a Maioridade, Rio de Janeiro, 1936; Vicente Lúcio Cardoso - sua concepção da vida e da arte, Rio de Janeiro, 1936; O Visconde Cairu - vida e obra, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1937.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALMEIDA, Horácio de. Contribuição para uma Bibliografia Paraibana, Rio de Janeiro, 1972.
GOMES, Osias. Discurso de posse, Revista da APL, vol. 4, João Pessoa, 1948.
NÓBREGA, Apolônio. Alcides Bezerra, Revista do IHGP, vol. 10, 1946.
VEIGA JÚNIOR, J. Discurso de recepção, Revista da APL, vol. 4, 1948.


PEDRO ANÍSIO (Mons.)
FUNDADOR

        PEDRO ANÍSIO Bezerra Dantas (Monsenhor) nasceu no dia 27 de dezembro de 1883 na cidade de Bananeiras, Paraíba, e faleceu na capital do Estado no dia 31 de dezembro de 1979. Era filho de Manuel Bezerra Dantas e D. Emília Alves Bezerra Dantas.
        Iniciou os estudos em Bananeiras, matriculando-se depois no Seminário da Paraíba, sendo ordenado padre aos 10 de novembro de 1907. No ano seguinte viajou para Roma, freqüentando o Colégio Pio Latino Americano, graduando-se em Filosofia e Teologia Dogmática pela Universidade Gregoriana, em 1910.
        Ao voltar ao Brasil foi nomeado Capelão da Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, em João Pessoa, função que ocupou depois nas Igrejas de Nossa Senhora das Mercês e do Sagrado Coração de Jesus, atual Matriz de Cabedelo. Foi vigário da Catedral Nossa Senhora das Neves; Cura da Sé; Diretor Espiritual do Seminário, de 1916 a 1917 e do Colégio Pio X, em 1918. No Seminário da Paraíba lecionou Latim e Teologia Dogmática, até 1945. Lecionou, ainda, nos Colégios Pio X, Liceu Paraibano e Escola Normal, tendo sido o primeiro Diretor do Departamento de Educação do Estado, criado em 1935 pelo Governador Argemiro de Figueiredo.
        Atuou na imprensa, ficando conhecido como um jornalista polêmico e combativo, "defensor de causas nobres"; foi redator e diretor de A Imprensa, jornal da Diocese. Foi fundador e primeiro Assistente Eclesiástico da União dos Moços Católicos; organizador e primeiro Assistente do Círculo Operário da Paraíba; Assistente Eclesiástico da Juventude Feminina da Liga Independente Católica; Assistente Eclesiástico da Ação Católica Arquidiocesana; fundador e Diretor da Escola Profissional "Padre Anchieta". Foi o primeiro sucessor da Cadeira nº. 26 da Academia Paraibana de Letras.
        Recebeu as seguintes Dignidades Eclesiásticas: Cônego Honorário, Cônego Efetivo; Arcediago e Deão do Cabido Metropolitano; Camareiro Secreto do Papa (Monsenhor); Vigário Geral e Vigário Capitular da Arquidiocese.
        Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 12 de outubro de 1916.
        Obras publicadas: Religião e o Progresso Social, Estudos Filosóficos, A Filosofia Tomista e o Agnosticismo Contemporâneo, Tratado de Pedagogia e Psicologia Experimental, Sociologia Evolucionista e Sociologia Cristã, A Igreja - Reino de Deus na Terra.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

LEITÃO, Deusdedit. O Ensino Público na Paraíba. João Pessoa, 1987.
TAVARES, Eurivaldo (Cônego). Monsenhor Pedro Anísio - Cultor da Ciência Divina. João Pessoa, 1983.
Revista do IHGP, nº. 5, João Pessoa, 1922.


