INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO/IHGP
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Cadeira 33: Humberto Fonsêca de Lucena
Patrono: Elias Herckmans

Cadeira 33: Humberto Fonsêca de Lucena


CADEIRA Nº. 33

PATRONO: ELIAS HERCKMANS

FUNDADOR: MAURÍLIO ALMEIDA

OCUPANTE: HUMBERTO FONSÊCA DE LUCENA


HUMBERTO FONSÊCA DE LUCENA nasceu na cidade de Araruna a 30 de novembro de 1941. É filho do farmacêutico Severino Cabral de Lucena e de Dª. Maria das Dores Fonsêca de Lucena. É casado com a Dra. Carmem Marques de Lucena, de cuja união tem os filhos Rubens, Eduardo e Sérgio.

Fez o curso primário no Grupo Escolar “Targino Pereira” em sua terra natal, e o curso ginasial no Ginásio “Lins de Vasconcelos”, na capital do Estado. O curso científico foi realizado no Colégio Pio X e graduou-se em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal da Paraíba, em 1967. Em São Paulo, fez curso de Pós-Graduação em nível de especialização no Departamento de Bioquímica da Faculdade de Medicina da USP, e aperfeiçoamento em técnicas no processo Ensino Aprendizado, também na Universidade de São Paulo.

Após o curso de Especialização, ingressou na Universidade Federal da Paraíba como Professor Auxiliar de Ensino da Cadeira de Bioquímica e, desde 1987, é Professor Adjunto daquela cadeira.

Já exerceu várias atividades administrativas, destacando-se entre elas a de Chefe do Departamento de Biologia do Centro de Ciências Exatas e da Natureza da UFPB, também ocupando a vice-presidência daquele centro.

Além de sua atividade no magistério em sua especialidade, é um pesquisador da história da região onde nasceu, além de se dedicar ao setor biográfico, pertencendo ao Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica.

Por seus trabalhos, recebeu do Conselho Estadual de Cultura um título de Menção Honrosa. Atualmente é membro daquele Conselho.

Dentre as publicações de sua autoria, citamos: Araruna (Anotações para a sua história), 1985; Memória de uma Farmácia – Subsídio para a História de Araruna, 1991; Dr. Mariano Barbosa – um sacerdote da Medicina, 1992; A. J. Pereira da Silva – Primeiro paraibano na Academia Brasileira de Letras, 1993; O Velho Mercado de Araruna e seus arredores, 1996; Araruna – 120 Anos, in A União, 1996; Tacima – um nome de três séculos, 1998; A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Serra de Araruna, 2000; Da Lagoa da Serra à Barragem de Canafístula, 2001; AMPB – Associação dos Magistrados da Paraíba (1958-2003) – Uma trajetória de 45 anos, 2003; As Raízes do Ensino em Araruna, 2005.

Humberto Fonsêca ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 19 de fevereiro de 1999, sendo saudado pelo historiador Deusdedit de Vasconcelos Leitão.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Curriculum vitæ do associado.

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ELIAS HERCKMANS

PATRONO

 

ELIAS HERCKMANS, naturalista holandês, chegou ao Brasil no século XVII, integrante do grupo de artistas e de sábios trazidos por Maurício de Nassau; foi governador da Província da Paraíba entre 1636 e 1639, em substituição a Ippo Eyssens, que morrera durante um combate, em 14 de outubro de 1636.

Em 1641, Elias Herckmans comandou uma expedição composta de mais de cem homens, que, partindo do Recife, adentrou no interior do Estado de Pernambuco em busca de ouro. Após dois meses de uma viagem cansativa e improdutiva, tendo em vista a precariedade da região inóspita, os seus companheiros recusaram-se a prosseguir na busca infrutífera e convenceram-no a retornar ao ponto de partida.

Conhecedor da região, bom observador, memória invejável, isso tudo aliado aos conhecimentos gerais que detinha, Elias Herckmans escreveu, em 1639, A descrição geral da capitania da Parahyba, que só veio a lume, em forma de livro, no ano de 1982, numa edição atualizada e com notas explicativas, num trabalho dos historiadores Wellington Aguiar e Marcus Odilon Ribeiro Coutinho. Em 1911, a obra de Elias Herckmans foi transcrita no Almanaque da Paraíba, exatamente 272 anos após a sua execução. Esse trabalho foi impresso pela primeira vez, em 1869, na Crônica do Instituto de Utrecht; Em 1887, o Instituto Arqueológico de Pernambuco o inseriu em sua Revista e, em 1964, foi reproduzido pela Revista da Faculdade de Filosofia da Paraíba (FAFI).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BITTENCOURT, Liberato. Homens do Brasil, vol. II, PARAHYBA, Parahybanos ilustres. Gomes Ferreira, Rio, 1914.

HERCKMANS, Elias. Descrição Geral da Capitania da Parahyba, apresentação e atualização ortográfica de Wellington Aguiar. Notas de Marcus Odilon Ribeiro Coutinho, João Pessoa 1982.

