INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO/IHGP
Fundado em 7 de setembro de 1905
Declarado de Utilidade Pública pela Lei no 317, de 1909
CGC 09.249.830/0001-21 - Fone: 0xx83 3222-0513
CEP 58.013-080 - Rua Barão do Abiaí, 64 - João Pessoa-Paraíba
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Brasão
Brasão de Armas
           
Em sessão extraordinária presidida por Flávio Maroja, a 7 de junho de 1913,
o historiador Irineu Ferreira Pinto, apresentou um projeto de armas
para o Instituto, trabalho artístico do pintor paraibano Genésio de Andrade.
Pelo Presidente, foi nomeada uma comissão composta pelos
sócios Álvaro de Carvalho, Coriolano de Medeiros e Matheus de Oliveira,
a qual ofereceu parecer favorável a sua adoção. O brasão apresentado, apesar de ter sido aprovado, parece não ter agradado
a maioria dos associados, tanto que ele nunca foi usado como timbre nas
correspondências do IHGP.
           
Em 20 de junho de 1981, na presidência de Lauro Xavier, foi baixada a
resolução 01/81, adotando um novo símbolo. O assunto havia sido entregue
a uma comissão constituída por Deusdedit Leitão, Eurivaldo Caldas Tavares
e Sinval Fernandes, a qual apresentou circunstanciada justificação
para ser adotado um novo brasão.
           
Referindo-se ao símbolo adotado anteriormente, a justificação observa
que se tratava de um brasão estilo italiano, em campo azul,
vazado por uma faixa com a inscrição 7 DE SETEMBRO DE 1905,
data da fundação do Instituto. Tinha na parte superior uma esfera armilar,
em prata, e, na parte inferior, seis pães de açúcar, também em prata, formando
uma pirâmide. No listel, em azul, vinha a inscrição INSTITUTO HISTÓRICO
E GEOGRÁFICO PARAIBANO.
           
Com base no antigo brasão, a comissão resolveu estilizá-lo, propondo a
permanência do campo azul, tanto pelo significado heráldico como pelo
efeito artístico que dele se colhe, em combinação com o amarelo.
Ficou resolvido separar o campo azul com duas faixas ondadas, em prata,
simbolizando os dois maiores rios do Estado - o Paraíba e o Piranhas.
           
A esfera armilar colocada na parte superior originariamente
era posta em prata, tendo a comissão resolvido reproduzi-la em ouro,
com ligeiras alterações em seu contexto, para melhor representação do
fato histórico do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve,
cujo brasão foi adotado por D. João VI, em Carta de Lei, datada
de 13 de maio de 1816.
           
A justificação menciona que, Raimundo Olavo Coimbra, em seu livro
A Bandeira do Brasil, informa que "No pensamento de D. João VI,
a esfera armilar, embora adotada inicialmente como símbolo pessoal
de D. Manuel, estava consagrada como elemento representativo do Brasil. A
comissão admitiu que a esfera armilar é univesalmente consagrada como
símbolo do globo terrestre e, consequentemente, dos estudos da geografia,
que é um dos fins das atividades culturais do Instituto.
           
Textualmente, a comissão justifica a permanência dos pães de açúcar
no novo brasão: "Quanto aos pães de açúcar que figuravam no primerio brasão
da Paraíba, adotado pelo Príncipe Maurício de Nassau, não poderíamos deixar
de reconhecer o seu alto significado heráldico. Foram escolhidos,
originariamente, como elemento representativo da riqueza local,
na ambicionada exploração holandesa, do nosso açúcar, que,
desde os primórdios da colonização, foi o fator econômico que contribuiu
para a fixação dos pioneiros dessa atividade agrícola nas várzeas banhadas
pelo rio Paraíba. A sua reprodução em ouro expressa, com mais propriedade,
o seu significado heráldico e os fundamentos econômicos que justificaram
a sua adoção pelos flamengos, motivo que perdurou através dos tempos com
o açúcar a constituir o grande esteio da nossa economia. Invertemos a ordem
da formação original em pirâmide para atender ao imperativo artístico de
ajustá-los à configuração de brasão, que nos pareceu mais indicado às normas
usuais da heráldica contemporânea".
           
E continua: "A Inscrição patriae Pro Gloria et Magnitudine, que sugerimos
para o listel, foi o lema escolhido por Manuel Tavares Cavalcanti
para a nossa Revista e figurou como dístico das palavras que aquele eminente
conterrâneo escreveu como apresentação do primeiro número da nossa veneranda
publicação. Perpetuá-lo, nesta oportunidade, pareceu-nos um preito de justiça
e homenagem àquele ilustre paraibano ao ensejo das comemorações do seu
centenário de nascimento".
           
Posteriormente, Teresinha Pordeus apresentou um outro projeto de autoria do
publicista Milton Nóbrega, que foi aceito pelo Instituto. Todavia,
continua sendo usado o brasão de armas que foi adotado pela resolução 01/81,
de 20 de junho de 1961, o qual se encontra aposto no hall do
Instituto - um trabalho de esmero artístico em azulejo vitrificado, de
autoria do consócio Nivalson Fernandes de Miranda.
O brasão do Instituto adotou o lema sugerido por Manoel Tavares Cavalcanti em 1909:
Patriae Pro Gloriam Magnitudine. As linhas ondeadas representam os rios Paraíba e Piranhas;
os pães de açúcar figuravam no primeiro brasão da Paraíba, adotado pelo
Príncipe Maurício de Nassau; a esfera armilar foi retirada do brasão
adotado por D. João VI, em 13.05.1816.
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