AÉCIO AQUINO
1º. ocupante

        AÉCIO Villar de AQUINO nasceu em Natal, Rio Grande do Norte, no dia 10 de abril de 1931 e faleceu em João Pessoa a 6 de dezembro de 1999. Era filho do Major Epaminondas de Aquino Torres e Alice Villar de Aquino.
        Formado em Direito e em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Paraíba, possuía diploma de Estudos Superiores em Economia Política e Direito Internacional Público e de Espanhol pela Universidade de Madri. Fez o Curso Internacional de Reforma Agrária pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e Agricultural Marketing (Departamento de Estado dos EUA), além de vários outros cursos de extensão universitária feitos no Brasil e no exterior.
        Durante bastante tempo foi membro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba e exerceu o magistério como professor de Antropologia da Universidade Federal da Paraíba, tendo se aposentado nessas funções. Exerceu inúmeros cargos e funções públicas no Estado.
        Participou de vários congressos e conferências como especialista em Antropologia, Direito, História, matérias a que se dedicou como pesquisador emérito.
        Era sócio colaborador da Real Academia Paraibana de Ciências e Tecnologia, atuando na imprensa paraibana, onde publicou artigos nos jornais e revistas da Capital.
        Em 1982, recebeu o prêmio Fernando Chinaglia de Personalidade Cultural da UBE (União Brasileira de Escritores) e obteve o 1º. lugar no concurso "Celso Mariz" sobre História da Paraíba; em 1985, foi premiado no Concurso Literário do IV Centenário da Paraíba, categoria Cidade de João Pessoa.
        Foi incumbido pelo Conselho Estadual de Cultura para atualizar, organizar e preparar uma introdução à Corografia da Paraíba, de Coriolano de Medeiros, e sobre o Relatório da Paraíba, de Henrique Beaurepaire Rohan, os quais seriam enfeixados num só volume para integrar a Biblioteca Paraibana editada pelo Governo do Estado.
        Aécio Aquino ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 29 de julho de 1983, tendo sido homenageado pela entidade com a Comenda do Mérito Cultural "José Maria dos Santos".
        Publicou os seguintes livros: São Bento do Uma - Uma Comunidade do Agreste Pernambucano; Nordeste Século XIX, 1980 (tese de concurso para livre docência, 1977); Nordeste Agrário do Litoral, numa visão histórica; Aspectos Históricos e Sociais da Pecuária na Caatinga Paraibana; O Negro no Brasil; Origens e Antiguidades dos Primeiros Povoados da América; O Tribunal de Contas da Paraíba e as Prestações de Contas Governamentais; Filipéia, Frederica, Paraíba; e outras publicações, além de artigos de cunho histórico na Revista do IHGP.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Currículo do associado.