 

MAURÍLIO ALMEIDA

FUNDADOR

 

MAURÍLIO Augusto de ALMEIDA nasceu no dia 8 de junho de 1926, na cidade de Bananeiras, Paraíba, filho de Pedro Augusto de Almeida e Dª. Maria Eulina Rocha de Almeida. Faleceu em João Pessoa no dia 14 de junho de 1988.

Estudou em casa com professores particulares contratados pelo pai, como era costume das famílias mais abastadas da época. Deslocou-se depois para o Recife, fazendo o ginasial e o curso colegial no Colégio Nóbrega, daquela cidade. Em seguida, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco, diplomando-se em 1950. Especializou-se em Patologia Clínica. Posteriormente, fez estágios em laboratórios das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.

Fixando-se em João Pessoa, o Dr. Maurílio desempenhava as suas atividades médicas com dedicação e competência; era diretor proprietário de uma das mais modernas clínicas de João Pessoa, com várias filiais espalhadas em diferentes bairros da capital, e que ainda hoje servem de ponto de referência aos que procuram bons serviços laboratoriais.

Era professor catedrático e fundador da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba, tendo recebido o título de Professor Emérito; lecionou na Escola de Enfermagem Santa Emília de Rodat, em João Pessoa. Era membro de várias entidades médicas: Sociedade de Medicina e Cirurgia da Paraíba; Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia; Sociedade Brasileira de Patologia Clínica; Sociedade Brasileira de Bacteriologia; Sociedade Brasileira de Endocrinologia; e Sociedade Interamericana de Patologia.

Foi sócio fundador do Lions Club de João Pessoa, ocupando a presidência por duas vezes e sendo agraciado com várias medalhas.

Pessoa de prestígio na sociedade paraibana, participava ativamente das promoções sócio-culturais da cidade, sendo associado dos principais clubes pessoenses, de Campina Grande e do Recife. Porte fidalgo, conversa fluente, despretensioso, Dr. Maurílio foi um solteirão que confessava não sentir solidão.

Manteve uma vida bastante ativa, dividida entre a medicina – sua paixão –, a literatura e o campo. Deixou uma das mais bem organizadas bibliotecas particulares, com um acervo de mais de 50 mil volumes catalogados, que seus descendentes estão transformando numa Fundação.

Gostava de natação, cavalgar e caçar, o que sempre fazia em sua fazenda. Era presidente da Associação dos Criadores do Estado da Paraíba e sócio da Sociedade Brasileira de Criadores de Santa Gertrudes.

Tanto na área cultural como na profissional, foi contemplado com inúmeras homenagens, principalmente dos seus alunos. Participou de bancas examinadoras da UFPB, pronunciou discursos e conferências. Era membro de diversas entidades culturais: Academia Paraibana de Letras, Sociedade Brasileira de Escritores Médicos, membro fundador da Academia Nordestina de Letras e Artes; membro efetivo da Academia Brasileira de História; sócio fundador da Academia Paraibana de Medicina; sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte; sócio correspondente da Academia de Letras do Rio Grande do Sul. Como títulos honoríficos, foram-lhe outorgados o diploma de Comendador da Legião do Mérito “Presidente Antônio Carlos”, de Minas Gerais; Medalha “Amigo da Marinha de Guerra do Brasil” e placa de Honra ao Mérito na VI Noite da Cultura/Paraíba, concedida pelo Conselho Estadual de Cultura.

Maurílio Almeida deixou vários trabalhos sobre sua especialidade, destacando-se os seguintes: Contribuição ao estudo do balantidiy Colli; As dosagens do cálcio, fósforo e fosfatoses em pacientes portadores de tuberculose; Considerações em torno de um caso de shistomose vesicular; Valor da cardiopilina no diagnóstico da sífilis; Dosagem de fosfatose prostática no soro sanguíneo; Aplasia medular latrogênica na infância; Estudos das transaminases em pacientes de forma torémica da shistomose mansônica; Determinação do hematocrítico – estudo comparativo pelo micro Witrob e coulter; Anemia falciforme, estudo comparativo, pelo micro Witrob e couter; Anemia falciforme; Anemia falciforme – estudos de quatro casos; Valor da proteína C reativa no diagnóstico do infarto do miocárdio; Diagnóstico da amebíase pela Hematoxilina férrica.

Também, como historiador e beletrista, deixou publicadas várias obras importantes, dentre elas: Presença de D. Pedro II na Paraíba (duas edições); Diogo Velho em síntese – Diogo Cavalcanti de Albuquerque – Visconde de Cavalcanti; O Barão de Araruna e sua prole; Discurso de Paraninfo (biblioteconomistas de 1976); Por Amor e Gratidão; Cadeira 07 (Discurso de posse na Academia Paraibana de Letras); Oração ao livro; No tempo brasileiro de D. João VI; Seis as Pétalas de Rosas, 1990; Rodolfo Garcia: a história de sua vida na vida de História, 1991; Lembrando Pedro Augusto de Almeida no seu centenário, 1994.

Maurílio de Almeida ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 8 de junho de 1977, e foi saudado pelo consócio José Fernandes de Lima.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Curriculum vitæ do associado.

Arquivo do IHGP.