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Maurício de Medeiros Furtado
Maurício de Medeiros Furtado nasceu na capital da Paraíba no
dia 27 de fevereiro de 1893 e faleceu no Rio de Janeiro, no
dia 22 de março de 1965, deixando viúva Da. Alice de Medeiros
Furtado. Era filho de João António da Gama Furtado e Da. Ernestina
de Medeiros Furtado. Aprendeu as primeiras letras em casa, como
pai, freqüentando, depois, em Itabaiana, o Colégio São Severino
e, em João Pessoa, o Colégio Pio X e o Lyceu Paraibano.
Bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Recife.
Trabalhou como caixeiro na fábrica de cigarros do velho
Peixoto, homem petulante e mal educado, que o tratava muito
mal, e como não suportasse as humilhações a que era exposto
pelo patrão, abandonou o balcão, serviço pelo qual não tinha
a mínima vocação. Foi de imediato designado por Frei Martinho
para lecionar na escola primária criada por D. Ulrico, a qual
ficava ao lado da Igreja de São Francisco. Em seguida foi
nomeado funcionário do Fisco pelo Governador Castro Pinto
e passou a prestar serviços pelo interior do Estado durante
muitos anos. Esse emprego ainda não era o que ele aspirava,
pois sendo originário de uma família de artistas, o serviço
público não o atraía. O pai era poeta e a mãe tinha inclinação
para a música; cada irmão tocava um instrumento musical, e ele,
grande seresteiro.
Em 1924, deixa o Fisco e fixa-se na capital do Estado, sendo logo
nomeado Secretário da Escola Normal, onde se tornou professor.
Demitido das funções públicas, por "motivo de economia", pelo
Presidente João Pessoa, viajou ao Rio de Janeiro, não conseguindo
ali colocação; seis meses depois volta à Paraíba e é nomeado pelo
próprio João Pessoa como Juiz de Direito substituto da Comarca de
Mamanguape, Procurador Geral do Estado, Presidente do Montepio do
Estado, Desembargados do Tribunal de Justiça da Paraíba, ocupando
este cargo durante sete anos, de 1934 a 1941, no qual se aposentou,
indo morar no Rio de Janeiro. Para complementar o salário da
aposentadoria lecionou em vários colégios da Capital da República
e exerceu a advocacia.
A sua produção literária encontra-se dispersa em jornais e revistas
da época, tendo sido recolhidas pela sua viúva, Da. Maria Alice,
algumas notas, alguns escritos deixados por ele, tendo ela reunido
cuidadosamente, formando uma pequena antologia intitulada Coisas
do Passado, com a apresentação de Horácio de Almeida, seu prezado
amigo, de onde foram tirados subsídios para este trabalho.
Maurício Furtado ingressou no Instituto Histórico em 1° de junho de
1935 e assumiu a Presidência da instituição em março de 1938,
dirigindo a entidade até 1941, quando foi fixar residência no
Rio de Janeiro.
Pertenceu à Academia Paraibana de Letras, onde ingressou em 05 de
março de 1960.
António de Aguiar Bôtto de Menezes nasceu em João Pessoa no ano de
1887, falecendo no dia 08 de março de 1971.
Era filho do Desembargador Gonçalo de Aguiar Bôtto de Menezes e Da.
Maria da Piedade Marques Bôtto de Menezes. Fez os preparatórios no
Lyceu Paraibano e bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na
Faculdade de Direito do Recife. Incursionou na imprensa paraibana
através do jornal A União, na época sob a direção de Carlos
Dias Fernandes, começando como revisor, passou a repórter e a
redator. Depois fundou seu próprio jornal – O Combate –,
onde teve como colaborador na redação o jornalista Samuel Duarte.
Elegeu-se Deputado Estadual e Federal, e, em 1933, juntamente com
Osias Gomes, fundou o Partido Libertador, onde com sua liderança
conseguiu eleger a maioria dos vereadores desta bancada.
Exerceu diversos cargos públicos, entre estes, os
seguintes. Secretário da Prefeitura de João Pessoa; professor de
Legislatura do Curso de Agrimensura,
no Lyceu Paraibano; Procurador dos Feitos da Fazenda Estadual;
participante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos
Deputados; Presidente do Conselho Superior do Departamento
Administrativo do Estado; Procurador do Instituto de Aposentadoria
e Pensões dos Bancários; Presidente do Instituto da Ordem dos
Advogados do Brasil; Secretário de Educação e Secretário do
Interior e Segurança Pública do Estado.
Ingressou no Instituto Histórico em 22 de setembro de 1929 e
exerceu sua Presidência no período 1934/35. Pertenceu à Academia
Paraibana de Letras, onde ingressou a 17 de abril de 1952.
Aposentado, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Nunca esqueceu o
bucolismo do bairro de Mandacaru, onde viveu sua infância, sendo
autor do livro de reminiscências 'Minha Terra', publicado em 1945.
São de sua autoria: 'Meu Pai', 1947; 'O Canto do Cisne' (Poesias),
1957.
José d'Ávila Lins nasceu na cidade de Areia, Paraíba, a 26 de
fevereiro de 1894 e faleceu em João Pessoa a 27 de janeiro de
1978. Era filho de Remígio Veríssimo d'Avila Lins (Júnior) e Da.
Miquilina Olindina d'Ávila Lins. Era casado com Da. Alice Vieira
Lins, com quem teve três filhas.
Aprendeu as primeiras letras com seu pai no engenho Ipueira,
seguindo para Areia, continuando sua escolaridade na capital
do Estado. Logo em seguida matriculou-se no Colégio Salesiano
do Recife. Em 1912 iniciou o curso de Engenharia na Escola
Politécnica de Porto Alegre (RS), formando-se em 1916 como
engenheiro mecânico e eletricista. Durante muitos anos trabalhou
na Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), depois
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
Sua atividade política se iniciou quando foi eleito Deputado
Estadual para a legislatura 1928/1931, em cuja Assembléia teve
pouca duração, pois foi nomeado Prefeito da Capital pelo
Presidente João Pessoa, cargo que ocupou até 1930 quando
aquele Presidente foi assassinado. Participou na Paraíba da
conspiração que resultou na Revolução de 1930.
Além de sua participação na IFOCS e no DNOCS, prestou serviços na
Central do Brasil e foi Diretor do Departamento de Estradas de
Rodagem (DER) no Governo Pedro Gondim. Sendo um dos fundadores
da Escola de Engenharia da Paraíba, ali lecionou nos anos 50.
José d'Ávila Lins ingressou no Instituto Histórico e Geográfico
Paraibano em 12 de dezembro de 1918, exercendo sua Presidência no
período 1935/1937. Tem vários trabalhos publicados nas Revistas do
Instituto, tendo sido o responsável pela edição da Revista n°. 09.