JOAQUIM OSTERNE
Atual ocupante

        JOAQUIM OSTERNE Carneiro nasceu em São Gonçalo, município de Sousa, Estado da Paraíba, em 18 de maio de 1937, filho de Francisco de Andrade Carneiro e de Dilnor Osterne Carneiro. É casado com Maria Augusta Correia Osterne Carneiro, de cuja união tem os filhos Francisco Antonio Correia Carneiro, Luciano Correia Carneiro e Licânia Correia Carneiro e os netos Joaquim Osterne Carneiro Neto, Marcio Maciel Carneiro, Francisco Antonio Correia Carneiro Junior, Marcela Carneiro Borges e Raphael Maciel Carneiro.
        Fez os primeiros estudos em sua terra natal e na cidade de Cajazeiras (PB), tendo concluído o curso primário no Ginásio Diocesano Padre Anchieta, da cidade Limoeiro do Norte, Estado do Ceará. Concluiu o curso ginasial no Colégio Diocesano Pio X e o cientifico no Colégio Estadual (antigo Liceu Paraibano), ambos localizados em João Pessoa (PB). Em 02 de dezembro de 1961, concluiu o curso de Agronomia, na Escola de Agronomia do Nordeste, atual Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal da Paraíba, localizada na cidade de Areia (PB).
        Em 1962 iniciou a sua vida profissional como Engenheiro Agrônomo do DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, onde ocupou inúmeras funções, tais como: Chefe das Seções de Horti-Pomi-Silvicultura e de Extensão Rural, do Instituto Agronômico José Augusto Trindade, Sousa (PB); Chefe do Serviço Distrital Agro-Industrial, do 2º Distrito de Fomento e Produção, Campina Grande (PB); Chefe da Comissão Agronômica José Augusto Trindade, Sousa (PB); Chefe do 2º Distrito de Fomento e Produção, Campina Grande (PB); membro da Diretoria de Agronomia, da Diretoria de Irrigação e Assessor do Diretor Geral do DNOCS, Fortaleza (CE); Coordenador do Convenio firmado entre o DNOCS e o IRYDA-Instituto Nacional de Desarrolo Agrário, firmado entre o Brasil e a Espanha; Representante do DNOCS, no Comitê de Acompanhamento da Pesquisa Sobre Industrialização de Áreas Rurais no Nordeste do Brasil-Convenio DNOCS/BNB; Diretor Geral Adjunto de Operações.
        Ao longo de sua vida profissional desempenhou, também, as seguintes funções: Membro do Conselho de Agricultura da Paraíba-CEAGRI; Membro do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da 16ª Região - CREA/PB; Diretor Estadual da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem-ABID, nos Estados do Ceará e da Paraíba, respectivamente; Coordenador de Recursos Naturais, do PRODIAT - Projeto de Desenvolvimento Integrado da Bacia do Araguaia-Tocantins; Secretário de Recursos Hídricos, do Governo do Estado da Paraíba; Secretário Executivo da Comissão Estadual de Planejamento Agrícola-CEPA/PB; e, Assessor de Gabinete do Governador do Estado da Paraíba. Atualmente exerce o cargo de Superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Administração Regional da Paraíba - SENAR-AR/PB.
        Participou de diversos Congressos e Simpósios no Brasil e no exterior, tendo realizado os cursos de Hidrologia, ministrado pelo Engenheiro Dale Curtis, do Bureau of Reclamation; Engenharia de Irrigação, ministrado na Escola Politécnica, da Universidade Federal da Paraíba, em Campina Grande (PB); Especialização em Administração Profissional, ministrado pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias; Agente da Reforma Administrativa, patrocinado pelo Ministério do Planejamento e Coordenação Geral; Gerencia por Objetivos, patrocinado pelo DNOCS; Planejamento e Experimentação Agrícola em Área Irrigada, ministrado no Núcleo Técnico Administrativo da SUDENE, localizado em Petrolina-PE; Problemas Brasileiros, patrocinado pelo DNOCS; Liderança Organizacional, patrocinado pelo DNOCS; Processo Decisório patrocinado pelo DNOCS, Capacitação de Cooperação Externa das Entidades Vinculadas ao Ministério do Interior, realizado em Brasília-DF; e, Semi-Aridez e Lavouras Xerófilas, ministrado pelo Engenheiro Agrônomo José Guimarães Duque, na Direção Geral do DNOCS, em Fortaleza (CE).
        Em função das suas atividades profissionais recebeu vários elogios por sua atuação no DNOCS, tendo sido distinguido em 1978 pelo Ministro da Agricultura da Espanha em reconhecimento pelo trabalho realizado em favor das relações hispano-brasileiras.
        Pertence às seguintes instituições: Sócio Efetivo do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica; Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte; Acadêmico Correspondente da Academia Limoeirense de Letras-Limoeiro do Norte - Estado do Ceará; Sócio Efetivo da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro, Núcleo da Paraíba. Além disso, pertence a Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado do Ceará, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado da Paraíba, Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem; Associação Brasileira de Ciências do Solo e Associação Brasileira de Recursos Hídricos.
        Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 16.06.2000, tendo recebido a Comenda do Mérito Cultural "José Maria dos Santos".
        Possui vários trabalhos publicados na sua especialidade e na área de História e Genealogia, destacando-se: DNOCS-Organismo Pioneiro no Estudo e Equacionamento dos Problemas do Nordeste Semi-Árido, classificado em 1º Lugar, no Primeiro Concurso de Monografia do DNOCS, realizado em 1980; Potencialidades y Perspectivas de Producion de Soya e Maiz em la Cuenca de los rios Araguaia y Tocantins em Brasil, apresentado na Feira Nacional de São Miguel, realizada em Lérida, Espanha, em 1983; Potencialidades dos Recursos de Solo e Água na Bacia do Araguaia-Tocantins, apresentado no 6º Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem, realizado em Belo Horizonte-MG, em 1982; Progressos e Problemas no Melhoramento da Pastagem no Nordeste Semi-Árido, apresentado no Simpósio "Improved Utilization of Natural Resource in Arid and Semi-Arid Regions", realizado em Mendoza, Argentina, em 1984; "Recursos de Solo e Água no Semi-Arido Nordestino", 1998; Ideologia e Espaço Social em Órris Barbosa (Estudo Critico sobre a Seca de 32), como co-autor, 1999; Rafael Correia de Oliveira, na Coleção Paraíba Nomes do Século - Serie Histórica, 2000; Uma Visão Histórica das Secas do Nordeste, 2002; Evocando Janduhy Carneiro no seu Centenário, 2003; Os Carneiros do Sertão da Paraíba e de Outras Terras - Aspectos Históricos, Políticos, Genealógicos, 2004.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Currículo do associado e arquivo do IHGP.

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